Palavras para lembrar: Fernando Pessoa

31 01 2025

Reading,1900

George Agnew Reid ( Canadá 1860-1947)

pastel sobre papel; 59 x 40 cm

 

 

“A melhor maneira de começar a sonhar é mediante livros. Os romances servem de muito para o principiante. Aprender a entregar-se totalmente à leitura, a viver absolutamente com as personagens de um romance, eis o primeiro passo. Que a nossa família e as suas mágoas nos pareçam chilras e nojentas ao lado dessas, eis o sinal do progresso.”


Fernando Pessoa





Leitura é mágica!

31 01 2025
Ilustração de Tammara Markegard.





De Que São Feitos os Dias?, poesia de Cecília Meireles

31 01 2025

A leitura

Antônio Rocco (Itália-Brasil,1880 -1944)

óleo sobre tela, 77 x 70 cm

 

 

De Que São Feitos os Dias?

 

Cecília Meireles

 

 

De que são feitos os dias?

– De pequenos desejos,

vagarosas saudades,

silenciosas lembranças.

Entre mágoas sombrias,

momentâneos lampejos:

vagas felicidades,

inatuais esperanças.

 

De loucuras, de crimes,

de pecados, de glórias

– do medo que encadeia

todas essas mudanças.

Dentro deles vivemos,

dentro deles choramos,

em duros desenlaces

e em sinistras alianças…





Vento do mar e o sol no meu rosto a queimar…

31 01 2025

Saudades do passado – Praça XV, 1987

Ney Tecídio (Brasil, 1929-1988)

óleo sobre eucatex, 38 x 46 cm





Imagem de leitura: Robert Emil Stübner

30 01 2025

Senhora lendo, 1914

Robert Emil Stübner (Alemanha,1874-1931)

óleo sobre tela, 70 x 58 cm





Na boca do povo: escolha de provérbios populares

30 01 2025
Pato Donald paga as contas, ilustração.  Walt Disney.

 

 

“Não te metas a comprar o que não possas pagar.”




O escritor no museu: Graciliano Ramos

30 01 2025

Retrato de Graciliano Ramos, 1937

Cândido Portinari (Brasil, 1903-1962)

desenho, carvão sobre papel,  33 x 28 cm





Minutos de sabedoria: Julie de Lespinasse

30 01 2025
Ilustração, Marcella Cooper
 
 
“A calúnia é como azeite caído no pano; quanto mais se esfrega, para que ele saia, mais a mancha se estende.”

 

Mlle De Lespinasse

Julie de Lespinasse

Mlle de Lespinasse

(1732-1778)





Hoje é dia de feira: frutos e legumes frescos!

29 01 2025

Peixes, 1961

Newton Rezende (Brasil, 1912-1994)

óleo sobre madeira,  30 x 35 cm

 

 

Natureza morta, 1960

Emiliano Di Cavalcanti (Brasil, 1897- 1976)

óleo sobre tela, 48 x 64 cm

 

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Naturezas mortas com peixes, crustáceos, frutos do mar não são comuns na arte brasileira do século XX.  Nem são comuns, tampouco, telas em que apareçam animais de caça tais como perdizes, coelhos, ou qualquer outro animal que possa fazer parte da próxima ceia.  Esses já foram mais comuns no final do século XIX e início do século XX.

Pintores brasileiros que sistematicamente apresentam frutos do mar e peixes em suas naturezas mortas são poucos e parecem ser, de fato, aqueles que moram ou passaram algum tempo em cidades praianas. 

Grande parte dos pintores franceses do século XIX, até mesmo os impressionistas conhecidos pela leveza de seus temas pintaram naturezas mortas com animais. E é claro nos séculos anteriores, principalmente no século XVII no norte da Europa o tema da comida, da caça, da pesca, das frutas e pães era orgulhosamente mostrado nas casas de famílias de posse. A abundância da comida nos dias de hoje, deve ser em parte responsável pelo declínio de temas como caça e pesca nas naturezas mortas.  Pois até o século XIX, aqui no Brasil  também víamos telas representando a possibilidade de uma bela refeição. Há além disso as sensibilidades aguçadas dos dias de hoje.  Como poucos passam fome e certamente quem compra uma tela não passa fome, podem dar-se ao luxo de serem incapazes de imaginar um animal morto que será devorada em algumas horas depois de cozido, como um tema próprio para o embelezamento de uma sala de jantar.  Tradição que vem, ao que se saiba no mundo ocidental, desde os afrescos romanos, e quem sabe na Grécia antiga.  Os tempos mudam, os hábitos mudam.  E vemos através da arte nossa evolução na Terra.





Trova da gaivota

28 01 2025

 

Por sobre as ondas serenas,
a gaivota, em seu compasso,
é uma tesoura de penas,
cortando o pano do espaço.


(Onildo Campos)