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Cavalos Przewalski retornam à Mongólia.
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Boas novas para os cavalos Przewalski dados como extintos desde 1969, quando o último desses equinos, naturais da Mongólia foi identificado. Para a possibilidade de um final feliz dessa história muito se deve à iniciativa de zoológico de Praga na República Checa. Ao todo há 1.800 cavalos Przewalski no mundo. Dos quais 1600 estão em cativeiro. Desses, aproximadamente 1/3 tem seus ancestrais ligados aos cavalos do zoológico de Praga.
Os cavalos Przewalski, foram descritos pela primeira vez em 1881 pelo zoólogo russo Poliakov, que os nomeou para homenagear o explorador e geógrafo russo Nikola Mikhalovitch Przewalski (1839-1888) que os havia descoberto nas montanhas, quando vinha através do deserto de Gobi em 1879. Eles fazem parte da única espécie sobrevivente de cavalo selvagem. Têm a silhueta atarracada, com aproximadamente 1,20 m de altura, peso variando entre 250 a 350 kg e a pelagem marrom. São os parentes mais próximos dos cavalos pintados nas paredes das grutas do período pré-histórico e já habitaram a vastas pradarias da Ásia Central. No entanto, a partir do início de 1900, a pressão da caça, a concorrência por terras de pasto e água, e o cruzamento com pôneis Mongol contribuíram para a crescente escassez desses cavalos em seu estado natural. A proteção legal que existe desde 1926 na Mongólia provou não ter qualquer efeito. O cavalo Przewalski que retorna, hoje, às estepes mongólicas, sua terra de origem, foi salvo pelos esforços dos zoológicos.
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O zoológico de Praga, encarregado da manutenção do livro genealógico mundial da espécie, desempenhou um papel de grande importância na proteção desse cavalo selvagem e sua reintrodução na Mongólia, principalmente porque todos os animais atuais descendem de um grupo de 12 reprodutores unicamente. Assim, o cuidado com o cruzamento desses animais é de grande importância.
Com essa intenção a República Checa retornou quatro cavalos Przewalski à Mongólia. São três fêmeas e um garanhão, todos criados em cativeiro, que começaram a viagem para Mongólia a partir Dolní Dobřejov. Ao todos eles viajaram 17 horas, fazendo duas paradas para reabastecimento na Rússia. Depois disso, as três éguas chamadas Kordula, Cassovia e Lima, e um garanhão chamado Matyááš, enfrentaram uma viagem de 280 quilômetros de caminhão à reserva natural na Mongólia ocidental, onde passarão a fazer parte de um rebanho de mais de 20 outros cavalos já re-introduzidos por um grupo francês. Os cavalos permanecerão na reserva Tal Khomiin, ocupando mais de 50.000 hectares.
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“A chegada de Praga, de quatro cavalos jovens e geneticamente diferentes é essencial para a continuação bem sucedida da população em Khomiin Tal, tanto do ponto de vista da quantidade e quanto da qualidade“, disse Byamba Munkhtuya o zoólogo encarregado, “cavalos completamente diferentes vão melhorar significativamente a variedade genética atual e contribuir para um aumento da taxa de natalidade. Esperamos que a chegada de nossos jovens animais dê um novo impulso à reprodução da manada de Khomiin Tal”
A julgar pelas pinturas rupestres das grutas de Lascaux na França, esta espécie vivia na Europa há vinte milhões de anos, mas as mudanças climáticas levaram as manadas para a Ásia. Esperemos agora que a reprodução da espécie possa se dar com maior regularidade, no seu habitat natural.
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Concordo, haja cavalo no mundo, rsrsrsrss