Os cavalos Przewalski retornam à terra natal

4 12 2011

Cavalos Przewalski retornam à Mongólia.

Boas novas para os cavalos Przewalski dados como extintos desde 1969, quando o último desses equinos, naturais da Mongólia foi identificado.  Para a possibilidade de um final feliz dessa história muito se deve à iniciativa de zoológico de Praga na República Checa.  Ao todo há 1.800 cavalos Przewalski no mundo.  Dos quais 1600 estão em cativeiro.  Desses, aproximadamente 1/3 tem seus ancestrais ligados aos cavalos do zoológico de Praga.

Os cavalos Przewalski, foram descritos pela primeira vez em 1881 pelo zoólogo russo Poliakov, que os nomeou para homenagear o explorador e geógrafo russo Nikola Mikhalovitch Przewalski (1839-1888) que os havia descoberto nas montanhas, quando vinha através do deserto de Gobi em 1879.  Eles fazem parte da única espécie sobrevivente de cavalo selvagem.  Têm a silhueta atarracada, com aproximadamente 1,20 m de altura, peso variando entre 250 a 350 kg e a pelagem marrom.   São os parentes mais próximos dos cavalos pintados nas paredes das grutas do período pré-histórico e  já habitaram a vastas pradarias da Ásia Central.  No entanto, a partir do início de 1900, a pressão da caça, a concorrência por terras de pasto e água, e o cruzamento com pôneis Mongol contribuíram para a crescente escassez desses cavalos em seu estado natural.   A proteção legal que existe desde 1926 na Mongólia provou não ter qualquer efeito.  O cavalo Przewalski que retorna, hoje, às estepes mongólicas, sua terra de origem, foi salvo pelos esforços dos zoológicos.

O zoológico de Praga, encarregado da manutenção do livro genealógico mundial da espécie, desempenhou um papel de grande importância na proteção desse cavalo selvagem e sua reintrodução na Mongólia, principalmente porque todos os animais atuais descendem de um grupo de 12 reprodutores unicamente.  Assim, o cuidado com o cruzamento desses animais é de grande importância.

Com essa intenção a República Checa retornou quatro cavalos Przewalski à Mongólia.  São três fêmeas e um garanhão, todos criados em cativeiro, que começaram a viagem para Mongólia a partir Dolní Dobřejov.  Ao todos eles viajaram 17 horas, fazendo duas paradas para reabastecimento na Rússia.  Depois disso, as três éguas chamadas Kordula, Cassovia e Lima, e um garanhão chamado Matyááš,  enfrentaram uma viagem de 280 quilômetros de caminhão à reserva natural na Mongólia ocidental, onde passarão a fazer parte de um rebanho de mais de 20 outros cavalos já re-introduzidos por um grupo francês.  Os cavalos permanecerão na reserva Tal Khomiin, ocupando mais de 50.000 hectares.

A chegada de Praga, de quatro cavalos jovens e geneticamente diferentes é essencial para a continuação bem sucedida da população em Khomiin Tal, tanto do ponto de vista da quantidade e quanto da qualidade“, disse Byamba Munkhtuya o zoólogo encarregado, “cavalos completamente diferentes vão melhorar significativamente a variedade genética atual e contribuir para um aumento da taxa de natalidade. Esperamos que a chegada de nossos jovens animais dê um novo impulso à reprodução da manada de Khomiin Tal

A julgar pelas pinturas rupestres das grutas de Lascaux na França, esta espécie vivia na Europa há vinte milhões de anos, mas as mudanças climáticas levaram as manadas para a Ásia.  Esperemos agora que a reprodução da espécie possa se dar com maior regularidade, no seu habitat natural.

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Fontes:Horsetalk e Band





Novo dinossauro descoberto na China!

23 10 2008

Arqueólogos na China descobriram fosseis de um dinossauro do tamanho de um pombo que acreditam ser um ancestral não-direto dos pássaros.  O fóssil preservado numa rocha na Mongólia, no condado de Ningcheng no Norte da China, tem 90% de seu corpo preservado.  Deve ter habitado a Terra aproximadamente há 176 – 146  milhões de anos passados, no Médio ao Jurássico Tardio.   

 

O novo dinossauro, recebeu o nome de Epidexipteryx  hui – que em grego quer dizer: o que tem penas de exibição.   Pela data ele se mostra antecessor, ou seja, mais antigo do que os dinossauros Archaeopteryx, que viviam por volta de 155 to 150 milhões de anos atrás, e que são as primeiras aves, com aspecto de dinossauro. 

 

A aparência do Epidexipteryx é interessante.  Tinha penas, mas não voava.  Tinha uma arcada dentária projetada para fora, como a maioria dos carnívoros, mas pesava só aproximadamente 164 gramas.  Os cientistas ainda não sabem de que se alimentava.  Suas refeições seriam de insetos?  De outros répteis ou anfíbios?  Ou seria ele vegetariano, alimentado-se de plantas?   Tinha quatro longas e finas penas saindo de seu curto rabo.  Era bípede (um terópode) pequeno.  O que o faz singular são as quatro longas penas, que saíam da cauda e neste caso específico, para nossa felicidade, ficaram bem preservadas.  Os investigadores julgam que estas penas, que se parecem com uma fita poderiam não só serem ornamentais mas talvez até ajudado no seu movimento por entre ramos de árvores.  Como ornamentação elas deveriam cumprir uma função importante para a reprodução. Há muitas espécies de aves com penas grandes e de cores exóticas, que são importantes para o ritual de acasalamento. O mesmo poderia acontecer com o Epidexipteryx.  Já suas penas curtas, que cobrem o corpo todo do dinossauro provavelmente funcionariam com protetores da temperatura, insulando o corpo do animal das mudanças em temperatura.   Na época em que este dinossauro vivia erupções vulcânicas eram muito comuns.  Ele era parte de um ambiente cheio de lagos e árvores.  Junto a este dinossauro diversos insetos, plantas, salamandras, lagartos, pterossauros cabeludos e mamíferos primitivos voadores e nadadores foram encontrados.

 

Cientistas estão certos de que este dinossauro não pertence ao grupo Microraptor , que são dinossauros apresentando penas e que os acredita-se que voava além de planar.  Mas como o Microraptor – um dinossauro que viveu mais tarde entre 130 a 125 milhões de anos – também tinha dois grupos de asas semelhantes aos primeiros bi planos. Esta nova descoberta ajuda na evidência, muito importante, da relação entre dinossauros e pássaros.  O esqueleto tinha várias características parecidas com os das aves e os paleontólogos colocaram a espécie ao lado das primeiras linhas evolutivas dos dinossauros voadores.   Apesar de este dinossauro não poder ser considerado na linha direta dos ancestrais dos pássaros, é um dinossauro que tem a mais próxima relação filogenética aos pássaros.  Conseqüentemente, pode fornecer informações sobre a transição dos dinossauros a pássaros, incluindo as mudanças ocorridas nas penas e nos rabos.  A sua descoberta nos leva mais próximo do pássaro ancestral – o grande pai dos pássaros que conhecemos hoje.  Descobre-se também com este novo achado que a complexidade da evolução dos dinossauros para pássaros é maior do que até aqui imaginávamos.  

 

Esta descoberta foi publicada na revista científica Nature, com edição desta semana,  por um grupo de investigadores da Academia de Ciências da China, encabeçada por Zhonghe Zhou do Instituto de Paleontologia de Vertebrados e  Paleo-antropologia da Academia de Ciências da China em Pequim.  

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