Cartões de Natal: Papai Noel chega de maneiras inusitadas!

21 12 2011

Asa Delta puxada a renas.

Como já vimos em duas outras postagens neste mês, sobre os meios de transporte de Papai Noel, voltamos ao assunto, deslumbrados que estamos com a sua criatividade para chegar a todas as crianças do mundo.  Mostramos, então, alguns outras maneiras de viajar de que o bom velhinho se utiliza.

Foguete, cartão da USRR.

Barco sobre esquis para os canais congelados da Holanda, cartão holandês.

Ônibus de dois andares, Inglaterra.

Ele também usa o trem, veja este cheio de brinquedos.

Snowmobile, em cartão da Rússia.

Ele também vem de triciclo.

Chega de helicóptero.

De bicileta ajudado por crianças…

Também faz entregas de caminhão.

Cartão da Finlândia.
Além de motocicleta voadora…

E de lambreta…

De sleigh motorizado…

E, é claro, de tapete mágico pelos céus da antiga União Soviética.

Além de poder usar seu paraquedas a qualquer momento.





Quando o que aprendemos já ficou ultrapassado!

21 12 2011

Biblioteca Pública de Chelsea, 1920

Malcolm Drummond (Grã-Bretanha, 1880-1945)

óleo sobre tela

Bridgeman Art Library

Um dos livros cuja narrativa me encantou nesse fim de ano foi  O aprendizado da srta. Beatrice Hempel, de Sarah Shun-lien Bynum [Rocco:2011].  É o tipo de livro que tem passagens que nos fazem reconhecer atitudes e maneiras de pensar.  Enfim, reconhecemo-nos e aos que nos circundam.  Hoje coloco aqui um trechinho  que mostra a realização de uma professora de história que descobre que o que havia insistido muito para que seus alunos da 7ª série aprendessem  e o que estava à beira de ensinar — determinados fatos da história americana —  acabava de ser ultrapassado por novas teorias e descobertas.

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“Tendo falado dos índios com tanta aprovação, a srta Hempel ficou consternada ao encontrar, numa tarde de domingo na livraria, uma publicação nova dedicada a contradizê-la.  Ficou parada no corredor, com o cenho franzido.  De acordo com as últimas descobertas antropológicas, os índios não eram grandes amigos da Natureza; eles arrasavam florestas, caçavam animais quase até a extinção, saboreavam petiscos, como o feto do búfalo, enquanto deixavam a mãe se decompor lentamente ao sol.

O livro estava exposto numa prateleira com uma variedade de outros livros, todos aparentemente com a mesma tendência.  A srta Hempel percebeu que uma pequena indústria tinha surgido cujo único objetivo era revelar as mentiras e as mistificações da história americana.  Paul Revere não gritou “Os britânicos estão chegando!”  Thomas Jefferson seduziu, sim, e engravidou Sally Hemings, sua escrava.  Os fundadores da nação não estavam “nem um pouco interessados em igualdade para todos”.  E o biruta do John Brown era perfeitamente são.  Até mesmo a teoria da ponte entre os continentes estava sob ataque.  Parecia que, afinal de contas, os primeiros americanos não tinham chegado perambulando pelo estreito de Bering.

A srta Hempel se sentiu irritada e traída.  Tinha levado muito tempo para ler América! América!, e agora cá estava uma prateleira inteira de estudos acadêmicos lançando dúvida sobre tudo o que ela estava prestes a ensinar.

No entanto, ela admitia que esses livros realmente pareciam necessários; sua existência fazia sentido para ela.  Era tão difícil contar a história com fidelidade.  Não se podia confiar que uma pessoa conseguisse relatar o seu próprio passado com fidelidade, muito menos a história de um país inteiro.”