
O Astronauta
Odylo Costa Filho
Ia um astronauta
pelo céu sozinho
deixou seu foguete,
perdeu seu caminho.
Era tudo branco
— por dentro ou por fora –
porém não chorava,
porque homem não chora.
Pediu: — “Meu Senhor,
acabai com a Guerra,
mesmo que eu não possa
voltar para a Terra!”
Foi Deus, que mandou
um anjo levar
o moço, na Páscoa,
de volta pro lar.
E exércitos de asas
vieram pelo ar
com palmas e rosas
a Guerra acabar.
Odylo Costa, Filho (MA 1914- RJ 1979) – formado em direito, foi diplomata, ensaista, jornalista, cronista, novelista e poeta.
Obras:
Graça Aranha e outros ensaios (1934)
Livro de poemas de 1935, poesia, em colaboração com Henrique Carstens (1936)
Distrito da confusão, crônicas (1945)
A faca e o rio, novela (1965)
Tempo de Lisboa e outros poemas, poesia (1966)
Maranhão: São Luís e Alcântara (1971)
Cantiga incompleta, poesia (1971)
Os bichos do céu, poesia (1972)
Notícias de amor, poesia (1974)
Fagundes Varela, nosso desgraçado irmão, ensaio (1975)
Boca da noite, poesia (1979)
Um solo amor, antologia poética (1979)
Meus meninos e outros meninos, artigos (1981).
Outro poema de Odylo Costa, Filho neste blog:
Pioneer 10






