O PATINHO
O pintainho do pato,
galante, amarelo e novo,
mal saiu da casca do ovo,
busca as águas do regato.
Todo ele, tão lindo e louro,
enquanto nas águas bóia,
tem a graça de uma jóia
feita em ouro.
Francisca Júlia
Francisca Júlia da Silva Munster (SP 1871 – SP 1920) Poetisa brasileira.
Obras:
1895 – Mármores
1899 – Livro da Infância
1903 – Esfinges
1908 – A Feitiçaria Sob o Ponto de Vista Científico (discurso)
1912 – Alma Infantil (com Júlio César da Silva)
1921 – Esfinges – 2º ed. (ampliada)






Francisca Julia da Sliva Münster; mostra que a alma feminina antecede a da Poeta ao escrever poemas para as crianças. Sem dúvida, Francisca me surpreende sempre!
É verdade que a sensibilidade de Francisca Júlia sempre surpreende. Gosto muito de ir atrás dessas primeiras poesias ou das primeiras histórias que foram craidas por brasileiros para brasileiros. Um grande abraço e muito obrigada pela leitura, Ladyce
É fantástico ver o empenho com que Francisca Júlia desenha ludicamente a imagem do patinho. Melhor será ainda o dia em que a obra desta poetisa única e levíssima puder se tornar conhecida de todas as pessoas no Brasil e no mundo. Como é que pode haver no Brasil editores tão desinteressados pela boa poesia? Onde estão as pessoas que não reeditam toda a obra de nossa mestra Francisca Júlia?
Obrigado pela oportunidade de ler o texto.
Fabiano Donato Leite
Gurupi – Tocantins
Professor Fabiano, são inúmeras as perguntas que faço a mim mesma a respeito das re-edições brasileiras. A obra de Francisca Júlia está em domínio público. Por isso mesmo suas poesias deveriam estar ao alcance de qualquer um. Reconheço a sua frustração, é minha também. Há um outro caso mais recente, das obras infantis de Vicente Guimarães. São inúmeros os pedidos que recebo, desde que publiquei o poema de abertura do livro do João Bolinha, de pessoas querendo comprar esse lvro, para poderem ler para seus filhos ou netos. A família já disponibilizou alguns volumes, mas a demanda é maior do que a oferta. Onde estão os editores? É incompreensível. Obrigada por levantar esta questão mais uma vez. Muito obrigada, Ladyce