Imagem de leitura — John Dawson Watson

4 05 2013

JOHN DAWSON WATSON (1832-1892), a jovem preceptora, 1885, aquarela e guach, 19 x 24 cm col part

Jovem preceptora, 1885

John Dawson Watson (Inglaterra, 1832-1892)

aquarela e guache, 19 x 14 cm

Coleção Particular

John Dawson Watson nasceu em 1832. Estudou na Manchester School of Design e na Royal Academy. Estabeleceu-se  em Londres em 1860, onde  trabalhou como ilustrador e aquarelista seguindo os passos de seu cunhado e de Myles Birket Foster, um amigo também artista. Contribuiu para revistas tais  como Good Words e London Society.  Foi também o ator de uma esplêndida edição de O Peregrino para o editor George Routledge em 1861 além de contribuir com desenhos e ilustrações para a antologia English Sacred Poetry em 1862. Em 1877, uma retrospectiva de sua obra foi organizada em Manchester. Viveu em Conway em North Wales, e lá morreu em 1892.





Poetas difíceis: um mito, palavras de Teresa Guedes

26 11 2008

 

aulas

Como grande parte dos leitores deste blog são pessoas ligadas ao ensino fundamental e médio, no Brasil, ou são pais, ou adultos interessados em temas educacionais e culturais, hoje transcrevo um trecho sobre o ensino da língua portuguesa através da poesia.  O texto é de Teresa Guedes, que encontrei por acaso na internet e achei bastante relevante para o que este espaço tem aos poucos se tornado: ponto de assistência aqueles que gostariam de ilustrar suas aulas com material além daquele encontrado nos livros didáticos.

 

Teresa Guedes escreveu muitos livros.  Sua preocupação foi por muito tempo reconciliar o ensino da língua com uma apreciação da poesia.   Pelas notas que mais tarde vim a ler publicadas como explanação do livro da autora: Poetas difíceis: um mito, Editorial Caminho: 2002, Lisboa, série Caminho da Educação, n° 10: 2002, [ISBN: 972-21-1508-1] temos uma boa idéia sobre a maneira de ensino advogado por ela.  Copio aqui as informações e os exemplos, pois os achei interessantes, e nos ajudam a perder aquele medo que às vezes temos de sair de um projeto já traçado e conhecido para um rumo diferente, que talvez até possa trazer maiores benefícios.   

 

 

Das obras da autora, que têm subjacente a temática da Poesia, será de referir que esta se diferencia pelo fato de incidir nos receios e rejeições de educadores em relação a poetas específicos, rotulados de inacessíveis para os alunos.

 

      É necessário que os professores deixem de catalogar os poetas e os poemas como «fáceis» ou «difíceis», e reconheçam em vez disso, que há tarefas simples ou complicadas a partir de um poema. Um autor pode apresentar vários poemas que oscilem entre a complexidade e a simplicidade.

 

      Optou-se por uma metodologia que agrupou vários poemas do mesmo autor, para que fossem visíveis esses cambiantes. Recorreu-se, por um lado, a uma simplificação de atividades quando existiam poemas mais densos e, por outro, a uma organização de tarefas mais elaboradas, para poemas mais transparentes. Desvanece-se, assim, a idéia de que há poesia específica para os mais novos.

 

      Raramente os jovens tomam a iniciativa de procurar livros de Poesia. Daí que a escola tenha responsabilidade em proporcionar uma significativa amostragem de poetas. Isto não quer dizer que educadores e alunos tenham de aderir a todos eles incondicionalmente, mas podem sim, através de muitos poetas, refletir sobre si próprios e sobre a singularidade e universalidade da Poesia.

 

 

 

 

 

Maria Teresa Fernandes Costa Guedes (1957- 2007) licenciada em Filologia Germânica pela Faculdade de Letras do Porto; foi professora efetiva do 2º ciclo do ensino básico em escolas públicas de Vila Nova de Gaia, onde vivia, e dedicou-se à dinamização de oficinas de escrita criativa, para docentes e alunos. Desde a sua estréia em livro, publicou três títulos de poesia para jovens (Em Branco, 2002; Real… mente, 2005; e Tu Escolhes, 2007) e diversas obras de incentivo à escrita de intenção literária em contexto educativo. Escrevia, versos, contos, crônicas.





Aprenda a criar uma biblioteca pública na sua comunidade

17 10 2008

Ilustração:  Walt Disney

 

Como montar uma biblioteca comunitária?

 

O primeiro passo é definir o local: no condomínio onde você mora, no trabalho, na associação de bairro etc. Feito isso, é preciso uma infra-estrutura mínima, composta por prateleiras, mesa e cadeiras, um fichário e, de preferência, um computador para controle dos livros e dos usuários.

 

O passo seguinte é obter as obras que farão parte do acervo. Você pode solicitar doações a amigos, parentes, colegas de trabalho, vizinhos e também a órgãos municipais e estaduais ligados à cultura. Outra saída é negociar com editoras e revendedores de livros a compra com desconto, caso você tenha verba para isso.

 

Com os livros em mãos, é preciso catalogá-los e organizá-los por temas (ficção, auto-ajuda, infantil, técnicos, enciclopédias etc.).

 

O empréstimo deve ser feito por meio do preenchimento de uma ficha, onde o usuário coloca seu nome, número de documento, endereço e telefone. A retirada de livros pode ser gratuita ou ter uma taxa simbólica.

 

Para melhor controle dos empréstimos, o gestor da biblioteca pode estabelecer uma multa para quem atrasar a devolução, sugere João Gonçalves, gerente da ONG Leia Livros, que mantém um programa de caminhões bibliotecas em 50 escolas públicas do país. A finalidade da multa não é punir o usuário, mas desenvolver nele o sentido de responsabilidade.

 

Escrito por Yuri Vasconcelos

Revista Vida Simples





Crianças se divertem na Biblioteca Comunitária de São Gonçalo, RJ

16 10 2008

A iniciativa de uma professora transformou a vida do bairro de Guaxindiba. Os meninos e meninas não tinham nenhuma opção de lazer. Agora, passam o tempo em uma biblioteca, criada só para eles.

As ruas do bairro sequer são asfaltadas. Mesmo com chuva, Thaynara anda meia hora quase todos os dias para chegar à biblioteca. Nas prateleiras está o motivo do esforço. “É por causa dos livros“, afirma a menina.

“Eu gosto de ficar lendo os livros de poesia. Antes, eu ficava parado e sem fazer nada. Agora, eu venho para cá e fico lendo e estudando”, conta Kenedy de Oliveira, de 10 anos.

Há dois anos, a pedagoga Alessandra Honorata começou a recolher livros entre os amigos. Ela montou e uma biblioteca na varanda de casa para as crianças do bairro. As doações eram tantas que já não cabiam mais na casa da Alessandra.

Há dois meses, a biblioteca foi para uma loja. Foi mais um passo que ela não deu sozinha. Muitos vizinhos a ajudam a pagar o aluguel e a conta de luz. “Eu nunca conseguiria fazer isso aqui sozinha. À medida que outras pessoas do bairro também estão conscientizadas da importância de a criança ter acesso à cultura, à leitura e ao lazer, elas se somam às minhas forças e nos tornamos mais fortes”, afirma a pedagoga Alessandra Honorata.

Com a biblioteca, o meu filho ficou uma criança mais alegre. Ele chega da escola e fala ‘quero ir para a biblioteca’. Para mim, está sendo muito bom e para ele também”, comenta a dona de casa Maria Aparecida Guimarães.