Poema de Natal, Carlos Pena Filho

8 12 2015

 

 

sinos vermelhos, 1934Sinos, 1934.

 

 

Poema de Natal

 

Carlos Pena Filho

 

 

— Sino, claro sino,

tocas para quem?

— Para o Deus menino

que de longe vem.

 

— Pois se o encontrares

traze-o ao meu amor.

— E que lhe ofereces

velho pecador?

 

— Minha fé cansada,

meu vinho, meu pão,

meu silêncio limpo,

minha solidão.

 

 

Em: Melhores poemas, Carlos Pena Filho, Sel. Edilberto Coutinho, Editora Global:2000, 4ª edição, p.36.

 





Quadrinha da lua cheia

26 09 2011

Lua Cheia… Céu de prata…

Há cordas em vibração…

E, baixinho, a serenata

nos embala o coração.

(Ermelinda Amazonas de Almeida)





Quadrinha para crianças sobre a lua

8 09 2011

 

Cartão postal, década 1930, Havaí.

Docemente equilibrada,

ia a lua pelos ares,

qual linda concha embalada

pela corrente dos mares.

(Gonçalves Dias)





Quadrinha para o Dia das Mães

24 04 2011
Ilustração, mãe e filho, Frederick Richardson, 1975.

Tudo o que fui e que sou

devo ao seu zelo e carinho.

— Mãezinha, você plantou

roseiras no meu caminho!

( Pedro Peixoto de Aguiar)





A mesma rosa amarela — poema de Carlos Pena Filho

23 02 2009

 

 

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A rosa amarela, 2008

Fernanda Guedes

Caneta Fredix sobre tela, 20 x 25 cm

 

 

A mesma rosa amarela

 

                                 Carlos Pena Filho

 

 

Você tem quase tudo dela,

o mesmo perfume, a mesma cor,

a mesma rosa amarela,

só não tem o meu amor.

 

Mas nestes dias de carnaval

para mim, você vai ser ela.

O mesmo perfume, a mesma cor,

a mesma rosa amarela.

Mas não sei o que será

quando chega a lembrança dela

e de você apenas restar

a mesma rosa amarela,

a mesma rosa amarela.

 

 

Em:  Melhores poemas, Carlos Pena Filho, ed. Edilberto Coutinho, Editora Global: 2000, São Paulo.

 

 

Carlos Pena Filho ( PE 1929-PE 1960) poeta brasileiro. 

 

Obras:

 

O tempo da busca, 1952

Memórias do boi Serapião, 1956

A vertigem lúcida, 1958

Livro geral, 1959

 





19 de novembro: o dia do cordelista

19 11 2008

Uma pequena homenagem aos nossos  cordelistas.

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…………..

 

Agora com mensalão

Tudo virou um mistério

O homem rico do Brasil

Agora é Marcos Valério

Nossa justiça não brinca

Eu digo que o caso é sério

 

 

O povo tá arretado

E coberto de razão

Dinheiro sendo roubado

Para pagar o mensalão

Eu só vou me conformar

Depois de pegar o ladrão

 

 

FIM

 

 

 

Duas últimas estrofes de – Mensalão: um vírus no Brasil, em literatura de cordel de Davi Teixeira.  Capa: xilogravura do autor. ©2005 

 

 

David Teixeira da Silva nasceu em Bezerros em 1959 começou a escrever seus poemas em 1998, alguns deles já foram publicados no jornal A Folha de Pernambuco.

 

 

 

Para mais informações sobre O dia do cordelista.