O livro
Helena Pinto Vieira
Os Livros eu sei que são
como portas encantadas
que nos levam a lindas terras
onde moram anões e fadas.
Lugares longe e tão belos
onde eu não podia ir
mas agora, com essa porta
é só ter cuidado e abrir.
O livro
Helena Pinto Vieira
Os Livros eu sei que são
como portas encantadas
que nos levam a lindas terras
onde moram anões e fadas.
Lugares longe e tão belos
onde eu não podia ir
mas agora, com essa porta
é só ter cuidado e abrir.
Moça sentada, lendo ao lado de uma mesa
Charles Henry Tenré (França, 1854-1926)
óleo sobre tela, 74 x 61 cm
Claraboia foi um livro de José Saramago escrito em 1952. Mas ele não conseguiu publicá-lo até os anos 80. Não tem aquela forma por que Saramago ficou conhecido. Tem parágrafos, pontuação tradicional. Trata-se das histórias de diversas famílias vivendo em um edifício. Tem um gostinho dos anos cinquenta do século passado, é um tantinho moralista. Afinal trata-se da era de Salazar. Saramago usa da insinuação em temas delicados, que hoje seriam abertamente ilustrados, fala de política, de amores e paixões, de seres humanos. Cativa com sua linguagem, seduz mesmo. É tão bom reconhecer palavras que são usadas em contextos diferentes e com maestria! Foi uma excelente tarde nesse papo delicioso.
Muitas vezes não sabemos o impacto que nossas ações podem exercer sobre outras pessoas. Fui levada à Oficina de Escrita do escritor Luís Pimentel pelas mãos de uma amiga, Magali Lee Cotrim, que estava interessada em escrever memórias. Fui, ainda sem saber bem como tudo isso funcionava. Escrever havia sido sempre parte de minha vida, ainda que fosse segredo. Manuscritos, tenho-os alguns. Talvez, por haver feito resenhas de livros para jornais e no blog, há 17 anos, algumas centenas de resenhas, meu medo de meus textos não serem bons, sempre me impediu de aparecer como escritora.
Fui aos primeiros encontros da turma de Pimentel com o coração nas mãos; O que encontrei lá foram colegas respeitosos, críticos onde deveriam ser; e Luís Pimentel, cujas palavras, gentis, mesmo quando sugeriam mudanças nos textos, guiaram e apoiaram meu trabalho.
A essa altura, meu marido já se achava adoentado. Com a pandemia ele piorou. Tive muito medo dele morrer sem que visse que eu havia levado minha escrita avante. Desde que o conheci, Harry havia me dado todo apoio à escrita. Aos meus textos em inglês e aos em português. Não fosse por ele eu não teria me dedicado a dois romances engavetados, à tradução do português para o inglês, às críticas literárias. Todo esse tempo, trabalhando como historiadora da arte e mais tarde galerista.
No final de 2020 quando ainda dava tempo de meu marido ver a publicação de À meia voz, resolvi publicar. Luís Pimentel me deu o presente de escrever a orelha do livro, introduzindo essa nova poeta. Fica aqui mais uma vez meu agradecimento, meu apreço às suas orientações. Fazer parte de seu círculo de escritores foi uma das mais importantes decisões que já tomei. Sem hesitar faria outra temporada sob seu olhar agudo e carinhoso. Obrigada, Pimentel.
SINOPSE
No primeiro dia de aula, Marcos, um garoto negro, sofre agressões de outros estudantes, e quatro adolescentes se unem para defendê-lo. Dessa união de cinco pessoas tão diferentes como os dedos de nossas mãos, mas que assim como eles, na diversidade se completam, nasce uma amizade tão forte que vai mudar, além de suas vidas, as de seus familiares
Este é um livro infanto-juvenil com belíssimas ilustrações e texto exemplar passado tanto numa floresta tropical quanto num ambiente urbano. Esse é o terceiro livro da carioca Nancy de Souza. O lançamento foi um grande sucesso. E sim, Nancy já se tornou uma amiga pessoal desde que fizemos um curso juntas.
Menina lendo livro, 2015
Michael Pracht (EUA, contemporâneo)
óleo sobre tela, 61 x 91 cm
Mark Twain
Retrato de Família, 1960-65
Georgette Chen (China- Singapura, 1906-1993)
óleo sobre tela
Museu de Arte de Singapura
Ruben Darío
(1867-1916)
Somos sete lendo o livro do Caldeira. Mas às vezes uma ou outra falta. Não faz mal, quem falta lê sozinha o capítulo perdido e pega o ritmo na semana seguinte. Esta leitura é organizada e dirigida pela leitora, psicóloga, artista plástica Rose Nobre.