Você sabe como funciona O Mercado da Arte?

10 03 2015

 

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1ª Aula — uma vista de como o mercado da arte evoluiu, desde o tempo das oferendas nos templos ao sofisticado século XX.

2ª Aula — Uma explanação de como funciona o mercado nos dias atuais, a arte como commodity até 2012. Dados depois dessa data são escassos.

Ladyce West é uma historiadora da arte, formada pela Universidade de Maryland. Foi diretora de uma galeria de arte non-profit para artistas em ascendência até abrir sua própria galeria de arte e antiguidades, Gessner Art & Antiques, nos EUA, que manteve por 15 anos antes de retornar ao Brasil.





O Mercado da Arte, o que é?

7 03 2015

 

 

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1ª Aula — uma vista de como o mercado da arte evoluiu, desde o tempo das oferendas nos templos ao sofisticado século XX.

2ª Aula — Uma explanação de como funciona o mercado nos dias atuais, a arte como commodity até 2012. Dados depois dessa data são escassos.
Ladyce West é uma historiadora da arte, formada pela Universidade de Maryland. Foi diretora de uma galeria de arte non-profit para artistas em ascendência até abrir sua própria galeria de arte e antiguidades, Gessner Art & Antiques, nos EUA, que manteve por 15 anos antes de retornar ao Brasil.





O mercado da arte, quer saber mais?

6 03 2015

 

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1ª Aula — uma vista de como o mercado da arte evoluiu, desde o tempo das oferendas nos templos ao sofisticado século XX.

2ª Aula — Uma explanação de como funciona o mercado nos dias atuais, a arte como commodity até 2012. Dados depois dessa data são escassos.
Ladyce West é uma historiadora da arte, formada pela Universidade de Maryland. Foi diretora de uma galeria de arte non-profit para artistas em ascendência até abrir sua própria galeria de arte e antiguidades, Gessner Art & Antiques, nos EUA, que manteve por 15 anos antes de retornar ao Brasil.





O Mercado da Arte, curso de dois dias!

5 03 2015

 

 

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1ª Aula — uma vista de como o mercado da arte evoluiu, desde o tempo das oferendas nos templos ao sofisticado século XX.

2ª Aula — Uma explanação de como funciona o mercado nos dias atuais, a arte como commodity até 2012. Dados depois dessa data são escassos.
Ladyce West é uma historiadora da arte, formada pela Universidade de Maryland. Foi diretora de uma galeria de arte non-profit para artistas em ascendência até abrir sua própria galeria de arte e antiguidades, Gessner Art & Antiques, nos EUA, que manteve por 15 anos antes de retornar ao Brasil.





Curso: O Mercado da Arte

3 03 2015

 

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1ª Aula — uma vista de como o mercado da arte evoluiu, desde o tempo das oferendas nos templos ao sofisticado século XX.

2ª Aula — Uma explanação de como funciona o mercado nos dias atuais, a arte como commodity até 2012. Dados depois dessa data são escassos.

 
Ladyce West é uma historiadora da arte, formada pela Universidade de Maryland. Foi diretora de uma galeria de arte non-profit para artistas em ascendência até abrir sua própria galeria de arte e antiguidades, Gessner Art & Antiques, nos EUA, que manteve por 15 anos antes de retornar ao Brasil.





Curso de História da Arte: Obras Primas da Arte Ocidental

30 07 2013

Edgar Walter,Pinacoteca - MNBA – RJ,1945,ost,90 x 117

Pinacoteca do Museu de Belas Artes no Rio de Janeiro, 1945

Edgar Walter (Brasil,  1917-1994)

Óleo sobre tela, 90 x 117 cm

Início: 14 de agosto de 2013
Todas as 4ªs feiras das 15 às 17 horas.
Onde: Auditório Helena Lodi
VOZ PLENA
Rua Djalma Ulrich 134, 5º andar
Copacabana,  Rio de Janeiro
Historiadora da arte: Ladyce West

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Informações através do blog: deixe seu email.





O intocável, de John Banville: retrato do homem, do espião e de uma era.

3 02 2013

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O espião que sabia demais [Tinker Taylor Soldier Spy]

Nop Briex (Holanda, 1965)

óleo sobre tela

www.briex.eu

Há muito eu tinha curiosidade sobre o duplo espião britânico, Anthony Blunt.  Conheci-o como historiador da arte especializado na pintura européia do século XVIII; diretor de um dos mais sérios centros de pesquisa da arte, Courtauld Institute of Art.  Mas antes mesmo de eu me formar em história da arte, o escândalo no qual ele  foi figura central — agente duplo do serviço secreto britânico MI5  para a Inglaterra e agente para a União Soviética dos anos 30 ao início dos anos 50, membro do chamado  Cinco de Cambridge [Cambridge Five]  ainda era debatido e questionado.  Nada poderia ter surpreendido mais o mundo dos museus e da pesquisa acadêmica do que a descoberta de que o pacato mundo das bibliotecas e dos porões de museus poderiam ter servido de disfarce para tal profissão.  A partir de 1979 Anthony Blunt passou a ter uma nuvem de mistério a sua volta.  Como?  Porque?   Não que a vida particular de qualquer historiador de arte seja de interesse público mas espionagem era algo completamente fora da norma. E vez por outra, na atividade comum de perda de tempo à volta de uma mesa de bar, nós, estudantes de pós-graduação tentávamos  imaginar como uma pessoa de tamanho porte acadêmico,  tão chegada à Rainha da Inglaterra, poderia ter se imiscuído na espionagem e contra-espionagem?

John Banville responde a todas essas questões e a muitas outras nesse romance biográfico  baseado na vida de Anthony Blunt, retratado sob o pseudônimo de Victor Maskell.   Fazem parte do enredo também  Guy Burgess e Donald Maclean, (todos com pseudônimos) do grupo ‘Espiões de Cambridge’.   Banville preenche lacunas e satisfaz nossas dúvidas.  Este é o estudo profundo de uma personalidade.  Talvez um dos personagens mais tridimensionais  da literatura atual.  É  vívido. Parece real.  A história é sedutora  e Banville nunca deixa de entreter e acima de tudo de mostrar a pessoa complexa e coerente do homem e do espião,  dentro dos parâmetros sociais e de época.

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Mas, parafraseando Tom Jobim, “A Inglaterra não é para principiantes”.  Para uma compreensão mais apurada do texto,  um bom conhecimento das nuances da sociedade inglesa certamente ajudará na leitura; uma boa dose da história do enlace das classes altas inglesas com a política nazista, também.  Por fim, um conhecimento superficial, mas coerente do estoicismo e da posição ética de Sêneca podem ajudar a entender a percepção que Banville tem de Blunt.  Será interessante lembrar também os preconceitos da sociedade, numa época anterior à Segunda Guerra Mundial –  homossexualismo, conflito de classes, a questão irlandesa — tudo isso  adicionará uma pitada de interesse.   E o mundo da década de 30 estava enamorado do socialismo,  ato que justificou ditaduras de direita e de esquerda do período:  Itália (Mussolini), Espanha (Franco),Portugal ( Salazar),  Nicarágua (Somoza), Brasil (Vargas), Grécia (Metaxas), Cuba (Batista), Rússia (Stalin), sem mencionar a Alemanha de Hitler. Fica evidente através do texto que  Anthony Blunt não se sentia parte nem da sociedade inglesa, nem de nenhuma outra.  Era um verdadeiro estranho no ninho: irlandês, pobre mas com nome de família – primo distante da rainha — , homossexual, com acesso ilimitado à corte – não é de surpreender, portanto, seu solipsismo, sua visão única do mundo como uma projeção de suas próprias fantasias.  A tendência seria desgostar dessa personalidade dúbia, inconseqüente, com uma atitude tão blasé em  relação à vida, como Anthony Blunt é retratado.  Mas, pelo contrário, talvez porque a narrativa seja na primeira pessoa, talvez porque estamos rodeados dos detalhes que fazem o personagem crível,  ficamos com a justa dimensão de um homem de grande conhecimento. John Banville não o retrata menor do que era.

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No entanto, há sempre, e aí está parte do charme deste romance de suspense, a dúvida: será que Victor Maskell está nos dizendo tudo o que sabe?  Há algum motivo para acreditarmos na realidade que ele nos descreve?  Espião, agente duplamente inconfiável, Victor Maskell [será que o nome vem de Mask, máscara?] é o anti-herói por excelência, figura trágica, cuja vida é passada em pequenos compartimentos e se equilibra, desde os primeiros dias da juventude entre mostrar e viver o que não é: da vida de espionagem à vida sexual.

Como um mestre John Banville também brinca com o leitor ao desenvolver como tema o amor que Maskell tem por um quadro de Poussin:  A Morte de Sêneca [fictício]. E dúvidas quanto  à  sua autenticação só intensificam o eco das perguntas que fazemos sobre a narrativa, é verdadeira ou falsa?  O pintor francês do século XVII Nicolas Poussin foi de fato objeto de estudo de Anthony Blunt como historiador da arte. Mas, a presença de um quadro inexistente, cuja autenticação depende de Maskell é um paralelo magistral ao jogo de espelhos que a vida do espião reflete. Victor Maskell assim como Anthony Blunt, têm o fim que merecem: são traídos.  Um pouco de justiça poética arrematando uma vida de fantasias.





O espião e o crítico de arte, texto de John Banville

21 01 2013

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O crítico de arte, 1935

Norman Rockwell (EUA, 1894-1978)

[Capa da revista Saturday Evening Post, de 16 de abril de 1935]

Neste fim de semana estive envolvida com o livro O Intocável de John Banville. É extremamente bem escrito, fala de espionagem, fala de arte e da Inglaterra.  Baseia-se na história real do agente secreto britânico e simultaneamente agente para a Rússia, Anthony Blunt, conhecidíssimo historiador e crítico de arte.  O caso só veio ao conhecimento do público no final dos anos 80.  E a história, aqui contada como uma quase-memória é fascinante.  Selecionei um trecho para postagem hoje, porque mostra além do conhecimento da arte, os valores que eram a elas atribuídos e as metáforas que dela se usava.  A cena se passa na Inglaterra, em 1935 antes do início da Segunda Guerra Mundial.

“Fêz-se uma fração de segundo de silêncio, e a atmosfera adensou-se por um breve instante. Eu olhava de um para o outro, parecendo detectar uma coisa invisível a passar entre eles, não tanto um sinal como um símbolo mudo, como um desses quase impalpáveis  reconhecimentos que trocam os adúlteros quando têm companhia.  O fenômeno ainda me era estranho, mas ia tornar-se cada vez mais conhecido quanto mais fundo eu penetrava no mundo secreto. Assinala aquele momento em que um grupo de iniciados, no meio da tagarelice habitual, começa a trabalhar num candidato potencial: era sempre o mesmo: a pausa, o breve intumescimento no ar, depois a tranqüila retomada do tema fora irrecuperavelmente mudado. Mais tarde, quando eu mesmo já era um iniciado, essa pequena agitação especulativa me emocionava profundamente. Nada muito tentador, nada muito emocionante, a não ser, claro, algumas manobras na caçada sexual.

Eu sabia o que estava acontecendo; sabia que estava sendo recrutado. Era emocionante, assustador e ligeiramente ridículo, como ser chamado das laterais para jogar no time titular da escola. Era divertido. Essa palavra não traz mais o peso que tinha para nós. Diversão não era diversão, mas o teste de autenticidade de uma coisa, uma verificação do seu valor. As coisas mais sérias nos divertiam. As coisas mais sérias nos divertiam. Isso é algo que os Felix Hartmans jamais entenderam.

— Sim – falei, é verdade que eu antes defendia o primado da forma pura. Uma parte muito grande da arte é apenas anedótica, que é o que atrai o sentimentalista burguês. Eu queria uma coisa rude e estudada, realmente fiel à vida: Poussin, Cézanne, Picasso. Mas esses novos movimentos… esse surrealismo, essas áridas abstrações… que têm eles a ver com o mundo real, em que os homens vivem, trabalham e morrem?

Alastair bateu palmas lentas e silenciosas. Hatman, franzindo pensativamente a testa para meu tornozelo, ignorou-o.

— Bonnard – disse. Bonnard fazia furor naquele momento.

— Felicidade doméstica. Sexo sábado à noite.

— Matisse.

— Postais pintados a mão.

–Diego Rivera.

— Um verdadeiro pintor do povo, claro. Um grande pintor.

Ele ignorou o sorrisinho de lábio preso que não pude evitar; lembro-me de que surpreendi Bernard Berenson sorrindo assim uma vez, quando fazia uma atribuição gritantemente falaz de uma falsificação barata que um infeliz americano ia comprar por um preço fabuloso.

— Tão grande quanto … Poussin? – perguntou.

Encolhi os ombros. Então ele conhecia meus interesses. Alguém andara falando-lhe.  Olhei para Alastair, mas ele se achava absorvido examinando o polegar machucado.

— Essa questão não se coloca – disse eu – A crítica comparativa é em essência  fascista. Nossa tarefa – como apliquei delicadamente a pressão nesse nosso – é enfatizar os elementos progressistas na arte. Em tempos como estes, certamente é esse o primeiro e mais importante dever do crítico.

Seguiu-se outro silêncio significativo, Alastair chupando o polegar, Hartman balançando a cabeça e eu olhando para o lado, a exibir meu perfil, a própria modesta e a firme decisão proletárias, como, tinha certeza, uma daquelas figuras em relevo, em leque, no pedestal  e um monumento do realismo socialista. É curioso como as pequenas desonestidades são as que se grudam na seda da mente. Diego Rivera – Deus do céu! Alastair observava-me agora com um sorriso matreiro”.

Em: O Intocável, John Banville, Rio de Janeiro, Record: 1999, pp-114-115, tradução de Marcos Santarrita.





500 anos de Giorgio Vasari: visite a biblioteca nacional em homenagem!

20 01 2012

Entrada principal da Biblioteca Nacional, Rio de Janeiro.

Está na Biblioteca Nacional, a exposição 500 anos de Giorgio Vasari, inventor do artista moderno, que deveria ser visitada por todos os artistas visuais, críticos e historiadores de arte e quaisquer pessoas cujas vidas profissionais têm relação com as artes plásticas.  Por que?  Porque foi Giorgio Vasari (1511-1574)  foi o primeiro historiador da arte,  alcançando esta posição quando publicou as VidasLe Vite de’ più Eccellenti Pittori, Scultori e Architettori] em 1550.  Foi também quem ajudou a sociedade florentina a reconhecer o valor da profissão de artista.  Foi ele, através de sua Academia de Artes do Desenho que reformulou o processo de formação de artistas, que até aquele momento,  ainda obedecia às antigas normas da Guilda de São Lucas estabelecida no início do século XIV.  Essa guilda  incluía pintores, escultores e outros profissionais relacionados ao que hoje chamamos de artes plásticas.  Com esses dois marcos, a publicação de Vidas e com a Academia,  Vasari deu o impulso necessário para que pintores, escultores e arquitetos pudessem ser considerados  como indivíduos, conhecidos por seus nomes, ganhando fama e status  e não  parte de uma massa trabalhadora amorfa, anônima, substituível.

Outra razão para se visitar essa exposição é poder ver o fabuloso acervo literário de obras raras da Biblioteca Nacional no Rio de Janeiro. Poucas são as bibliotecas do mundo que mantêm tão rico acervo não só de obras raras como de desenhos e gravuras tais como os exibidos nessa ocasião.
É uma exposição imperdível.

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SERVIÇO

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Giorgio Vasari e a Invenção do artista moderno
A partir de 21 de outubro no Espaço Cultural Eliseu Visconti

Endereço: Rua México, s/n – Centro – Rio de Janeiro (acesso pelo jardim da Biblioteca Nacional)
De terça a sexta das 10h às 17h
Sábados das 10h Às 17h
Domingos das 12h às 17h

Entrada franca

ou veja informações no portal da Biblioteca Nacional