Rua Pompêo Loureiro, Copacabana, 1964
Aldo Bonadei (Brasil, 1906-1974)
óleo sobre tela, 76 x 61 cm
Rua Pompêo Loureiro, Copacabana, 1964
Aldo Bonadei (Brasil, 1906-1974)
óleo sobre tela, 76 x 61 cm
Praia de Copacabana
Cadmo Fausto (Brasil, 1901-1983)
óleo sobre tela, 46 x 74 cm
Canoa na Praia do Posto 6 em Copacabana, 1930
Virgílio Lopes Rodrigues (Brasil, 1863-1944)
óleo sobre madeira
Paisagem do Rio de Janeiro, Praia de Copacabana vista da Pedra do Leme
Angelo Canonne (Itália/Brasil, 1899 – 1992)
óleo sobre eucatex, 20 x 30 cm.
Praia de Copacabana, 1992
José Benigno (Brasil, 1955)
óleo sobre tela, 16 x 22 cm
Paisagem do Rio de Janeiro, visto do Posto Seis, 1929
Antônio Garcia Bento (Brasil, 1897-1929)
Óleo sobre tela colado em papelão, 27 x 34 cm
Muitas vezes me perguntam a razão de escrever resenhas de livros. É minha maneira de colocar um ponto final na leitura. Não tenho treinamento em literatura, em história da literatura, apesar de ter inicialmente começado meus estudos universitários na Universidade Federal Fluminense em francês. Mas logo saí para a história da arte.
Nessa época, eu já estava familiarizada com muitas obras da literatura francesa, por ter frequentado desde os onze anos de idade a Alliance Française. O método de ensino da Aliança sempre utilizou textos da literatura para ilustrar a cultura e a língua. Além disso, tive muita sorte de ter usufruído, quando ainda estava com meus quinze, dezesseis, dezessete anos, das aulas de Monsieur Cox, na Aliança de Copacabana, à rua Duvivier, em que ouvíamos as gravações de peças de Molière, Racine e outros dramaturgos clássicos franceses, feitas pela Comédie-Française. Acompanhávamos as vozes dos atores lendo os textos e parando de vez em quando para as explicações de M. Cox, em francês, é claro, linha por linha, colocando em contexto de época, social e cultural aquilo que ouvíamos, o que se passava no palco. Era só som. Nada mais. Nenhum filme ou vídeo. Uma das melhores maneiras de se treinar o ouvido, e certamente um dos mais interessantes cursos de francês e de literatura que já tive. Talvez seja por isso que tenho muito carinho pela cultura francesa e que não deixo de assistir ao programa La Grande Librairie, na TV5, com François Busnell, que todos podem acessar pela internet também e ganhar conhecimento testemunhando as maravilhosas conversas de Busnell com escritores da atualidade franceses ou não. Mas essa é uma grande digressão.
Escrevo resenhas em parte para resolver para mim mesma as razões de ter “gostado” ou não de um romance. Em geral só escrevo sobre aqueles livros que são bons, muito bons, ou espetaculares. Livros de que não gosto, em geral deixo passar. A não ser que o não gostar tenha chegado a um nível de desgosto tão grande, mas tão grande que não posso me conter e preciso espalhar a notícia a todos que ainda pensam em poder ler aquele traste. São poucos os que me afetam dessa maneira.
Uma coisa que talvez passe desapercebida para os leitores é que mudo de opinião à medida que vou escrevendo minha resenha. Um livro às vezes vai do bom ao brilhante, quando percebo, por ter que pensar nele e em suas diversas correlações, o quão complexo ele é, e o quanto eu poderia ter apreciado ainda mais na minha leitura. Um livro em que isso aconteceu recentemente foi A vida peculiar de um carteiro solitário, do canadense Dénis Thériault, que considerei bom, mas melhor ainda quando escrevi sobre o livro, e ainda mais espetacular quando, após ter escrito a resenha, contei para amigos a história do carteiro. De repente, eu vi que tinha lido um daqueles livros muito, muito bons. Mas raramente o contrário acontece. Então, a resenha, sedimenta as minhas primeiras observações. Isso não quer dizer que eu não mude de ideia mais tarde.
Praia da Copacabana no inverno, RJ
Pedro da Costa (Brasil, contemporâneo)
Aquarela sobre papel
Maria Augusta (Brasil, 1927-2012)
[Maria Augusta de Oliva Morgenroth]
óleo sobre tela, 46 x 61 cm