Homem com cachorro, ilustração de 1929.
–
–
–
Quantos contrastes abriga
minha existência bizarra:
obrigado a ser formiga,
eu que nasci pra cigarra.
–
(Assumpção Botti)
–
Seja qual for o quinhão,
há sempre quem o bendiga;
a migalha do seu pão
é um banquete pra formiga.
–
(Ney Damasceno)
–
–
–
–
Uma pombinha branca, que estava com sede, desceu à beira de um riacho. Procurava um bom lugar para beber água. Eis que avista uma formiguinha debatendo-se nas águas do riacho, prestes a se afogar.
A pombinha ficou com pena da formiga. Depressa, apanhou um galho seco, levou-o até próximo à formiga que se salvou, agarrando-se nele com vontade.
Pouco depois, um caçador passou por ali. Vendo a pombinha numa árvore, resolveu caçá-la para o almoço. Rapidamente apontou a espingarda para matar a pobrezinha.
Mas a formiga, que ainda estava ali perto, resolveu ajudar a pombinha. Subiu no pé do caçador e deu uma boa ferroada. Surpreso, o caçador ao sentir a dor, perdeu a pontaria. E não acertou a pombinha.
A pombinha voou para longe e a formiga voltou ao seu formigueiro.
Texto adaptado da versão de Theobaldo Miranda Santos em Leituras Infantis, 2º livro, Rio de Janeiro, Agir:1962
—
—
A formiga é muito esperta
Está sempre a trabalhar!
Assim, quando o frio aperta
Descansa e põe-se a cantar!
—
(Peregrina)