Minuto de sabedoria — Charles Darwin

22 10 2013

???????????????????????????????Chico Bento pausa para uma soneca, ilustração de Maurício de Sousa.

“Um homem que ousa perder tempo por uma hora ainda não descobriu o valor da vida.”

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  Charles Darwin





Cochilo Darwiniano: a teoria da evolução em Star Trek

26 09 2010

Nada como um fim de semana chuvoso, um excelente livro de umas 500 páginas – cuja leitura precisa de algumas pausas para não cansar.  E a minha mente vagueia pelo espaço…  Com essa combinação sempre acho a desculpa de “realmente não posso fazer mais nada” para flanar pelos locais mais extravagantes da rede com uma displicência convincente, uma pausa justificada como bem-merecida.   Hoje foi o dia de me perguntar sobre ficção científica e acabar num artigo delicioso na revista MAD SCIENCE, sobre que ficção científica mais se aproxima da realidade intelectual dos cientistas [ Six scientists tell us about the most accurate science fiction in their fields] e mais tarde na mesma revista um artigo também fascinante sobre os mais estranhos conceitos de evolução na ficção cientíca [The most ludicrous depictions of evolution in science fiction history] cujo primeiro parágrafo traduzo livremente, porque me levou a chorar de rir, depois que refleti sobre o assunto.

Há um monte de exemplos em Star Trek, sobre a duvidosa compreensão dos princípios básicos da biologia, da genética e da evolução.  Mas provavelmente o problema mais generalizado se apresenta na explicação de todos os híbridos alienígenas. Há o meio-vulcano: Spock;  a meia-Betazed: Deanna Troi;  a meia-Klingon: B’Elanna Torres … e isso é apenas a partir das principais castas. Quase toda espécie de humanóide alienígena foi capaz de cruzamento, e até mesmo os híbridos puderam se acasalar sem problemas, principalmente quando Worf e o meio-humano/ meio-Klingon K’Ehleyr se tornaram pais do filho Alexander, que era 75% Klingon. Nada disso deveria ser remotamente possível, e no mínimo todos os híbridos deveriam ter sido estéreis.

Claro, tecnicamente tudo isso tem mais a ver com genética do que com evolução.  O problema aparece mais claramente no episódio Da Próxima GeraçãoThe Chase“, que procurou explicar por que todos os diferentes alienígenas pareciam serem praticamente o mesmo (e, por extensão, porque é possível manter o cruzamento com tamanho sucesso). O episódio apresenta uma antiga raça de humanóides que foi extinta bilhões de anos atrás, mas não antes de semearem a galáxia inteira com seu DNA, fazendo com que todas as raças atuais — de seus descendentes– e, portanto, uns primos distantes de outros. Agora, poderia até explicar por que todas as espécies inteligentes são humanóides – embora deva ser salientado que, se os precursores tentavam orientar a evolução da Terra para a criação de uma raça semelhante a eles próprios, a sua intromissão foi incrivelmente sutil. Deveríamos imaginar, para início de conversa, que eles gerenciariam a evolução de tal maneira que não se perdesse tantos milhões de anos com dinossauros dominando do planeta.

Mesmo assim o problema dos híbridos não é resolvido.  A raça precursora explica que eles semearam os oceanos primordiais de mundos onde a vida estava apenas começando a emergir, o que significa que os seres humanos, Klingons, os Vulcanos, e todo o resto deles haviam tido caminhos totalmente separados até então,  já que eram organismos unicelulares. (E, a julgar pela explicação dos precursores, os cientistas só deram mesmo uns petelecos em  alguns genes das foromas nativas do planeta). Isso significaria que os seres humanos seriam muito mais relacionados aos cavalos, lagartos, formigas … e até  mesmo bananas seriam muito mais próximas geneticamente aos seres humanos do que os Vulcanos, e, no entanto, ainda estamos à espera de um meio-humano, banana-meia Sr. Spock.

Para outras considerações sobre a ciência da evolução em outras conhecidas ficções leia o artigo no link abaixo.

FONTE:  MAD SCIENCE





Entre os pássaros ELAS preferem os mais inteligentes!!!

22 09 2009

passarinho 1

 

Pássaros-cetim que se mostram mais inteligentes atraem um número maior de parceiras, segundo um estudo da Universidade de Maryland publicado pela revista científica Animal Behaviour.

Os pesquisadores aplicaram uma série de testes cognitivos a machos da espécie para avaliar sua capacidade de resolução de problemas. Os pássaros que tiveram melhor desempenho também foram os que procriaram com mais fêmeas, em comparação com os pássaros menos inteligentes.

Este é o primeiro estudo a mostrar que os machos que se saem melhor na resolução de problemas também têm maior número de parceiras. Os cientistas estudaram os pássaros-cetim (Ptilonorhynchus violaceus) que vivem na floresta ao sul de Brisbane, na Austrália.

Os pássaros-cetim são conhecidos por seu complexo sistema de cortejar as fêmeas e a construção de elaborados ninhos, na forma de caramanchões. Os machos passam horas construindo o ninho, que decoram por dentro com objetos coloridos e até flores. As fêmeas visitam os ninhos antes de escolher os machos.

Os pássaros-cetim são o tipo de pássaro que faz você pensar que a expressão ”cérebro de passarinho” deveria ser usada como um elogio“, disse Jason Keagy, que liderou o estudo. Os cientistas desconfiaram que, por conta do complexo sistema para cortejar as fêmeas, os pássaros mais inteligentes teriam vantagens.

Para descobrir o quão inteligente os pássaros eram, os cientistas desenvolveram uma série de testes envolvendo resolução de problemas. “Os pássaros-cetim machos não gostam de objetos vermelhos dentro de seus ninhos e imediatamente tentam removê-los“, disse Keagy.

Nós criamos situações em que os machos tinham que remover um obstáculo para remover os objetos vermelhos. O primeiro teste consistia em um pote transparente colocado sobre três objetos, e os machos tinham que encontrar um meio de derrubar o pote para retirar os objetos ofensivos.

Os melhores em resolução de problemas conseguiram remover o pote mais rapidamente“, disse ele. A equipe de cientistas ainda desenvolveu um segundo teste em que os pesquisadores fixaram um azulejo no chão, que o pássaro-cetim não poderia remover. Os pássaros mais inteligentes perceberam isso mais rapidamente e cobriram o azulejo com folhas e gravetos.

Quando os cientistas avaliaram o sucesso dos pássaros junto ao sexo oposto, descobriram que os que se saíram melhor nos testes também tinham maior número de parceiras.

 

passarinho

 

 

Há várias razões potenciais para a o sucesso dos machos inteligentes, explica Keagy. “Ajuda se pensarmos no cérebro como uma vitrine da qualidade genética de um macho por conta da complexidade do cérebro“, disse ele.

Por exemplo, diz Keagy, outros estudos mostram que indivíduos doentes, com muitos parasitas, em geral não se saem bem em testes cognitivos. Esses mesmos machos geralmente têm parasitas por causa de um sistema imunológico deficiente. “Se você for fêmea, esses não são os tipos de genes que você quer encontrar no pai de seus filhos.

Além disso, se você está falando de fêmeas de uma espécie em que o macho também assume responsabilidade sobre os filhos, os machos mais ”inteligentes” podem se sair melhor na procura de comida e em cuidar dos filhos e, portanto, ser uma escolha melhor de parceiro“, diz ele.

Neste momento, não sabemos com certeza como as fêmeas estão escolhendo parceiros mais ”inteligentes”, mas há duas hipóteses básicas de como isso pode ocorrer“, afirma Keagy. “As fêmeas podem ter evoluído para escolher machos que tem inteligência cognitiva superior e observam o comportamento deles durante a corte que indicam o quão ”inteligente” eles são.”

O complexo sistema de cortejar dos pássaros-cetim, que envolve dança, e a construção dos ninhos permite às fêmeas ter uma idéia de seu desempenho cognitivo. Outra possibilidade, sugere Keagy, é que os machos usem seus cérebros para convencer as fêmeas a não deixá-los. Eles podem fazê-lo ao responder efetivamente aos sinais das fêmeas, já conhecidos na espécie.

O mais provável é que esteja ocorrendo uma espécie de combinação dessas duas coisas“, diz Keagy. O cientista espera que o estudo levante a discussão sobre como a seleção sexual pode influenciar a evolução cognitiva.

 “Normalmente, quando a evolução do cérebro é discutida, a gente supõe que deve ter sido um tipo de seleção natural, como melhor desempenho em procurar comida ou se integrar em grupos sociais“, diz o cientista. “Mas nós não podemos ignorar que, a menos que um macho consiga se reproduzir com uma fêmea, ele não vai passar seus genes adiante. Se o animal carrega algo tão grande e valioso como um cérebro, por que não usá-lo para aumentar suas chances de procriar?”

 

FONTE:  Portal Terra





Novas espécies de coral são achadas em Galápagos

10 09 2009

corais galápagos

 

 

Cientistas descobriram  novas espécies de coral perto das Ilhas Galápagos, na costa do Equador, alimentando esperanças de que as formações podem ser mais resistentes ao aquecimento dos oceanos do que se acreditava.

O pesquisador Terry Dawson, da Universidade de Southampton, na Grã-Bretanha, que realizou a pesquisa marinha, disse que foram encontradas “cinco ou seis espécies novas para a ciência“, além de “três outras que são novas para as Galápagos e são semelhantes a espécies encontradas em lugares como o Panamá e a Costa Rica“.

 

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Dawson acrescentou que também foi achada uma espécie que os cientistas acreditavam ter desaparecido após a última grande manifestação do fenômeno El Niño, entre 1997 e 1998.

O projeto de três anos, que procura auxiliar o governo do Equador na preservação do ecossistema das Galápagos, concentrou-se em duas ilhas – Wolf e Darwin – no noroeste do arquipélago.

 

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Alga Darwin

 

El Niño
A descoberta levanta duas questões, disse Dawson. A primeira hipótese é que os corais seriam mais resistentes ao aquecimento das águas decorrente do El Niño do que se acreditava. A segunda é que os corais podem estar se adaptando e se tornando mais resistentes ao fenômeno.

O pesquisador admite, contudo, que há pessimismo no mundo científico quanto ao futuro dos corais. Em longo prazo, se os corais não forem destruídos pelo aquecimento das águas, podem acabar vítimas da acidificação dos mares.

Esse fenômeno é provocado pela concentração de dióxido de carbono na atmosfera, que também provoca o aquecimento global. Recifes de coral são formados por depósitos de carbonato de cálcio deixados ao longo de milhares de anos por bilhões de pequenos organismos chamados pólipos de coral.

 

Fonte:  Portal Terra





Descoberto “elo perdido” entre foca e antepassado terrestre

23 04 2009

eloDesenho de como seria o animal…

 

 

 

 

 

 

 

O fóssil de um tipo de “foca de quatro patas”, apresentado como o elo perdido na evolução de alguns mamíferos terrestres para os animais marinhos carnívoros atuais, foi encontrado no Ártico canadense, anunciou nesta quarta-feira uma equipe de cientistas do Canadá.

 

O esqueleto deste animal, de 110 cm de largura do focinho à calda, foi descoberto no local de um antigo lago formado em uma cratera de meteorito na ilha Devon, no território canadense de Nunavut, a 1,5 mil km do Pólo Norte. A descoberta, de cerca de 20 a 24 milhões de anos, é o fóssil mais antigo de um pinípede (mamíferos marinhos de vida anfíbia, como as focas, os leões marinhos e as morsas), indicaram os cientistas. O relatório será divulgado nesta quinta-feira na revista científica Science.

 

Os cientistas recuperaram 65% do esqueleto desse animal, de crânio parecido com o de uma foca e corpo similar ao de uma nútria, e cuja conservação foi favorecida pelos sedimentos do antigo lago de água doce. Esta descoberta “mudou nosso conhecimento de como e onde ocorreu a evolução desse animal“, disse Natália Rybczynski, paleontóloga do Museu da Natureza canadense e chefe da equipe de cientistas.

 

Sabíamos que os pinípedes descendiam de um antepassado terrestre, mas não tínhamos idéia de como havia ocorrido essa transição da terra para o mar“, indicou. Segundo a cientista, a descoberta, realizada em 2007, refuta a teoria que prevalecia até agora, segundo a qual as focas eram originárias da costa noroeste da América do Norte.

 

Também leva a crer que as focas possuem grandes olhos para caçar na escuridão do inverno ártico, e não para enxergar melhor nas profundezas do mar, como se pensava. A “foca de quatro patas” foi batizada Puijila darwini, com a associação de uma palavra que significa jovem mamífero marinho em inuktitut, língua dos esquimós, com o nome do pai da teoria da evolução, Charles Darwin.

 

Darwin havia mencionado a existência de “uma forma animal de transição entre a terra firme e o mar” em seu livro “A origem das espécies”, publicado há 150 anos, destacou a equipe científica em um comunicado.

 

Fonte: Portal Terra





A baleia e suas pernas, novo passo para entender a evolução.

21 09 2008
Esqueleto da Baleia Georgiacetus

Esqueleto da Baleia Georgiacetus

 

Mark Uhen, paleontologista do Museu de História Natural, em Tuscaloosa, do estado de Alabama nos Estados Unidos encontrou evidência de que antigas espécies da baleia Georgiacetus nadavam usando duas pernas traseiras.  Como mostra a ilustração do Instituto Smithsonian.  Uhen começou analisando ossos fósseis encontrados por arqueólogos amadores.  As amostras que lhe trouxeram haviam sido encontradas nas margens de rios nos estados do Alabama e do Mississipi e eram de ossos da antiga baleia Georgiacetus cujo habitat havia sido próximo ao Golfo do México, há 40 milhões de anos, na época em que o estado americano da Flórida ainda estava quase totalmente submerso.  Estas baleias atingiam aproximadamente 4 metros de comprimento e tinham dentes muito pontiagudos.

 

Sabe-se que os ancestrais das baleias andavam sobre quatro pernas, assim como outros mamíferos e eram animais semi-aquáticos. Com o tempo eles vieram a ser animais aquáticos e as pernas da frente viraram nadadeiras, enquanto perderam as ancas e pernas de trás.  Os vertebrados conhecidos do homem hoje são capazes de nadar usando uma grande variedade de técnicas.  As mais conhecidas são: o pedalar com os quatro membros, pedalar só com os membros traseiros, ondular os quadris, ondular a cauda e oscilar com a cauda.  Tudo indica que estes novos fósseis possam explicar melhor a evolução da maneira de nadar das baleias.  

 

 

Ilustração de Mary Parrish

Ilustração de Mary Parrish

 

Este ainda é um dos grandes mistérios no estudo e na compreensão da anatomia e evolução do maior mamífero aquático.  Descobrir quando as baleias se transformaram para se adaptarem melhor à água está sempre presente nos estudos sobre evolução da vida no nosso planeta.  Muitas baleias de hoje ainda mostram traços de uma pélvis e há algumas baleias, que nascendo com algumas características recessivas, nascem com vestígios de pernas traseiras.  Com os estudos de Mark Uhen a baleia Georgiacetus parece ser um passo na evolução: mostra indício de ter nadado com a oscilação dos quadris.

Fontes: Newswise, Physorg