Ilustração de Maurício de Sousa.
Uma entrevista no The Guardian da semana revela que um dos escritores-fantasmas mais bem sucedidos na Inglaterra está lançando um livro onde promete contar detalhes da carreira, no livro Confessions of a Ghost Writer. Andrew Crofts menciona que muitos dos livros que frequentam as listas dos Mais Vendidos em qualquer país são em boa parte escritos por escritores-fantasmas, ou para quem quer usar a expressão inglesa, ghost writer. Também faz revelações sobre os contratos de pagamentos mencionando que um profissional bem sucedido pode esperar até 33% do valor de adiantamento de um livro a ser publicado, mais royalties. Mas que todos os contratos são negociáveis e que em períodos de recessão econômica um escritor pode até aceitar a módica quantia de 10% do adiantamento de um livro,
O livro promete ser interessante porque cada vez mais esses escritores são usados principalmente por indivíduos de sucesso em profissões que nada tem a ver com a escrita e que gostariam de escrever memórias, manuais ou até mesmo livros de autoajuda.
Além disso, ouvi dizer recentemente,que muitos dos autores extremamente populares, de ficção, desses que vendem milhões de exemplares a cada título publicado de uma vez por ano tem verdadeiras “fábricas” de livros, com escritores contratados que produzem as histórias a partir de um roteiro que lhes é entregue. Vou esperar para ler o livro, mas achei essas informações já bastante reveladoras do que pode vir por aí.
Peregrinacultural's Weblog 
tem um livro ótimo de suspense sobre a profissão, chama o fantasma do autor Robert Harris, deu origem ao filme o escritor fantasma , recomendo
Confesso que até o início deste ano não sabia da existência de escritores fantasmas. Achei muito estranho existir um autor que escreve e outro que publica. Achei mais interessante ainda quando encontrei um blog em que sua autora oferecia o serviço de ghost writer. Como fui inocente esse tempo todo em não saber da existência desse profissional.
Há muito tempo já sei disso, mas não sei como funciona, nem como é a engrenagem que faz funcionar esse trabalho.
Lenah, isso é uma coisa muito pouco falada por aqui. O Chico Buarque no livro Budapeste fez um questionamento interessante sobre esse fenômeno. [Aliás o único livro dele de que realmente gostei]. 😉