Rio de Janeiro a caminho dos 450 anos!

28 03 2014

ÍCERO DIAS (1908 - 2003) - Pão de Açúcar - Rio de Janeiro, o.s.t. - 100 x 81Pão de açúcar, s.d.

Cícero Dias (Brasil, 1908-2003)

óleo sobre tela, 100 x 81 cm


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9 responses

29 03 2014
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Parabéns para a bela cidade. Um antigo colunista social, chamado Tavares de Miranda, costumava chamar o Rio de Janeiro de Belacap.

Outros paulistanos que conhecemos, tão invejosos quanto maldosos e bem humorados, chamam o Rio de “balneário”.

Mas nós 5, que somos tão fans da cidade quanto de nossa mestra no blogue, acreditamos que é ainda (e talvez para sempre) a capital cultural do Brasil.

Muita saúde, muita felicidade para a super cidade do Rio de Janeiro, e seus munícipes, que sabem viver.

30 03 2014
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Sim, sou carioca, gosto muito da cidade, mas não acho que somos a capital cultural do Brasil. O país na verdade pelo seu tamanho pode ter mais de uma capitais culturais a exemplo dos EUA que têm tanto em Nova York como em Los Angeles centros culturais muito diferentes, refletindo a cultura multifacetada daquele país. Hoje, considero São Paulo como o centro cultural nas Artes Visuais.

Em outra nota, tenho muitas fotos de obras de arte retratando o Rio de Janeiro dos tempos em que éramos a capital cultural… Como falta um ano para os 450 anos da cidade, cada semana uma obra será postada até completarmos 450 anos no dia 1º de março. Um abraço,

30 03 2014
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Mestra, aproveitando sua paciência ao responder pupilos de aprendizado lento, gostaríamos de confirmar uma estória que lemos a respeito de como NY se tornou uma capital das Artes Visuais.

Diz a estória que o fato da maior parte dos ricos colecionadores residirem em NY fez com que a crítica local passasse a ter mais peso do que a europeia. E depois, por relações de amizade, influência e, por que não dizer ?, comodidade de críticos e colecionadores, os artistas americanos começaram a ter importância crescente no contexto mundial.

Será que esse mesmo processo explicaria o fato da província de São Paulo ter se tornado talvez tão importante quanto a antiga capital do país ?

Muito obrigado !

30 03 2014
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Em toda a história, as artes sempre estiveram dependentes do dinheiro. O centro das artes visuais foi mudando inicialmente aos poucos da Europa para os EUA, por causa da 1ª Guerra Mundial. Sim, os EUA tinham muito dinheiro, mas culturalmente ainda eram muito conservadores no início do século XX. Até mesmo os “impressionistas americanos” aqueles artistas plásticos que se voltaram para a Europa e introduziram nos EUA o estilo impressionista, com Mary Cassatt e Maurício Prendergast, por exemplo, sofreram um bocado de rejeição inicial.

Já nos anos 20 Marcel Duchamp e outros da vanguarda europeia se estabeleceram por certo tempo nos EUA, mas a grande maioria voltou para a Europa. Foi a grande e forte economia americana combinada com a vitória na 2ª guerra e com a abertura cultural — uma postura que os EUA tiveram permitindo que artistas entrassem no país, às centenas, perseguidos ou não na Europa de Hitler — que realmente contribuiu para que o eixo cultural saísse da Europa (que estava devastada e paupérrima) para Nova York. A imigração foi uma das grandes forças que impulsionaram as artes americanas.

As artes sempre precisaram de dinheiro, de patronos, reis, igreja, papas, monastérios para crescerem e florirem. São muito raras as sementes que brotam sem um bom solo, sem água e sol. O mesmo com qualquer das artes: há de haver, dinheiro para manter os artistas.

30 03 2014
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Sem dúvida a riqueza financeira de São Paulo levou para a cidade e para o estado a cultura. O Rio de Janeiro se beneficiou muito com o dinheiro do governo federal, quando capital do país. O centro do país e para os cariocas o centro do mundo, estava aqui. Assim como houve um declínio do crescimento cultural em Salvador, quando lá atrás, ela deixou de ser a capital do país.

30 03 2014
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EM TEMPO: 4 de nós gostarão muito de ver suas imagens do Rio antigo. Todos aqui gostamos muito de ler. E seria um passeio turístico muito bacana visitar as ruas que Machado de Assis, Lima Barreto e outros grandes descrevem em suas obras do século 19.

2 de nós tivemos o privilégio de fazer o circuito de Dublin indicado em Ulisses. Muito bacana !

Em tempo: um de nós é um polemista — previsivelmente de origem hispânica — e insiste que uma das coisas mais bacanas do Brasil é que não ficamos cultivando o passado, justamente por não termos memória. 😮

A mestra acredita que seja possível que exista alguém assim ? 😎

30 03 2014
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São muitas perguntas, vamos conversando aos pouquinhos. Acho que a memória é importante, porque ela nos ensina onde o que fizemos deu certo e onde deu errado. Como historiadora acho a memória uma parte muito importante de qualquer cultura. É essencial para a identidade cultural de um povo. Para sabermos quem somos, o que honramos, e para não repetirmos os erros do passado é preciso que haja a memória.

Acho que a confundimos com o saudosismo. Não sou saudosista. Tenho a convicção de que vivemos no melhor tempo que já existiu; de que os erros e principalmente os acertos do passado nos acarinham. Um exemplo: a mortalidade dos seres humanos mudou muito nos últimos 500 anos; até mesmo nos últimos 100 anos, vejam quantos morriam de tuberculose nas décadas do final do século XIX! No entanto o caminhar cultural é lento. Hoje, ele já se faz mais rápido porque nos comunicamos com maior rapidez. Mesmo assim valores culturais tendem a se modificar vagarosamente…

7 04 2014
Avatar de Maria Helena Oswaldo Cruz Maria Helena Oswaldo Cruz

Mto bom!

8 04 2014
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😀

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