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Debaixo da terra
Valerie Ganz (País de Gales, 1936)
gravura
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“A leitura está no centro de nossas vidas. A biblioteca é o nosso cérebro. Sem a biblioteca não temos civilização”.
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Ray Bradbury
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Debaixo da terra
Valerie Ganz (País de Gales, 1936)
gravura
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Ray Bradbury
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Cartão de Natal alemão. Sem data.–
Cartão de Natal, americano, desenho de Michael Coulter.
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Pintarroxo no galho, cartão de Natal.–
Chilreios de Natal, década de 1970 (EUA).–
Pintarroxo cantando, cartão de natal, ilustrado por M. Morris.–
Flamingos com trenó, Natal na Flórida, cartão postal de Natal.–
Duas meninas alimentam os passarinhos na neve, (França)O tema de alimentar animais e pássaros está associado à caridade, qualidade que deve fazer parte das celebrações do Natal e se encontra em diversos cartões e postais de Natal de quase todos os países europeus e naqueles como os EUA e Canadá que mantiveram as tradições europeias da estação.
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Passarinhos se acomodam em galho sobre a neve (EUA).–
Pintarroxo em galho coberto de neve e trenó de Papai Noel voando no céu da noite de Natal (França).–
Casal de pombinhas, presente de Natal, em cesta florida com ninho, c. 1900.–
Pombinhas arrumam a guirlanda de Natal, cartão em relevo, c. 1900.–
Primeiro e único cisne da minha coleção, com poinsettias, D. McCorcle, 2010.–
A pombinha da paz no Natal (EUA)–
Passarinhos no peitoril da janela atraídos pelo calor do lar (Alemanha).–
Parece ser uma cena primaveril, mas é um cartão de Natal.
Pintarroxos em noite de luar (EUA).–
Um bando esvoaçante de pássaros, depois da nevasca natalina (EUA).–

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Pinguins de Natal, (EUA).–
Pomba da paz (EUA).–

A vida é barco sem remos
em mar sombrio a vagar.
Vamos nele e não sabemos
a que porto vamos dar.
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(Álvaro Faria)
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Reisado floral, 2009
Assis Costa ( Brasil, contemporâneo)
acrílica sobre tela
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“Para criança, o reisado é um deslumbramento. Os vestidos das pastoras e rainhas, o brilho dos canutilhos de folheado, o espelhante dos enfeites de latão, os laços de fita e os frocados de papel de seda, o relampejar das coroas de reis, rainhas e princesas, as sapatinas de cetim, todo ouropel da vestimentária já é uma festa. Os cantos, “Ò minha barca bela”, “Ó minha gurinhatá, aonde vais beber?”“, trançados de recordações da colonização e da adaptação à terra, o mar presente, os pássaros, os bichos, tudo isso tecido de episódios impregnados de drama, mostra a riqueza do gênio popular. A criança participava do reisado como se fosse personagem dele. Menino no reisado sente-se também rei como o rei da festa.
A muitos natais assisti em Itaporanga em tempo de férias. Menino está sempre em casa a esse tempo. Quando já taludo, nos tormentos da puberdade, peguei namoro num desses natais com uma dançarina de reisado, uma sertanejazinha levada da breca, cuja família por sinal acabou estabelecendo-se em Itaporanga. Encontrávamos, para nossos idílios, no fundo do quintal da casa dela que acabava ao pé do oiteiro, lugar que seria ideal para esses encontros sem a água de um valado que passeava por ali. Na casa junto morava o estafeta dos telégrafos inaugurados havia pouco. Cantadiano (era seu nome) dava-se à brincadeira de irromper de dentro de umas toiças altas assim que nos juntávamos e de passar num ruído de bicho rasgando o mato e fazendo com que, na pressa com que nos separávamos, sujássemos os pés no valado. Divertia-se o idiota com essa perversidade”.
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Em: História da minha infância, Gilberto Amado, Rio de Janeiro, José Olympio:1966, 3ª edição, pp 76-77.
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NOTA WIKIPÉDIA:
Reisado é uma dança popular profano-religiosa, de origem portuguesa, com que se festeja a véspera e o Dia de Reis. No período de 24 de dezembro a 6 de janeiro, um grupo formado por músicos, cantores e dançarinos vão de porta em porta anunciando a chegada do Messias e fazendo louvações aos donos das casas por onde passam e dançam. Reisado também é muito conhecido como Folia de Reis.
O Reisado é de origem portuguesa e instalou-se em Sergipe no período colonial. Atualmente, é dançado em qualquer época do ano, os temas de seu enredo, variam de acordo com o local e a época em que são encenados, podem ser: amor, guerra, religião entre outros.
O Reisado se compõe de várias partes e tem diversos personagens como o rei, o mestre, contramestre, figuras e moleques. Os instrumentos que acompanham o grupo são violão, sanfona, ganzá, zabumba, triângulo e pandeiro.
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Adoração ao Menino Jesus, 1500
Ambrigui Bergognone (Itália, 1453-1523)
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Olavo Bilac
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Jesus nasceu. Na abóbada infinita
Soam cânticos vivos de alegria;
E toda a vida universal palpita
Dentro daquela pobre estrebaria…
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Não houve sedas, nem cetins, nem rendas
No berço humilde em que nasceu Jesus…
Mas os pobres trouxeram oferendas
Para quem tinha de morrer na Cruz.
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Sobre a palha, risonho, e iluminado
Pelo luar dos olhos de Maria,
Vede o Menino-Jesus, que está cercado
Dos animais da pobre estrebaria.
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Não nasceu entre pompas reluzentes;
Na humildade e na paz deste lugar,
Assim que abriu os olhos inocentes
Foi para os pobres seu primeiro olhar.
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No entanto, os reis da terra, pecadores,
Seguindo a estrela que ao presepe os guia,
Vem cobrir de perfumes e de flores
O chão daquela pobre estrebaria.
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Sobem hinos de amor ao céu profundo;
Homens, Jesus nasceu! Natal! Natal!
Sobre esta palha está quem salva o mundo,
Quem ama os fracos, quem perdoa o Mal!
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Natal! Natal! Em toda a Natureza
Há sorrisos e cantos, neste dia…
Salve Deus da Humildade e da Pobreza
Nascido numa pobre estrebaria.
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Em: Terra Bandeirante, 4º ano — pequena antologia sobre a terra, o homem e a cultura do estado de São Paulo, Theobaldo Miranda Santos, Rio de Janeiro, Agir:1954
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Vocabulário:
abóbada — teto arqueado
infinita — sem fim
oferendas — presentes
palpita — agita-se
pompa — luxo, riqueza
reluzente — brilhante
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Olavo Brás Martins dos Guimarães Bilac (RJ 1865 — RJ 1918 ) Príncipe dos Poetas Brasileiros – Jornalista, cronista, poeta parnasiano, contista, conferencista, autor de livros didáticos. Escreveu também tanto na época do império como nos primeiros anos da República, textos humorísticos, satíricos que em muito já representavam a visão irreverente, carioca, do mundo. Sua colaboração foi assinada sob diversos pseudônimos, entre eles: Fantásio, Puck, Flamínio, Belial, Tartarin-Le Songeur, Otávio Vilar, etc., e muitas vezes sob seu próprio nome. Membro fundador da Academia Brasileira de Letras. Criou a cadeira 15, cujo patrono é Gonçalves Dias. Sem sombra de duvidas, o maior poeta parnasiano brasileiro.
Obras:
Poesias (1888 )
Crônicas e novelas (1894)
Crítica e fantasia (1904)
Conferências literárias (1906)
Dicionário de rimas (1913)
Tratado de versificação (1910)
Ironia e piedade, crônicas (1916)
Tarde (1919); poesia, org. de Alceu Amoroso Lima (1957) e obras didáticas
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Estudante no Jardim Gulbenkian, 2007
Henrique Nande (Portugal, 1960)
óleo sobre tela , 50 x 50 cm
Coleção Particular
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Henrique Nande nasceu em Lisboa em 1960. Fez seus primeiros estudos em Moçambique. É pintor, desenhista de história em quadrinhos, designer. Inquisitivo já trabalhou com publicidade, desenho animado sem deixar a pintura de lado. Trabalha e reside em Lisboa.