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Ilustração dos anos 50 do século XX: Papai Noel.
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Papai Noel
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Ciro Vieira da Cunha
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Natal… Natal… meus tempos de menino,
Tempos felizes que não voltam mais…
Missa do galo… repicar do sino…
E a casa pobre dos meus velhos pais…
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Natal … a mocidade, o desatino,
Loucos amores, ternos madrigais…
Mulheres que dobraram meu destino
Com seus beijos marcantes e fatais…
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Papai Noel! atende ao meu pedido,
Nesta noite de paz e de bonança,
Atende, pelo muito que hei sofrido.
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E em meus sapatos põe a caridade
De um pedaço bonito de esperança,
De um farrapo esquecido de saudade…
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Em: 232 poetas paulistanos – antologia — Pedro de Alcântara Worms, Rio de Janeiro, Conquista:1968
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Ciro Vieira da Cunha, nasceu em São Paulo, SP em 1897. Usou também o pseudônimo João da Ilha professor, poeta, biógrafo, cronista, jornalista e médico brasileiro. Faleceu no Rio de Janeiro em 1976.
Obras:
Pontos de Química Fisiológica (com Alberto Moreira), 1918
Contra o alcoolismo, 1920
De como se deve combater o alcoolismo no Brasil, 1922
O Dialeto Brasileiro (tese), 1933
Espera Inútil, poesia, 1933
Oração de Paraninfo, 1937
De Pé, pelo Brasil, 1941
Trovas, 1942
Alguma Poesia, poesia, 1942
Chuva de Rosas, poesia, 1947
No tempo de Paula Nei, prosa, 1959
O cadete 308, prosa, 1956
No tempo de Patrocínio (2 v.),prosa, 1960
Memórias de um médico da roça, 1965
Arte de colar, 1970
Guia de civismo (com Terezinha Saraiva), 1972





Lindo o soneto,nota mil para o poeta.
Realmente, é muito bom.