
Principais operações aéreas governistas contra a baixada santista em 32
5 de setembro de 1932
Nos dias anteriores nada houve de extraordinário. Começam a alastrar-se notícias da revolução no Rio Grande. Essas notícias, propaladas talvez com exageros, vieram encorajar as forças paulistas que já se iam esmorecendo e se desesperançando da vitória.
É notável um traço psicológico no soldado paulista nato: ele não crê, agora, piamente na vitória das armas, mas, julga que, apesar da derrota provável, deve continuar a revolução ainda que essa revolução seja uma perene perturbação da ordem! O orgulho paulista é que está mantendo elevado, o moral das nossas tropas. E esse orgulho é tanto que o paulista, talvez, depois de sua derrota no campo de luta, não se sinta vencido e pretenda hostilizar perenemente os representantes da ditadura que por ventura venham para assumir postos de direção em São Paulo.
Não deve existir na História exemplo de maior disposição para a guerra.
Admirável: o soldado paulista sabe que tem maior n°, mas sabe também que o adversário tem melhores armas e maior munição; entretanto, o soldado paulista vai para a trincheira só com uma frase nos lábios: precisamos vencer!
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Nota paulistade 5000 réis.

Nota paulista de 10.000 réis.

Nota paulista de 20.000 réis.
Transcrição do Diário de Gessner Pompílio Pompêo de Barros (MT 1896 – RJ 1960), Itapetininga, SP, página 140,-141 em referência à Revolução Constitucionalista de 1932.

Voluntário Paulista na Revolução Constitucionalista