Contos de fadas para bebê, 2007
Alexander Levchenkov (Rússia, 1977)
óleo sobre tela, 50 x 70 cm
Contos de fadas para bebê, 2007
Alexander Levchenkov (Rússia, 1977)
óleo sobre tela, 50 x 70 cm
Retrato de Fyodor Dostoevsky, 1872
Vasily Perov (Rússia, 1833 – 1882)
óleo sobre tela, 99 x 80 cm
Galeria Tretyakov, Moscou
Alce de ouro, século VI aEC.
Ornamento de escudo
encontrado em um kurgan próximo à vila Kostromskaia, em Prikubanie
Museu Hermitage
Essa descoberta arqueológica na Rússia em 2018, trouxe à tona a cultura dos citas, e dos kurgans, uma vez mais. Os citas eram nômades da antiguidade que viveram nas estepes eurasiáticas centrais e ocidentais dos séculos IX ao I antes da Era Comum. Eles deixaram muitos locais de sepultamento, conhecidos como “kurgans”, que se distribuem hoje pelo território da Rússia moderna e da Ucrânia. Esses locais estavam repletos de objetos de ouro, que aparentemente desempenhava um papel significativo na visão de mundo dos citas e simbolizavam a vida eterna. O povo da cultura kurgan no norte do mar Negro seria o mais provável criador do idioma das línguas indo-européias que se espalharam pela Europa, Eurásia e partes da Ásia.
À luz de vela, 1993
Alexey Shalaev (Rússia, 1966)
Óleo sobre tela
Você perde o que não segura
Ivan Alifan (Rússia, 1989)
óleo sobre tela
Leitura, 1958
Mikhail Anikeev (Rússia, 1925)
óleo sobre tela
Ernest Hemingway
O início do amor, 1960
Yuri Pimenov (Rússia, 1903-1977)
óleo sobre tela
Museu Nacional de Arte Russa, Kiev

Retrato de uma mulher
Boris Grigoriev (Rússia, 1886-1939)
óleo sobre tela
Mulheres num café, 1924
Pietro Marussig (Itália, 1879 – 1937)
Óleo sobre tela
Museo del Novecento. Milão
“Perdu havia organizado um clube de leitura para Madame Bomme e as viúvas da rue Montagnard, que quase nunca recebiam a visita de filhos e netos e já definhavam diante da televisão. Elas amavam livros, mas, além disso, a literatura era uma desculpa para a saírem de casa e se dedicarem à degustação de licores adocicados.
A maioria das senhoras escolhia obras eróticas. Perdu lhes entregava os livros disfarçados com sobrecapas de títulos mais discretos: Flora dos alpes, para A vida sexual de Catherine M., padrões de tricô provençal para O amante, de Duras, receitas de geleia de York para Delta de Vênus de Anaïs Nin. As degustadoras de licores eram gratas pelo disfarce — no fim das contas, as viúvas conheciam seus parentes, que viam a leitura como um hobby excêntrico de pessoas esnobes demais para ver televisão, e a literatura erótica como algo bizarro para senhoras com mais de sessenta.
No entanto, nenhum andador bloqueou seu caminho.”
Em: A livraria mágica de Paris, Nina George, Rio de Janeiro, Record: 2016, tradução de Petê Rissatti, página 45.
Menina lendo
Arkady Platov (Rússia, 1893-1972)
óleo sobre tela
“Obviamente livros são mais que médicos.Alguns romances são amorosos, companheiros de uma vida inteira; alguns são um safanão; outros são amigos que o envolvem em toalhas aquecidas quando bate aquela melancolia outonal. E muitos… bem. Muitos são algodão doce rosado, cutucam o cérebro por três segundos e deixam para trás um nada agradável. Como um caso de amor rápido e ardente.”
Em: A livraria mágica de Paris, Nina George, Rio de Janeiro, Record: 2016, tradução de Petê Rissatti, páginas 30-31