ilustração Laurence Fellows
O escritor inglês e vencedor do Man Booker Prize em 2011, com o livro O sentido de um fim, deu à revista The Week, uma pequena lista de seus livros favoritos. Foi uma lista diferente da que eu imaginaria, mas são obras muito boas.
1 – A viúva Couderc, George Simenon. Infelizmente não encontrei a tradução para o português. Foi publicado em 1942. “Todos os anos, Simenon se irritava com aqueles “idiotas” de Estocolmo que ainda não lhe haviam dado o Nobel de literatura. Na época eu achava aquilo muito louco; agora acho bastante apropriado. Seus romances duros são poucos e rigorosos, demonstrando profundo conhecimento da natureza humana. Este é um dos melhores.”
2 – Rapazes de zinco de Svetlana Alexievich, publicado em 1989. “Alexievich ganhou o Nobel, como deveris, em 2015, por suas histórias polifônicas retratando o final do Comunismo Soviético. Rapazes de zinco retrata as experiências terríveis dos soldados sovi[eticos no Afganistão.”
3 – O início da primavera [The beginning of Spring], Penelope Fitzgerald, publicado em 1988. Não encontrei tradução para o português, mas achei em espanhol, inglês e italiano. “A história se passa na Rússia pré-revolucionária. Esse é o melhor das quatro grandes obras de Fitzgerald. Irônico, inadequado, sábio, e terno ao mostrar os incompetentes. A obra de Fitzgerald tem uma graça moral que permanecerá e sobreviverá às obras mais espalhafatosas da nossa época.“
4 – Persuasão, Jane Austen, publicado em 1817. Os meus três romances favoritos do século dezenove foram escritos por mulheres. Middlemarch e Jane Eyre são os outros dois. Persuasão é o último romance de Austen, sombrio, irônico e intenso. Imagine que mais ela poderia ter escrito se não tivesse morrido aos 41 anos.
5 – Amours de voyage, de Arthur Hugh Clough, publicado em 1849. “Um longo poema e também um pequeno romance — sobre amor, dúvida e viagem; sobre perder a chances oferecidas, sobre não entender o momento, analisar demais e covardia moral. Clough é contemplativo, argumentativo, inteligente e extremamente moderno.“
6 – Ethan Fromme, Edith Whaton, publicado em 1911. “Wharton disse que “para escrever esse livro eu trouxe grande alegria e total conforto”. Com a maioria das edições tendo próximo de 100 páginas, o livro combina a densidade de uma novelaem carater e tema com a simplicidade e força de um conto. Como muitos de seus livros, uma tragédia, para uma época não trágica. E ela escreveu o original em francês!“
NOTA: Você encontrará minha resenha sobre O sentido de um fim de Julian Barnes aqui neste blog. Julian Barnes é um dos meus escritores favoritos. Preparo nesse momento a lista do livros de mais gostei nesses primeiros 25 anos do século XXI e tenho dois livros de Barnes na minha lista.












