Paisagem serrana com Mata Atlântica, 1938
Vicente Leite (Brasil, 1900-1941)
óleo sobre madeira, 16 x 22 cm
Paisagem serrana com Mata Atlântica, 1938
Vicente Leite (Brasil, 1900-1941)
óleo sobre madeira, 16 x 22 cm
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Morro do Borel, Rio de Janeiro, 1971
Armando Vianna ( Brasil, 1897-1992)
óleo sobre tela, 81 x 65 cm
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Celina Ferreira
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Navios vão-se atracando,
chegam noturnos mineiros,
andarilhos vêm andando
e em cavalos, cavaleiros
trocando o sul e os cavalos,
as colheitas e o dinheiro
por uma braça de um rio
de inexistente janeiro.
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As casas vertiniginosas
na floresta de cimento
sobem doidas, caprichosas,
arranhando o firmamento.
As ruas crescem, comprimem
o corpo azul do gigante
que se levanta irrascível,
touro raivoso e espumante.
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Medrosos troncos se abraçam
na floresta verdadeira.
Cipós covardes se enlaçam
pelo corpo das palmeiras.
Tudo debalde. O homem lança
um olhar de certeira flecha,
dardo de fogo que alcança
o coração da floresta.
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Ai soluço ressequido,
pranto escuro de carvão!
Ai fundo e negro suspiro
que se eleva na amplidão!
Línguas de um fogo faminto
estralam gula e paixão.
Ai! Das matas sobe um grito,
descem lavas de um vulcão.
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Os homens plantam sementes
de fogo e míseras casas,
crivam duros alfinetes
na renda verde das matas.
Nas grimpas nuas, as chagas,
ontem, rubras de clarão,
hoje são tendas plantadas
entre reboco e carvão.
E a miséria fecundada
no gineceu das taperas
rebenta nas densas matas
uma estranha primavera.
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Em: Poesia Cúmplice, Celina Ferreira, Rio de Janeiro, Livraria São José Ed.: 1959
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Celina Ferreira — nasceu em Cataguases, Minas Gerais, em 1928. Jornalista, dedicou-se também à literatura infantil.
Obras:
A princesa Flor-de-Lótus , 1958
Papagaio gaio: poeminhas, 1998
Obra poética:
Poesia de ninguém, 1954
Poesia cúmplice, 1959
Hoje poemas, 1967
Espelho convexo, 1973
Mata Atlântica, Parque Nacional de Itatiaia.
Em outubro deste ano será implantada uma nova tecnologia que, ao longo de 30 dias, possibilitará um mapeamento detalhado em tempo real das variações de temperatura e das condições da umidade relativa do ar, entre muitos outros dados, numa área de 10 km² do Parque Estadual da Serra do Mar, reserva de mata ecológica localizada em São Luiz do Paraitinga (SP).
Uma rede experimental com 50 sensores sem fios fará a coleta de diversos dados ambientais, 24 horas por dia. A iniciativa nasceu pela necessidade de se colocar em prática alternativas mais baratas e simples de combater os males da poluição em tempo real e em três dimensões, afirma o autor, o engenheiro eletrônico Carlos Nobre, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) e coordenador do programa de Pesquisas sobre Mudanças Climáticas Globais da Fundação do Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp).
A escolha do local se deu pelo fácil acesso, já que os 50 sensores wi-fi podem precisar de manutenção. Com o sistema, os cientistas poderão conhecer a concentração de gás carbônico na atmosfera local, por exemplo, e cuidar melhor da preservação das matas.
Piero Ciafferi ( Itália 1600-1654)
Diretamente ligado à realização desse trabalho, Humberto Ribeiro da Rocha, livre-docente do Departamento de Ciências Atmosféricas da Universidade de São Paulo (USP), explica que a oportunidade é única para se conhecer mais a fundo todas as dificuldades e limitações deste sistema.
Rob Fatland (Microsoft) e Doug Carlson (John Hopkins University), ambos dos Estados Unidos, estiveram presentes no Brasil no início de julho para visitar o local e conhecer a nova tecnologia. O sistema poderá depois ser aplicado depois em florestas do mundo inteiro.
FONTE: Terra
Foto: UFF
OS JEQUITIBÁS
Nomes científicos:
Cariniana legalis (Mart.) Kuntze) – JEQUITIBÁ ROSA
Cariniana estrellensis (Raddi) Kuntze – JEQUITIBÁ BRANCO
Couratari pyramidata – espécie da família em perigo de extinção (RJ e MG)
Cariniana rubra – JEQUITIBÁ VERMELHO
Cariniana ianeirensis, conhecida apenas como JEQUITIBÁ
Cariniana parvifolia – JEQUITIBÁ CRAVINHO
Família: Lecythidaceae
Os jequitibás são árvores fascinantes nativas da Mata Atlântica.
O Jequitibá é considerado a maior árvore deste bioma, podendo alcançar 60m de altura!!!!! Isto é equivalente a um edifício de 20 andares!!!!
Em tupi-guarani, seu nome significa: Gigante da Floresta.
De porte majestoso, o jequitibá se destaca das demais árvores ao seu redor, ultrapassando o dossel da mata.
Jequitibá-rosa
JEQUITIBÁ ROSA
Arvore símbolo do Estado de São Paulo.
Outros nomes: congolo-de-porco, estopa, jequitibá-de-agulheiro, jequitibá-branco, jequitibá-cedro, jequitibá-grande, jequitibá-vermelho, pau-carga, pau-caixão, sapucaia-de-apito.
Nativa: ES, RJ, SP, MG, MS, AL, PB, BA, PE.
O maior e mais antigo espécime vivo do jequitibá-rosa se encontra no Parque Estadual do Vassununga, em Santa Rita do Passa Quatro, SP, e possui mais de 3.000 anos de idade, considerado dessa forma um dos seres vivos mais antigos do planeta, e a mais velha árvore do Brasil. Sua altura é 40 m e seu diâmetro 3 m. Outro espécime importante fica no Parque Estadual dos Três Picos, RJ, e tem cerca de 1.000 anos.
Suas sementes são muito apreciadas por macacos.
É planta medicinal, sua casca é usada em extrato fluido.
A madeira é própria para construção civil, obras internas para contraplacados, folhas faqueadas, móveis, para confecção de brinquedos, salto de calçados, lápis, cabos de vassouras, etc.
A árvore é exuberante e muito ornamental, podendo ser empregada no paisagismo de parques e praças públicas e áreas rurais. Esta árvore é tão monumental e admirada que emprestou seu nome a cidades, ruas, palácios, parques, etc.
Como planta tolerante à luz direta é excelente para plantios mistos, por isso pode ser usada na revegetação de áreas desmatadas.O que tem sido feito para preservá-los.
Jequitibá-branco
JEQUITIBÁ BRANCO
Está na lista de espécies ameaçadas do estado de São Paulo.
Outros nomes: jequitibá, estopa, jequitibá-rei, jequitibá-vermelho, jequitibá-rosa, cachimbeiro, jequitibá vermelho, pau-de-cachimbo, pau-estopa, mussambê, coatinga.
Nativa: Sul da BA, ES, RJ, SP, MG, GO, PR, SC, RS e AC. Bolívia, Paraguai e Peru.
Chega a altura de 45 m, com tronco de até 120 cm de diâmetro.
Há no Rio de Janeiro um exemplar com 60 m de altura e mais de 6 m de diâmetro. Outro exemplar com 50 m de altura tem 7,10 m de diâmetro.
Suas sementes são muito apreciadas por macacos.
A madeira, leve, é usada na construção civil apenas em obras internas, pois é pouco resistente ao tempo.
Ornamental e de porte monumental, pode ser usada no paisagismo de parques, praças e áreas rurais.
Indispensável na revegetação de áreas desmatadas.
Fruto do jequitibá, Foto: UFF
JEQUITIBÁ
Cariniana ianeirensis é uma espécie de planta lenhosa da família Lecythidaceae, cujo nome popular é jequitibá.
Nativa:Mata Atlântica do Rio de Janeiro, nas florestas da Tijuca e de Itaocara, e de São Paulo.
Está ameaçada de extinção por perda de seu habitat, que fica muito próximo à área urbana da cidade.
A floresta da Tijuca é quase inteiramente protegida, mas buscas feitas em 1998 não encontraram espécimes desse jequitibá.
Chaise Zonza, 2007
Designer: Eduardo Gomes Baroni
Madeira: jequitibá
Móveis Schuster
Foto: Blog do Rodrigo Barba
JEQUITIBÁ VERMELHO
Outros nomes: jequitibá, cachimbeira, cachimbo-de-macaco.
Nativa: GO, TO, MT.
Esta é bem menor que as anteriores. Sua altura chega até 18 m e o tronco chega até 80 cm de diâmetro. Suas flores são de cor vermelha.
Suas sementes são muito apreciadas por macacos.
A madeira é usada na construção civil, e a casca para cordoaria.
Pode ser usada no paisagismo de parques, praças e áreas rurais.
Recomendada na revegetação de áreas ciliares desmatadas.
JEQUITIBÁ CRAVINHO
Está ameaçado de extinção. Teporariamente protegidio na Reserva de Linhares.
Nativa: ES.
Outros usos dos jequitibás: O tanino de sua casca é empregado no curtimento de couros, e sua casca também tem grande poder desinfetante. As propriedades bioativas de sua casca têm despertado a depredação de indivíduos milenares. Os jequitibás pertencem a uma espécie vulnerável, em alguns lugares nativos, como no estado de Pernambuco, por exemplo, já em extinção.
Fontes:
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Por causa do grande número de pessoas me contatando para saber como plantar um jequitibá, posto aqui o que encontrei na WEB a respeito e coloco duas fontes. Muito obrigada pela atenção:
Como plantar um jequitibá:
Se você tem a muda:
Preste atenção ao tamanho da muda. Quanto menor o vaso ou o saquinho onde está maior o cuidado. Procure não se descuidar das regas. Sem água demais e sem deixar secar. Exemplo, uma muda com 5 cm o ideal seria você transplantá-la para um vaso grande até que ela atinja um bom tamanho. Por exemplo, seria conveniente transplantar as mudas para uma lata de tinta de 20 litros, ou um recipiente semelhante, para que a muda possa se desenvolver bem, antes de colocá-la no solo.
Se a muda é nova, procure um local com sol apenas por algumas horas na parte da manhã. O jequitibá é uma árvore clímax, esse tipo de arvore prefere sombra para seu desenvolvimento inicial.
Com o crescimento que é acelerado, procure replantá-la em um vaso maior quando perceber que ela tem essa necessidade. Só a plante no chão quando já tiver um tamanho que não a deixe ser vítima de pisoteio ou sol a pino.
Um detalhe muitíssimo importante: escolha um local com bastante espaço para plantá-la porque cresce muito. Caso se esqueça desse detalhe, talvez tenha que arrancá-la mais tarde.
Resposta baseada em dados do site: http://www.ojardineiro.com.br
Colhida a semente:
Verifique o seguinte site de pesquisa do Embrapa:
http://www.cnpf.embrapa.br/publica/folders/JequitibaRosa_2004.pdf

Um grupo de voluntários aproveitou o feriado de Tiradentes, na terça-feira da semana passada, para plantar várias espécies no município do Cabo de Santo Agostinho, na região metropolitana do Recife. Cerca de 70 voluntários, a maioria crianças, participaram do mutirão de reflorestamento. Pelo menos 200 árvores típicas da Mata Atlântica foram plantadas em um terreno de oito hectares localizado na zona rural da comunidade de Vila do Rosário, área de preservação ambiental. Ao lado de cada muda, foi colocada uma placa com o nome de quem a plantou.
A psicóloga Goreti de Sá mora na região há 12 anos. Ela e outras duas pessoas tiveram a idéia de criar um centro de vivência ecológica para colocar em prática ações de preservação da natureza.
– Nossa intenção é mensalmente juntar um grupo de pessoas sensíveis à natureza e plantar árvores – explica.
O motorista de transporte público Gilberto Vasconcelos foi um dos coordenadores do mutirão. Ele criou, há dois anos, o projeto “Adote uma árvore”. Ele sonha conseguir plantar em Pernambuco cem mil mudas de árvores. Com tanta gente ajudando, Gilberto Vasconcelos acredita que esse desejo pode virar realidade.
– Quando eu decidi colocar essa estimativa de cem mil árvores plantadas, eu não imaginava a dimensão que esse projeto ia tomar. Muitos apoiaram esse projeto, comunidades, crianças e universitários. Espaço para plantar é que não vai faltar – diz.
O projeto Adote uma árvore foi criado pela preocupação de Gilberto Vasconcelos com a degradação do meio ambiente. Seu objetivo é plantar 100 mil árvores na Região Metropolitana do Recife.
Para fazer essa ação solidária, o motorista, que mora do bairro de Aguazinha, conta com a ajuda dos passageiros. “Alguns passageiros que regulamente andam no meu veículo, juntam garrafas pet para ajudar no meu projeto “Adote uma árvore – serviço ambiental”, explica.
As garrafas servem para separar as mudas das plantas e são recolhidas não só com os passageiros voluntários, mas também no lixo. “A questão de optar pelo uso das garrafas é para economizar. Um saco de muda custa R$ 0,20. Parece pouco, mas para quem pretende plantar 100 mil árvores é bastante. Onde eu iria arrumar R$ 20 mil para comprar só em saquinhos?”
“Eu tenho o maior prazer de fazer isso. Muitas pessoas perguntam por que eu gasto meu dinheiro com isso”, conta o motorista plantador de árvores. “Para mim não existe dinheiro que pague a satisfação de ver uma árvore nascer, crescer e purificar o ar que a gente respira”, disse.
Fonte: O Globo

Paisagem, s/d
Francisco Rebollo Gonsales (Brasil 1903-1980)
Óleo sobre duratex 46x 33 cm
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Vi na televisão na semana passada um pequeno vídeo sobre a recuperação de um terreno que havia sido um pasto, na região da cidade de Itu. A recuperação da Mata Atlântica neste lugar começa com o plantio de 120 mudas de árvores. Este plantio deve surtir bons resultados já que acontece com apoio da Fundação SOS Mata Atlântica, que tem grande experiência em atividades de restauração florestal no Bioma Mata Atlântica, que
está com uma ampla programação de plantios de mudas nativas sendo concretizada neste início de ano.
Outros locais agraciados com programas de recuperação e restauração florestal são Piracicaba e Campinas.
Se você quiser participar das campanhas de recuperação ambiental e reflorestamento da Mata Atlântica, faça do SOS Mata Atlântica a sua página inicial no computador, cadastre-se e toda vez que ligá-lo click no CLICKARVORE, uma árvore será plpantada para cada click que você der.