13 de maio, uma data indelével

13 05 2014

 

 

cartaz lei aureaCartaz de comemorando a assinatura da Lei Áurea.

 

13 de maio de 1888: assinatura da Lei Áurea!





Quadrinha da Lei Áurea

13 05 2013

Artur Timoteo da Costa,CabeçasEstudo de cabeças, d’après Pieter Paul Rubens, s/d

Arthur Timótheo da Costa (Brasil, 1882-1922)

óleo sobr tela, 30 x 36 cm

Coleção particular

A Lei Áurea veio em tempo,

dar liberdade total.

Ao africano o contento,

ao brasileiro a moral.

(José Carlos Gomes)





As velhas negras, poema de Gonçalves Crespo, no dia 13 de maio, comemoração da Lei Áurea

13 05 2011

Mulata Quitandeira, 1893-1905

Antônio Ferrigno ( Itália, 1863-1940)

óleo sobre tela,  179 x 135 cm

Pinacoteca do Estado de São Paulo

As velhas negras

Gonçalves Crespo

                                           A Mme Aline de Gusmão

As velhas negras, coitadas,

Ao longe tão assentadas

Do batuque folgazão.

Pulam crioulas faceiras

Em derredor das fogueiras

E das pipas de alcatrão.

Na floresta rumorosa

Esparge a lua formosa

A clara luz tropical.

Tremeluzem pirilampos

No verde-escuro dos campos

E nos côncavos do val.

Que noite de paz!  que noite!

Não se ouve o estalar do açoite,

Nem as pragas do feitor!

E as pobres negras, coitadas,

Pendem as frontes cansadas

Num letárgico torpor!

E cismam: outrora, e dantes

Havia também descantes,

E o tempo era tão feliz!

Ai!  que profunda saudade

Da vida, da mocidade

Nas matas do seu país!

E ante o seu olhar vazio

De esperanças, frio, frio

Como um véu de viuvez,

Ressurge e chora o passado

— Pobre ninho abandonado

Que a neve alagou, desfez…

E pensam nos seus amores

Efêmeros como as flores

Que o sol queima no sertão…

Os filhos quando crescidos,

Foram levados, vendidos,

E ninguém sabe onde estão.

Conheceram muito dono:

Embalaram tanto sono

De tanta sinhá gentil!

Foram mucambas amadas,

E agora inúteis, curvadas,

Numa velhice imbecil!

No entanto o luar de prata

Envolve a colina e a mata

E os cafezais ao redor!

E os negros mostrando os dentes,

Saltam lépidos, contentes,

No batuque estrugidor.

No espaço e amplo terreiro

A filha do Fazendeiro,

A sinhá sentimental,

Ouve um primo-recém-vindo,

Que lhe narra o poema infindo

Das noites de Portugal.

E ela avista entre sorrisos,

De uns longínquos paraísos

A tentadora visão…

No entanto as velhas, coitadas,

Em

Cismam ao longe assentadas

Do batuque folgazão…

 –

Em: Obras Completas de Gonçalves Crespo, Rio de Janeiro, Livros de Portugal: 1942

Antônio Cândido Gonçalves Crespo (Rio de Janeiro, 1846 — Lisboa, 1883), jurista e poeta, membro das tertúlias intelectuais portuguesas do final  do século XIX. Formou-se em Direito pela Universidade de Coimbra, tendo colaborado em diversos periódicos, entre os quais O Ocidente e a Folha, o jornal de que era director João Penha, o poeta que introduziu em Portugal o Parnasianismo. Naturalizou-se português quando precisou ter cidadania portuguesa para exerger a advocacia.  Casou-se com a escritora e poetisa portuguesa Maria Amália Vaz de Carvalho. Faleceu aos 37 anos de tuberculose, em 1883.

Nota da Peregrina:  Tenho uma grande admiração por esse poeta luso-brasileiro.  Dos poetas do século XIX Gonçalves Crespo está entre os meus favoritos.  Acho que deveríamos conhecê-lo melhor no Brasil.





Quadrinha infantil para o dia 13 de maio!

12 05 2010

 

Princesa Isabel, 1920, em Paris.

Princesa Isabel, teu nome,

Hoje coberto de glória,

Relembra o gesto mais lindo

Dos anais da nossa história.





Aniversário da Lei Áurea, todos devemos celebrar!

13 05 2009

princesa IsabelPrincesa Isabel D’ Orléans e Bragança assinava hoje, há 121 anos a Lei Áurea.

 

LEI ÁUREA

Lei nº 3.353, de 13 de Maio de 1888.

DECLARA EXTINTA A ESCRAVIDÃO NO BRASIL

A PRINCESA IMPERIAL Regente em Nome de Sua Majestade o Imperador o Senhor D. Pedro II, Faz saber a todos os súditos do IMPÉRIO que a Assembléia Geral decretou e Ela sancionou a Lei seguinte:

Art. 1º – É declarada extinta desde a data desta Lei a escravidão no Brasil.

Art. 2º – Revogam-se as disposições em contrário.

 

Manda portanto a todas as autoridades a quem o conhecimento e execução da referida Lei pertencer, que a cumpram e façam cumprir e guardar tão inteiramente, como nela se contém.

O Secretário de Estado dos Negócios d’Agricultura, Comércio e Obras Públicas e Interino dos Negócios Estrangeiros Bacharel Rodrigo Augusto da Silva do Conselho de Sua Majestade o Imperador, o faça imprimir, publicar e correr.

Dada no Palácio do Rio de Janeiro, em 13 de Maio de 1888 – 67º da Independência e do Império.

Carta de Lei, pela qual Vossa Alteza Imperial manda executar o Decreto da Assembléia Geral, que houve por bem sancionar declarando extinta a escravidão no Brasil, como nela se declara.

 

 

Para Vossa Alteza Imperial ver.

Lei_Aurea