Maternidade na arte brasileira

14 05 2017

 

 

Georgina de Albuquerque, Maternidade, óleo tela, 159 x 139 cm,1930s, Museu D. João VIMaternidade, década de 1930

Georgina de Albuquerque (Brasil, 1885-1962)

óleo sobre tela, 159 x 139 cm

Museu D. João VI, Escola de Belas Artes, UFRJ

 

 

AURELIO D'ALINCOURT (1919-1990). Maternidade, óleo s tela, 66 X 81.Maternidade

Aurélio d’Alincourt (Brasil, 1919-1990)

óleo sobre tela, 66 x 81 cm

 

 

quissak-jr-a-mae, 1975,-oleo-sobre-tela-80 x 60 cmA mãe, 1975

Ernesto Quissak Júnior (Brasil, 1935-2001)

óleo sobre tela, 80 x 60 cm

 

 

REYNALDO FONSECA (1925) - Mãe e Filho. Óleo s tela. Ass. cid. Ass. e datado no verso.Med. 70 x 50 cm.Mãe e filho

Reynaldo da Fonseca (Brasil, 1925)

óleo sobre tela, 70 x 50 cm

 

 

Pedro Bruno (1888-1949) Maternidade, o.s.m. - 37 x 37 cm. Ass.Maternidade

Pedro Bruno (Brasil, 1888-1949)

óleo sobre madeira

 

 

ELON BRASIL - Maternidade Kamayurá - Mista sobre tela

Maternidade Kayamurá

Élon Brasil (Brasil, 1957)

Técnica mista sobre tela

 

 

SCLIAR, Carlos (1920 2001) Mãe, vinavil - 56 x 37 cm. Ass. e datado 69 frente eMãe, 1969

Carlos Scliar (Brasil, 1920 – 2001)

Serigrafia sobre vinil, 37 x 56 cm

 

 

gutmangb_aleitamentoCena de aleitamento, c. 1930

Guttmann Bicho (Brasil, 1888-1955)

óleo sobre tela (marouflage)

CAPS, Ernesto Nazareth, Ilha do Governador, RJ

 

 

BERNARDELLI, Félix (1866 - 1905) Mãe e filha, o.s.t. - 36 x 28 cm. Ass. e dat. 1897.Mãe e filha, 1897

Félix Bernardelli (Brasil, 1866-1908)

óleo sobre tela, 36 x 28 cm

 

 

MARIA ALCINA (Brasil, 1944) - ÓLEO SOBRE TELA - 60X50Maternidade

Maria Alcina (Brasil, 1944)

óleo sobre tela, 60 x 50 cm

 

 

Enrique ARavena, (Chile-Brasil, 1948) Maternidade, ost, 80 x 60 cmMaternidade

Enrique A Ravena (Chile/Brasil, 1948)

óleo sobre tela, 80 x 60 cm

 

 

Vicente do Rego Monteiro (Brasil, 1899-1970) Maternidade, acrílica sobre tela, década de 1960, 63 x 53 cmMaternidade, década de 1960

Vicente do Rego Monteiro (Brasil, 1899-1970)

acrílica sobre tela, 63 x 53 cm

Salvar





Os colonos, poesia de Paulo Setúbal

25 04 2017

 

 

GEORGINA DE ALBUQUERQUE (1885 - 1962) - Colheita, o.s.e., 29,5 X 38,5 cm,Colheita

Georgina de Albuquerque (Brasil, 1885 – 1962)

óleo sobre tela, 29 x 38 cm

 

 

Os Colonos

 

Paulo Setúbal

 

Lá vem o dia apontando…

Que afã! Já todos de pé!

Ruidosos, tagarelando,

 

Vão os colonos em bando

Para os talhões de café.

 

À luz do sol que amanhece,

Por montes, por barrocais,

Por toda parte esplandece,

Com sua esplêndida messe,

O verde dos cafezais.

 

Começa o rude trabalho.

Que faina honrada e feliz!

Inda molhados de orvalho,

Flamejam, em cada galho,

Os bagos como rubis.

 

Trabalham.  que ardor de mouro!

Todos derriçam café.

Parece um rubro tesouro,

Que cai numa chuva de ouro,

Dos ramos de cada pé.

 

Ao meio-dia, aos ardores

Do alto sol canicular,

Os rudes trabalhadores,

Ao longo dos carreadores,

Põem-se todos a cantar.

 

Pela dormência dos ares,

Sob estes céus cor de anil,

Cantam canções populares,

Que lá, dos seus velhos lares,

Trouxeram para o Brasil.

 

Aqui, um forte italiano,

Queimado ao sol do equador,

Solta aos ventos, belo e ufano,

Num timbre napolitano,

A sua voz de tenor!

 

Há uma terna singeleza

Nas trovas que um outro diz;

Um rapagão de Veneza

Tem, no seu canto, a tristeza

Das águas do seu país.

 

E uma sanguínea espanhola,

De grandes olhos fatais,

Em baixa voz cantarola

Uns quebros de barcarola,

Magoados, sentimentais…

 

Que cantem! … Essa cantiga

Brotada do coração,

Seja a prece que bendiga

A terra que hoje os abriga,

A pátria que lhes dá pão.

 

Em: Poesia Brasileira para a Infância, Cassiano Nunes e Mário da Silva Brito, São Paulo, Saraiva: 1967, Coleção Henriqueta, pp. 56-57.

 

 

Salvar

Salvar





Resenha: “Moça com chapéu de palha”, de Menalton Braff

12 01 2017

 

 

georgina-de-albuquerque-01-jpgmanha-de-sol-de-georgina-de-albuquerqueManhã de sol, 1947

Georgina de Albuquerque (Brasil, 1885-1962)

óleo sobre tela, 61 x 50 cm

 

 

Moça com chapéu de palha, de Menalton Braff traz aos leitores um dos mais desprezíveis personagens que encontrei nos últimos tempos.  Um homem insignificante, fraco, com mania de grandeza, covarde e fracassado é o centro da narrativa na primeira pessoa. Abertamente obcecado consigo mesmo, acompanhamos seus pensamentos mais banais, testemunhamos seus sentimentos que, por sinal, não valem metade do tempo gasto com eles. Rodeamos todo tempo à volta do insuportável e presunçoso, Bruno Vieira que deseja ser escritor e namora a pintora, Angélica.

Encontro já aí minha primeira objeção ao livro.  Estou cansada dessa narrativa autorreflexiva brasileira. Que mania essa de autores se perderem em si mesmos em textos contados na primeira pessoa, como se seus autores fossem os inventores do fluxo de consciência e como se todos os pensamentos, por mais rotineiros, suas observações da cor do céu ao ônibus que tomaram, possam ser de interesse?

São poucos os escritores premiados que não me desapontam.  Menalton Braff foi premiado em 2000 com o Jabuti, por seu livro À sombra do cipreste, que não li. Ando sempre à procura de autores brasileiros contemporâneos para minha constelação de favoritos. Nela, não há espaço, para Menalton Braff, pelo menos por esse livro.  Minha constelação tem uma população eclética, generalista de Luiz Antônio de Assis Brasil, Milton Hatoum, Adriana Lisboa, Oscar Nakasato, Ronaldo Wrobel entre outros (ordenados por sobrenome). São escritores nem sempre listados por críticos e intelectuais brasileiros.  A razão é simples: quero ler um livro que me seduza pela trama, pelo estilo e, sobretudo, pela voz narrativa.  Gosto de obras abertas, ou não;  de autores que brincam ou não com a língua;  tradicionais ou não em estrutura; mas quero uma história e autores que me adicionem.  Acho incrível que os encontre com maior facilidade em outras terras de língua portuguesa de Portugal à África lusitana.

 

 

moca-palha-braff

 

Moça com chapéu de palha peca ao não apresentar alguns dos requisitos colocados acima: sua trama é quase inexistente.  Trata-se de um homem que quer ser escritor. Teoricamente estaria angustiado, mas na verdade quem sofre somos nós, convidados a ler os primeiros capítulos do livro em processo, uma tentativa de Menalton Braff de introduzir meta-linguagem significativa, que não se substancia claramente.  O texto dentro do texto tem alguns retoques de livro policial mas não consegue se consolidar além da preocupação de Bruno consigo mesmo e sua história.  Mesmo assim, ele se acredita enamorado.  Sim, Bruno Vieira ama.  Ama e se preocupa. Não com outros, ou com a noiva.  Não. Não se engane, sua paixão não é pela mulher de quem fala poeticamente, mas pelo homem refletido nos olhos dela quando esta o observa.  Tudo revolve em torno dele, seus sentimentos, seus medos.  Quando descobre a noiva pintando um novo quadro em que ele não figura,  se ressente: “Subitamente descubro que não me vejo na tela, e num primeiro instante tenho a sensação esquisita de que estamos em planos diferentes. Isso me angustia. Por pouco tempo, porém. Percebo que, mesmo em posição periférica, faço parte do cenário” [45]. Ou quando realiza que um brinde não era para ele: “O brinde que primeiro pensei dedicado à minha saúde, talvez ao meu regresso, logo percebi, pelos olhares todos, que tinha doutor Gustavo como alvo. Fiquei algum tempo sem demonstrar alegria alguma, abalado com o choque da passagem de homenageado a homenageante” [82].

Com presunção inigualável esse Narciso interiorano não consegue admitir o amor paternal do futuro sogro, pois sua preocupação é dominar todo o campo de atenções da noiva. “Ele sabia da filha muito mais do que eu. E isso lhe dava, pareceu-me, certos direitos de primazia. Era um tipo de poder que o pai tinha e eu não” [48]. [Poder? em que século estamos?] Asfixiante, ele pondera sobre a amada:  “De Angélica sei quase tudo: seu passo, uma dança com sua cadência, o modo como se move, conheço de ouvido. Sei o sol de sua cabeça, sei os raios que projeta” [27]. E sua necessidade de fazer da noiva sua possessão é opressiva: “Seus olhos que não se moveram ainda, recusam-me a entrada.  Em outras ocasiões já me senti assim excluído. Esta capacidade de Angélica de ter vida própria, um círculo em que não penetro, assombra-me” [54]. Que arrogância! Num mundo normal essas atitudes se mostrariam falsas logo, logo. Poderiam até alavancar o conflito na trama.   Mas aqui não importam, porque o personagem está consumido pela questão de si mesmo, auto-amante.  Basta-se.

 

menalton-braffMenalton Braff

 

Difícil dizer se os meus problemas com este romance são produto único do meu desprezo pelo personagem.  O uso da língua também é enervante. Aos meus ouvidos ela soa falsa e forçada. Inapropriada. A tentativa de poetizar as imagens principalmente nas descrições da namorada, são frequentemente perturbantes pois revelam um texto trabalhado demais. “As duas mãos em concha, Angélica protege as débeis chamas das velas, para em seguida, apagá-las com a carícia de seu hálito.” [105]  [Em que século estamos, mesmo? “as débeis chamas“, “carícia do hálito“?] Outras ocasiões em que a língua portuguesa parece não bastar ao autor forçam-nos a ler mais de uma vez: “Existem horas em que me chovo: o para-brisa embaçado, uma leve coriza, os pensamentos achatados por um céu baixo e feio” [39]. [“me chovo?” – que imagem feia e desnecessária!]; “Sua voz marrom estava pesada, numa concentração lenta e grossa” [55]. Além disso, a narrativa da auto obsessão faz com que o autor use verbos reflexivos onde não se faz necessário: “mergulho-me no balanço de seus cabelos soltos ” [93].

Braff explora quando pode a prosopopeia, figura de linguagem que atribui a objetos sentimentos ou ações humanas, e a usa com tanta frequência que se torna um vício criativo. “Aceito com alguma relutância a sombra que a casa me oferece…” [197]; “A poltrona me abraçou com abraço bege muito macio, mas possuinte, deixando-me sem muitos movimentos…” [39]; “A pasta havia ficado em cima da escrivaninha. Imóvel e quieta como um sono bom: inocente” [155]. A tentativa é poetizar o texto.  O resultado aos meus ouvidos é tenebroso. E a repetição de palavras muito próximas mostra que o cuidado com o texto foi deixado só para o poético. Escorei o cotovelo no balcão da portaria. Assim podia escorar a testa na mão para esperar….” [41]; “Digo uma asneira meio sem graça para que elas não fiquem sentindo pena. Não sei se estão rindo porque me acharam engraçado ou porque não deixam de sentir pena de mim” [189]; entre outras vezes… O grifo nesses casos é meu.

A conclusão é que esse livro não fez mais do que irritar. Não posso recomendá-lo. É pedante no seu desejo de obra literária de valor e arrogante com o leitor.  Pena.

 

Salvar

Salvar

Salvar

Salvar

Salvar

Salvar

Salvar

Salvar

Salvar

Salvar

Salvar

Salvar

Salvar

Salvar





Coisas de criança…

12 10 2016

 

 

natalia-com-palhacinhos-marysia-portinariNathalia com palhacinhos, 1999

Marysia Portinari (Brasil, 1937)

óleo sobre tela, 100 x 80 cm

 

 

djanira-menino-com-patinete-ost-cid-dat-59-1003-x-811-cmMenino com patinete, 1959

Djanira da Motta e Silva (Brasil, 1915-1979)

óleo sobre tela, 100 x 81 cm

 

 

gabriela-dantes-homenagem-ao-ano-internacional-da-crianca-ost-43-x-53cm-1979-localizado-salvador-baHomenagem ao ano internacional da criança, 1977

Gabriela Dantes (Uruguai/Brasil, 1914)

óleo sobre tela, 43 x 53 cm

 

georgina-de-albuquerque-menino-ose-32x27cm-assinadoMenino

Georgina de Albuquerque (Brasil, 1885-1962)

óleo sobre eucatex, 32 x 27 cm

 

 

santa-rosa-garoto-com-pipa-osm-dat-42-33-x-41-cmGaroto com pipa, 1942

Tomás Santa Rosa ( Brasil, 1909-1956)

óleo sobre madeira, 33 x 41 cm

 

 

gino-bruno-brinquedos-oleo-sobre-tela-60-x-80-cmBrinquedos

Gino Bruno (Itália/Brasil, 1899-1977)

óleo sobre tela, 60 x 80 cm

 

joao-machado-serigrafia-69-100-imperio-da-infancia-ii-medidas-50-x-70-cmImpério da infância II

João Machado (Brasil, contemporâneo)

serigrafia, 50 x 70 cm

 

 

marcio-pita-brincando-de-roda-50-x-70-cmBrincando de roda

Márcio Pita (Brasil, 1958)

óleo sobre tela, 50  x 70 cm

 

 

claudio-dantas-baixa-temporadaBaixa temporada, 2010

Cláudio Dantas (Brasil, 1959)

óleo sobre tela, 90 x 120 cm

 

 

reynaldo-fonseca-brasil-1925criancas-no-patio-gicle-sobre-tela-80-x-1-00Crianças no pátio, 1980

Reynaldo Fonseca (Brasil, 1925)

óleo sobre tela, 100 x 130 cm

 

 

portinari_meninosbrincandooleo-sobre-tela-1955-60-x-72-5-cmMeninos brincando, 1955

Cândido Portinari (Brasil, 1903-1962)

óleo sobre tela, 60 x 72 cm

 

 

waldomiro-santanna-1952menino-na-bicicletaoleo-sobre-placa40-x-50-cmMenino na bicicleta

Waldomiro Sant’Anna (Brasil, 1952)

óleo sobre placa, 40 x 50 cm

 

darcy-penteado-menino-brincando-ost-dat-1973-med-50-x-40-cmMenino brincando, 1973

Darcy Penteado (Brasil, 1926-1987)

óleo sobre tela, 50 x 40 cm

Salvar





Nossas cidades: Santos, SP

26 09 2016

 

 

georgina-de-albuquerque-1885-1962domingo-de-sol-na-praia-de-santos-oleo-s-tela-65-x-80-assinado-e-datado-1950-no-c-i-eDomingo de sol na praia de Santos, 1950

Georgina de Albuquerque (Brasil, 1885-1962)

óleo sobre tela, 65 x 80 cm





Resenha: “A vida invisível de Eurídice Gusmão” de Martha Batalha

26 06 2016

 

 

georgina-de-albuBordando, s.d.

Georgina de Albuquerque (Brasil, 1885-1962)

óleo sobre tela

 

 

A vida invisível de Eurídice Gusmão se passa nas décadas de 1940 em diante, no Rio de Janeiro. Eurídice Gusmão e sua irmã são mulheres que não se conformavam com a circunscrição de seus papéis atribuídos pela sociedade. Apesar de tentarem, cada qual à sua maneira, nem sempre conseguiam escapar dos destinos projetados para elas inicialmente por familiares e mais tarde por seus  maridos.   Evocativo de uma época, a obra descreve a vida de mulheres da geração de nossas avós. Eu gostaria de poder dizer que só elas, mas também descreve a de nossos pais ou de muitos dos nossos contemporâneos, porque o problema das vidas circunscritas a papeis tradicionais ainda parece enraizado em muitos cantos da nossa terra.

 

A_VIDA_INVISIVEL_DE_EURIDICE_G_1463501293573067SK1463501293B

 

A narrativa se concentra na história de Eurídice contrastada à da irmã, Guida, que havia buscado viver em seus termos, cortando os laços com os pais, libertando-se das expectativas deles e de todos à volta. A tentativa não durou.  E eventualmente, Guida decide pelo comprometimento de suas realizações pessoais para beneficiar a vida do filho.  O mesmo ocorreu com Eurídice, que mais tímida, menos aventureira, também se acomoda no casamento com Antenor, um bancário, bom provedor, mas incapaz de apreciar a energética e inteligente esposa que lhe coubera.  Por manter o lar para seus filhos Eurídice também se anula.  Eurídice passa a vida correndo atrás de alguma brecha que a permitisse achar maior significado em sua própria vida além daquele de mãe e dona de casa.  É frustrada em todas as tentativas. Por fim, encontra consolo ao escrever, passando os dias finais de sua vida em frente à máquina de escrever já bem depois do estabelecimento da ditadura militar de 1964.

Não é uma obra prima, não irá ganhar o prêmio Nobel de literatura.  No entanto, à medida que considerei esse livro para resenha, cresceu minha admiração. É um bom livro. Pelo assunto abordado e bem retratado, A vida invisível de Eurídice Gusmão, é uma boa escolha de leitura que aborda as limitações da mulher na sociedade carioca, das gerações que viveram através do século XX.  Só por esse esforço deveria ser aplaudido.

 

 

martha_batalha_5_credito_jorge_lunaMartha Batalha

 

Meus problemas com essa obra não se limitam ao tom puramente evocativo.  Não há um crescendo de informações. Não há resolução de conflitos, nem mesmo no final.  Falta-lhe agilidade, ação e diálogos. A narrativa, ainda que impecável, é distante. No entanto, retrata muito bem uma época e é perfeitamente dispensável a explicação da autora no início e no fim do livro sobre a existência  de certos personagens ou sobre as obras escritas por Eurídice Gusmão.  É chocho.

Mas me aventuro a dizer que se você gostou de Arroz de Palma, romance de Francisco Azevedo, é provável que goste deste livro, por sua evocação de uma época.

Salvar

Salvar

Salvar





Rio de Janeiro, cidade olímpica

15 01 2016

 

 

GEORGINA DE ALBUQUERQUE (1885 - 1962) Vista para o morro do Pão de Açucar, o.s.t. - 33 x 47. Assinado, localizado Rio e datado 1959

Vista do morro do Pão de Açúcar, 1959

Georgina de Albuquerque (Brasil, 1885-1962)

óleo sobre tela, 33 x 49 cm





Os bois, soneto de Olegário Mariano

24 02 2015

 

 

Georgina de Albuquerque,Fazenda com figuras e animais, óleo sobre tela,(c.1952) - 39 x 47 cm.Fazenda com figuras e animais, c. 1952

Georgina de Albuquerque (Brasil, 1885-1962)

óleo sobre tela, 39 x 47 cm

 

 

Os bois

 

Olegário Mariano

 

É dolorosa a angélica atitude

Dos grandes bois lentos a trabalhar…

Sinto neles a força da saúde

A glória de viver para ajudar.

 

Da sua laboriosa juventude

Nada têm, pobres diabos a esperar…

Quem sabe? A vida pode ser que mude…

E eles se põem a olhar o campo, a olhar…

 

Tempo de safra. Brilham canaviais…

Gemem os carros e o rumor se irmana

À alma dos bois que geme muito mais.

 

Pacientemente seguem, dois a dois…

Há uma filosofia muito humana

No mugido e no olhar, tristes, dos bois…

 

 

Em: Toda uma vida de poesia: poesias completas (1911-1955) , Olegário Mariano, Rio de Janeiro, Editora José Olympio: 1957, 1º volume (1911-1931), p. 93

 





Feliz Natal! Paz e amor aos homens de boa vontade!

24 12 2014

 

 

Georgina de Albuquerque (1885 – 1962, Brazilian) Arore de Natal, 1943vFesta de Natal, 1943

Georgina de Albuquerque (Brasil, 1885-1962)

óleo sobre tela

 

[PS: Há outra versão semelhante a esta datada de 1916.]

 

1916_salao_02 georgina de albuquerque.vbnm,jpgNoite de Natal, 1916
Georgina de Albuquerque (Brasil, 1885-1962)
óleo sobre tela
Publicado na Revista do Brasil, SP, ano I, set 1916, n. 9, página 39.

 

 

Feliz Natal!





Imagem de leitura — Georgina de Albuquerque

26 11 2014

 

GEORGINA DE ALBUQUERQUE (1885 - 1962) - Carta de Amor, óleo s tela, 55 x 47. Assinado no c.i.dCarta de amor, s/d

Georgina de Albuquerque (Brasil, 1885-1962)

óleo sobre tela, 55 x 47 cm