Fazenda com figuras e animais, c. 1952
Georgina de Albuquerque (Brasil, 1885-1962)
óleo sobre tela, 39 x 47 cm
Os bois
Olegário Mariano
É dolorosa a angélica atitude
Dos grandes bois lentos a trabalhar…
Sinto neles a força da saúde
A glória de viver para ajudar.
Da sua laboriosa juventude
Nada têm, pobres diabos a esperar…
Quem sabe? A vida pode ser que mude…
E eles se põem a olhar o campo, a olhar…
Tempo de safra. Brilham canaviais…
Gemem os carros e o rumor se irmana
À alma dos bois que geme muito mais.
Pacientemente seguem, dois a dois…
Há uma filosofia muito humana
No mugido e no olhar, tristes, dos bois…
Em: Toda uma vida de poesia: poesias completas (1911-1955) , Olegário Mariano, Rio de Janeiro, Editora José Olympio: 1957, 1º volume (1911-1931), p. 93
Lembrei de algo que se comentam no campo… Que ao atravessar em meio, ou próximo a uma boiada, fique atento ao que ergue a cabeça, porque será dele que terá que correr.
😀
Lembrei de algo que se comentam no campo… Que ao atravessar em meio, ou próximo a uma boiada, fique atento ao que ergue a cabeça, porque será dele que terá que correr.
😀
Bom saber, Lella… Eu não sabia!