
Os quatro elementos
Vidro soprado
Mestre contemporâneo, Murano, Itália
Altura: 50cm Largura: 48 cm
Jarra, 1522-1566
Jingdezhe, China
porcelana e prata persa
Victoria & Albert Museum, Londres
Essa jarra é um dos exemplos mais antigos de porcelana chinesa com brasão europeu. O brasão representado é provavelmente da família Peixoto de Portugal atribuído a Antônio Peixoto, filho de Lopo Peixoto, que tinha esse escudo de armas em 1511. Antônio Peixoto, navegador e comerciante, embarcou em uma missão à China com seus sócios: Antônio da Mota e Francisco Zeimoto.
Mais informações no site do Victoria & Albert Museum de Londres.
Vaso A Palla, c. 1560
Veneziano
Oficina do Meste Domenico da Venezia
31,5 cm de altura
Decorado com a pintura de um jovem de capacete com plumas, no reverso uma jovem em perfil em três quartos para o lado direito com vestido azul de gola alta. Ambos rodeados por cartuchos trançados em verde e amarelos sobre fundo azul com volutas de flores e folhagem entre aros. Há desgaste no rosto e pescoço da jovem.

Medalhão de majólica [faiança] italiana, c. 1500
Provavelmente Pesaro ou Deruta
26,6 cm diâmetro
Medalhão circular com borda decorada no padrão escamas de peixe, quadrados vermelho e verde e desenhos florais alternando com padrão treliça com fundo cor de pêssego. No centro um unicórnio laranja, sobre fundo verde com árvores azuis e nuvens cor de laranja,

Taça de Licurgo, século IV AD, período do Império Romano Tardio
vidro, dicróico, ornamentado em prata dourada montada na borda e no pé
Altura: 16 cm Largura: 13 cm
Museu Britânico, Londres
Essa taça é feita de um vidro que muda de cor. Mostra uma cor diferente dependendo de onde a luz passa ou não por ela. Parecerá vermelha se iluminada por trás. Quando iluminada de frente, parece verde. Apesar de termos referências deste tipo de vidro e existirem fragmentos de objetos feitos de vidro dicróico este é o único objeto de vidro romano dicróico completo, que conhecemos. A mudança de cor entre vermelho e verde também é a mais contrastante.
Nesta foto com luz direta e flash, podemos ver a mudança de cor para verde.
O efeito dicróico é obtido pela introdução de pequenas proporções de nanopartículas de ouro e prata dispersas em forma coloidal por todo o material de vidro durante o processo de fabricação. Não se sabe o processo preciso usado pelos romanos para esse efeito.
A taça também é rara por ser o que uma taça em que a grossura do vidro original foi meticulosamente cortado, esculpido mesmo, deixando apenas uma “gaiola” decorativa no nível da superfície original. O desenho deixado neste caso, mostra o mítico Rei Licurgo, mais comum são desenhos abstratos não figurativos nos exemplos conhecidos.
Medalhão de faiança, 1500-1530
Cognominada: Bella Donna (Mulher bela)
Faiança vitrificada, manufatura Deruta, Italiana
24 cm de diâmetro.
Museu do Louvre.
Foto: Jean-Pol GRANDMONT
Taça com pedestal, primeiro terço do século XV
Vidro soprado, esmaltado e dourado
Museu de Artes Decorativas, Paris
Essa taça com pé de vidro transparente soprado, que seria o novo cristal, feito na ilha de Murano no início do século XVI, tem decoração em esmalte policromado e ouro. Trata-se do brasão de um dos papas da família Medici, mas não podemos precisar se pertenceu a Leão X (papa de 1513-1521) ou Clemente VII (papa de 1523-1534).
Pela decoração, esse objeto se aproxima de um grupo que engloba umas vinte peças, principalmente de pratos, pratos em pedestal e jarros que se encontram em coleções públicas e particulares famosas (Louvre, Museu Britânico, Museu Metropolitan) Não eram destinados ao uso alimentar, mas provavelmente destinados à decoração de bufês em banquetes de prestígio. Este serviço, hoje espalhado pelo mundo, demonstra o aalto grau de respeito e reconhecimento desde aquela época, ao talento e às descobertas dos vidreiros venezianos.
Traduzido do portal do Museu de Artes Decorativas, por mim.