Organizar, ajeitar, ordenar…

14 01 2025
Ilustração, Stevan Dohanos (1907 – 1994)

 

 

Meio do mês e ainda não consegui organizar tudo que pretendia.  Comecei  logo depois do Natal com as pastas no computador.  Tenho mais de duas centenas delas.  Cada pasta pode ter dezenas de subdivisões.  Se por acaso guardo alguma coisa, alguma imagem, poema, artigo, notas na pasta errada, aquilo pode estar perdido para sempre, descoberto só ao acaso.  Se eu tivesse nascido no século XVIII, seria uma enciclopedista, porque catalogo e organizo o que me cai nas mãos.  Esse hábito vem do primeiro curso do mestrado, curso requerido pela Univ. de Maryland. chamado Métodos.  Se não se passasse nesse curso era bye-bye para a possibilidade de um mestrado ou PhD. Era sobre métodos de pesquisa acadêmica, especificamente voltado para história da arte.  Esse curso foi dado talvez pelo mais brilhante professor que já tive (que procurei imitar a vida toda), meu conselheiro, que mais tarde veio a ser diretor do Museu de Belas Artes de Lausanne, na Suíça.   Mas esse meu hábito não é exportado para outros aspectos da minha vida. Ainda bem, porque acho que poderia ser uma coisa muito aborrecida.  Não sou uma acumuladora, muito pelo contrário.  Até mesmo meus livros não têm ordem rígida nas estantes e a cada semestre faço doação de algumas dezenas deles.

 

 

 

Quando abro meu computador vejo mais ou menos o que a imagem acima me mostra,  Só que com mais pastas.  Não sei exatamente a lógica que utilizo.  Ela responde unicamente à minha cabeça. E há muita coisa guardada.  Os nomes das pastas, só eu mesma posso decifrar, e como são muitas, nem sempre me lembro de como organizei. Às vezes tenho que parar para pensar onde alguma coisa estaria colocada. Vou dar um exemplo recente.  Fiz um curso de escrita de contos, em agosto: 30 dias, 10 contos.  O curso está numa pasta Curso de Contos.  Desde o primeiro dia, tínhamos que produzir um pequeno conto de 1500 palavras a cada 3 dias.  Foi uma maratona, porque os tópicos não eram meus, os tópicos foram dados pela professora.  Para cada tópico eu poderia ter uma ou mais tentativas.  Nem sempre a primeira ideia se desenvolve bem.  Então a pasta, Curso de Contos, tem todas as aulas, que estão subdivididas em outras pastas: aulas, exercícios, tentativas e resultados finais.  Quatro subdivisões.  Mas não para aí, porque dentro das tentativas há outras coisas.  Exemplo: um dos temas dos contos: Fake News.  Ora, eu não queria entrar num tópico controverso.  Se há coisa que tenho evitado é entrar nessa loucura das discussões atuais.  Então, resolvi procurar algo sobre a guerra da Rússia na Georgia, há anos.  Eu me lembrava de ter lido a respeito…  Ia dar uma repaginada no evento.  Procurei na internet… li os artigos sobre esse evento nos anos 90 do século passado.  E inventei uma situação plausível.  Mas alguns dos artigos copiei e colei num documento para me lembrar dos nomes de lugares, (dificílimos) distâncias, o que era ao norte ou a oeste, etc…  Todos esses textos também estão em uma pasta Textos-suporte, dentro da pasta tentativas. E assim as coisas vão se acumulando.

 

 

E, pasmem: os três contos que têm alguma possibilidade de se tornarem bons contos, três de dez, nada mal para um investimento de 30 dias, separei e…  como não consigo deixar de fazer palhaçadas com os nomes, ou tentar me confundir (será?) … coloquei os três numa pasta chamada: Caixa de Pandora que imagino poder ter algo a ver com um título, caso haja uma coletânea no futuro.   Mas essa é uma pasta que aparece sozinha, lá naquela primeira tela, sem qualquer referência ao que tem dentro. 

 

Surpresa, ilustração de Margret Boriss.

 

A necessidade de organizar as informações no meu computador se tornou evidente quando fui surpreendida por uma emergência burocrática em setembro que me obrigou a viajar de supetão para os Estados Unidos, momento em que, para piorar, percebi que meu passaporte havia expirado. Precisava de um novo. Esse período de setembro/outubro foi um constante lidar com burocracias de dois países trazendo um tremendo desgaste energético, emocional e financeiro, porque era uma viagem e estadia inesperadas. Desde que enviuvei, passei, por precaução, informações que imaginei serem necessárias numa emergência para minha sobrinha, que não só é fluente em inglês como advogada trabalhando numa firma internacional. Uma pessoa em quem confio e que pode destrinchar qualquer problema em português ou inglês.  Mas, ficou claro, que se ela precisasse navegar através das centenas de pastas importantes no meu computador a coisa ia ficar periclitante. 

 

 

 

Nesses 16 anos de blog, com postagens quase todos os dias, leitores perguntam como arranjo as fotos, as ilustrações, os quadrinhos.  Bem, estão todos no meu computador.  Tudo espalhado em pastas  Se estou em dia de apresentar Arte Brasileira, vou para a pasta com esse nome. Ela é subdividida em outras pastas, que por sua vez são subdivididas em outras pastas, cujos significados às vezes só eu entendo: Profissões, Cidades, Naturezas mortas, Retratos, Paisagens e assim por diante.  Cada uma delas se subdivide.  Por exemplo: Arte Brasileira>Tipos> Meninos, Meninas, Mulheres, Homens, Casais, Familias, assim por diante, todos, na verdade, são retratos. Crianças também aparecem nas pastas: Brinquedos-brincadeiras; Gênero, Maternidade, Músicos.  A pasta de imagens mais complexa que tenho é a que denominei Festas. Não é a que tem o maior número de fotos, mas é a que tem o maior número de subdivisões que vão de festas folclóricas, a religiosas, a Carnaval, Natal, Procissões, Casamentos, Enterros, Santos (esses subdivididos), etc.  É um sistema abstruso.  Mas são milhares de imagens. 

A maioria dos quadrinhos, eu mesma fotografei. Eles também são subdivididos em pastas de acordo com assuntos tratados nas imagens. Na última vez que abri, semana passada, o total de ilustrações de quadrinhos eram 1.268.  E sempre retiros dessas pastas as imagens que já usei, para não haver repetição.  Há.  Mas é sem querer. 

Às vezes gasto mais  tempo escolhendo a foto da postagem do que a própria postagem. Tenho uma boa coleção de revistas em quadrinhos em casa. Quando posso e os preços não sobem muito, compro um lote ou outro de gibis antigos em leilão.  Só para me divertir. Para o blog há gibis mais interessantes que outros. Mas gosto da maioria dos gibis antigos.  Não gosto por exemplo, da Monica adolescente.

 

 

Margarida responde aos leitores, Ilustração Walt Disney.

 

Enfim, é um mundo de muita informação.  Não pretendo ter que ensinar tudo isso à minha sobrinha.  Afinal, quando necessário for para ela assumir qualquer pasta no meu computador, nada terá a ver com o blog.  Mas como hoje toda documentação burocrática é digital também tenho pastas com esse material e descobri que sou um tanto criativa no nome delas.  Eu mesma às vezes não me lembro bem o que o nome da pasta significa.  Só me dou conta depois de abri-la. Por isso estou tentando organizar as coisas no computador.  Mudando nomes e até escolhendo a figurinha que pode ir ao lado do nome da pasta.  Mas isso é perigoso também porque já notei minha tendência a ser criativa nessa escolha. Mas vamos lá: essa postagem, é sinal claro, de que prefiro escrever do que arrumar a casa. 

Fica a pergunta: como vocês organizam seu computador?





Cenas e vistas de Goiás, por Henrique Silva, Revista KOSMOS, Outubro 1907

18 06 2010
Uma boiada vinda do norte.

—-

—-

Cenas e vistas de Goiás

—-

                                                                  Henrique Silva

—-

Nota:

Transcrevo abaixo o artigo sobre Goiás, colocando a grafia como usamos hoje em dia.  As fotos são algumas das fotos que ilustram o artigo original.  No entanto, não consegui digitalizar todas elas sem que algumas perdessem a qualidade.  Assim mesmo, as que coloquei aqui ainda estão com um tom azulado que não existe na impressão preto e branca das fotos originais. Não há indicação do fotógrafo.  É possível que sejam do próprio autor do texto.  Artigo na íntegra.

Goiás é um estado singular, à parte , no convívio nacional.  Susulado [sic] na gema deserta do Brasil, sem alento e sem vigor, tão distante da orla marítima onde mais intensivamente a vida ativa do país vibra e se agita, tal como a seiva estuante que circula na periferia dessas grandes árvores da floresta — outra,  certo, não poderia ser a sua situação no concerto da nossa nacionalidade.

Boiada passando o Rio Vermelho, Goiás.

—-

—-

Sem um palmo de via férrea, não possuindo ao menos uma lancha a vapor a sulcar sequer um só de seus grandes e muitos rios navegáveis — o futuroso estado apenas dispões, ainda em nossos dias, como meios de transporte, desses pesados e patriarcais carros de bois — sobrevivências da metrópole, e que uma das nossas gravuras reproduz no flagrante de seu rodar pela fita intermina das estradas salineiras em fora…

” Os carros puxados a bois, diz Bernardo Guimarães, com seu eixo móvel, pesados e vagarosos, são por certo grosseiros  veículos, que bem denunciam o atraso dos meios de condução no interior do nosso país.  Mas talvez por isso mesmo que revelam a infância da indústria da viação, têm um não sei que de primitivo e poético, que enleva a imaginação. 

—-

Eu  nunca pude ver sem um singular e indizível sentimento de melancolia, essas grandes e pesadas máquinas cobertas de couro, arrastadas por vinte ou mais bois, quebrando com seu chiar agudo e monótono como o canto da cigarra, o silêncio das solidões, atravessando os desertos em lentas e peníveis jornadas”.

—-

—-

Rio do Peixe, Norte de Goiás.

—-

Outra fotogravura nossa representa uma boiada no momento mesmo em que a forçam a se precipitar a nado através de um desses largos rios que tanto dificultam a marcha do gado vacum procedente dos sertões interiores com destino aos centros consumidores de Minas, S. Paulo e Rio.

—-

—–

Vem dos confins de Goiás e vai ainda fazer um penoso e fatigante percurso de mais de duzentas léguas, nossa boiada, composta, quase toda de Curraleiros — essa raça por excelência, de bovídeos genuinamente nacionais.

Já fora dos incomparáveis campos nativos de Goiás onde se criaram e viviam nativos de Goiás onde se criaram e viviam acarenciados — vêm todos nostálgicos dos barreiros que as virentes palmas dos coqueiros da mata encombram, (vide gravura)

—-

A Carioca — banho público em Goiás.
 *****




Betelgeuse, a estrela com um rabo gasoso do tamanho do nosso sistema solar!

30 07 2009

betelgeuse

 

A estrela Betelgeuse, uma supergigante vermelha também chamada de Alfa Órion, localizada na constelação de Órion, tem uma cauda de gás do tamanho do nosso Sistema Solar, indicaram fotos de uma precisão sem precedente publicadas nesta quarta-feira pelo Observatório de Paris. É uma estrela de brilho variável sendo a 10ª ou 12ª estrela mais brilhante no firmamento. Seu diâmetro varia entre 500 e 900 vezes o do Sol. No diâmetro máximo, a estrela seria maior que a órbita de Saturno se colocada no lugar do Sol. Apesar de ser apenas 14 vezes mais massiva que o Sol, é cerca de algumas dezenas de milhões de vezes maior em volume, como uma bola de futebol comparada a um grande estádio de futebol. A sua proximidade à Terra e o seu enorme tamanho fazem dela a estrela com o terceiro maior diâmetro angular vista da Terra,  menor apenas que o Sol e R Doradus. É uma das 12 estrelas em que os telescópios actuais podem visualizar o seu disco real.é uma estrela mil vezes maior que o Sol. Isto significa que se estivesse no centro de nosso Sistema Solar, se estenderia até Júpiter, passando por Mercúrio, Vênus e a Terra.

 

Betelguese e Antares

 

 

Ela é cem vezes mais brilhante que o Sol, mas tem apenas alguns milhões de anos, em contraste com os 4,5 bilhões de anos do Sol, e apesar de sua juventude, tem pouco tempo de vida. Dentro de poucos milhares de ano, ela se tornará uma supernova e então será facilmente visível da Terra.

Os astrônomos do Laboratório de Estudos Espaciais e de Instrumentação na Astrofísica (Lesia) do Observatório de Paris obtiveram as imagens mais detalhadas de Betelgeuse graças ao sistema óptico adaptável do telescópio VLT da Organização Europeia de Pesquisa Astronômica (ESO) no Chile. “A óptica adaptativa corrige a maior parte das perturbações ligadas à atmosfera”, indicou o Observatório de Paris em um comunicado.

Para destacar a cauda de gás, assim como uma gigantesca bolha que verve na superfície da estrela, os astrofísicos utilizaram uma técnica chamada de “imagem seletiva”. “Ela consiste em selecionar as melhores imagens entre milhares de poses muito rápidas que fixam as perturbações atmosféricas residuais, para depois combiná-las em uma imagem muito mais fina do que a resultante de uma só pose grande”, destacou o Observatório.

O nome  Betelgeuse é uma contração do árabe يد الجوزا yad al-jawzā, ou “a mão do (guerreiro, homem) do centro”. Jauza, o do centro, inicialmente se referia a Gemini entre os Árabes, mas em algum ponto eles decidiram se referir à Orion por este nome. Durante a Idade Média o primeiro caracter do nome , y (ﻴ, com dois ponto sob ele), foi erroneamente traduzido para o Latim como um b (ﺒ, com um ponto apenas), e Yad al-Jauza tornou-se Bedalgeuze. Então, durante o Renascimento, alguém tentou derivar o nome árabe deste nome corrompido, e decidiu que ele foi escrito originalmente como Bait al-Jauza. Esta pessoa imaginativa então declarou que Bait seria “braço” em Árabe, para surpresa dos árabes em todo o mundo. O linguista sem nome da Renascença então “corrigiu” a grafia para Betelgeuse, e o termo moderno nasceu. Para que Betelgeuse tivesse o sentido do “braço do centro”, o original deveria ser ابط Ibţ (al-Jauza).

 

betelgeuse

 

 

Outros nomes :

Al Dhira (o Braço),

Al Mankib (o Ombro)

Al Yad al Yamma (a Mão direita)

Ardra (Hindi),

Bahu (sânscrito),

Bed Elgueze

Beit Algueze

Besn (Persa) (o Braço),

Beteigeuze

Beteiguex

Betelgeuze (Bet El-geuze),

Betelgeza (Esloveno),

Betelguex

Ied Algeuze (A mão de Orion),

Yedelgeuse





Olha o passo do elefantinho!

30 07 2009

Filhote passeia entre adultosFOTO: AFP

 

O zoológico Whipsnade, na cidade britânica de Bedfordshire, apresentou nesta terça-feira um filhote de elefante asiático. O bebê, que nasceu há seis dias (22/7/2009) pesando 126 kg, já passeia entre os adultos.

Recentemente (5/7/2009) o zoológico Taronga, na Austrália comemorou o nascimento de um outro bebê de elefante asiático, nascido com 120 kg.

 

Filhote de elefante asiático nasce com 126kg

FOTO: AFP

 

No passado esses elefantes podiam ser encontrados nos territórios que abrangem grande parte da Ásia. Hoje existem só pequenas comunidades,  espalhadas em zona florestais, por vários países: Índia, Tailândia, Bangladesh, Butão, Brunei, Camboja, China, Indonésia, Laos, Malásia, Myanmar (antiga Birmânia), Nepal, Sri Lanka e Vietname. O desaparecimento dos habitats naturais empurrou estes animais para junto das populações.

Esses elefantes se alimentam principalmente de ervas e folhas de árvore. No entanto, parecem demonstrar gostar muito de produtos da horta.  Isso causa um problema sério para as populações que vivem próximo ao habitat desses paquidermes, pequenos agricultores vêem as suas culturas devastadas, rapidamente.

 

Filhote britânico

FOTO: AFP

 

Os elefantes asiáticos atingem 3 metros de altura, têm orelhas pequenas e defesas um tanto leves. Machos e fêmeas, atingem a maturidade sexual por volta dos 14 anos.  O tempo de gestação de um bebê elefante varia entre os 18 e os 22 meses.  Ao cabo desse tempo nasce apenas uma cria.  A espécie é muito utilizada pelo homem como animal de guerra, em trabalhos florestais e como meio de transporte.

Seu único predador natural é o tigre, que na maioria das vezes ataca os filhotes, porém existem casos registrados de tigres caçarem elefantes adultos.  Em circunstâncias normais a expectativa de vida de um elefante asiático é 60 anos.

 

filhote de elefante asiatico, zoo de Bedfordshire, Inglaterra

FOTO: AFP

 

As principais diferenças entre este e o elefante-africano são: costas mais arqueadas, orelhas menores, 4 unhas nas patas traseiras em vez de 3, 19 pares de costelas em vez de 21, ausência de presas de marfim nas fêmeas.

Na religião hindu, o elefante-asiático está associado a Ganexa, o deus da sabedoria.





Bicicletas elétricas têm tudo a ver com a preservação do Meio Ambiente

28 07 2009

bicicleta, modeloModelo demonstra nova, mais atualizada bicicleta elétrica no Japão.

 

Do Japão à Inglaterra as bicicletas elétricas começam a fazer estrondoso sucesso.  Melhor que carros que respeitam o meio ambiente, as bicicletas elétricas são a moda para quem se autodefine como responsável pelo meio-ambiente.   As bicicletas elétricas japonesas usam um pequeno motor elétrico que dá impulso a o ciclista, ajustando a força do motor à velocidade e à resistência do movimento do pedal.  Isso torna muito mais fácil subir uma ladeira ou levar uma carga mais pesada. 

 

bicicleta, inglaterra

Agentes imobiliários com suas bicicletas elétricas, Londres.

 

Com baterias recarregáveis estas bicicletas podem cobrir 37 km sem necessidade de recarregar a bateria.  As mais populares fabricantes do mundo de bicicletas eletrônicas são a Yamaha, Panasonic, Sanyo e Bridgestone.  E juntas elas esperam dominar o mercado não só no Oriente mas sobretudo na Europa.

FONTES

Reuters

BBC





Cinco navios romanos naufragados foram encontrados!

26 07 2009

navio romano reconstruçãoNavio romano, reconstrução.

 

Um grupo de arqueólogos descobriu um “cemitério de navios” romanos.  Ao todo foram encontrados por tecnologia de sonar, cinco antigos navios romanos, sem vestígios de exploração humana desde que afundaram, nos arredores da ilha Ventotene.   Esses navios de carga comercial do primeiro século AC ao quinto século AD, estavam a um pouco mais de 100 metros abaixo do nível do mar.  Isso os faz entrar na lista dos espólios de naufrágio descobertos nas maiores profundidades do mar Mediterrâneo, nos últimos anos.

O arquipélago de Ventotene está situado a meio caminho entre Roma e Nápoles, na costa oeste da Itália, e historicamente foi um lugar que navios procuravam quando precisavam de abrigo do mau tempo no Mar Tirreno.  “Tudo indica que esses navios estavam a caminho de abrigo mas afundaram antes de conseguir chegar a um lugar seguro,” disse Timmy Gambin, chefe do programa de arqueologia. “Isso explica porque em uma pequena área há cinco naufrágios.”  Os navios encontrados levavam carregamento de vinho, da valiosa lingüiça de peixe de origem espanhola e do norte da África, e um misterioso carregamento de tabletes de metal da Itália, provavelmente para serem usados na construção ou de estátuas ou de armas.

Ventotene_cliffs

Costa de Ventotene.

 

Gambin lembra que essas descobertas revelam os padrões de comércio durante o império romano.  Primeiro eles exportavam alimentos para suas províncias, depois, gradualmente, começaram a importar mais e mais o que eles originalmente exportavam.

Durante o império romano, o arquipélago de Ventotene era conhecido como Pandataria, e era usado para abrigar nobres que vergonhosamente  haviam sido exilados do país.  O imperador Augusto mandou sua filha Júlia para a Pandataria por causa de seu adultério.  No século XX o ditador italiano Benito Mussolini usou esta ilha com prisão para seus oponentes políticos.

r

Ânforas encontradas em Ventotene.

 

Dos naufrágios, o que resta são principalmente os carregamentos cobertos de crustáceos.  Nada sobrou das embarcações propriamente ditas que devem ter sido devoradas por vermes de madeira através dos séculos.  A profundidade em que estas cargas se encontravam ajudou a protegê-las por todos esses anos.

Fonte: Reuters   Tradução minha.





Brasil: uma terra de plantas raras

5 07 2009

holocheilus-monocephalus, campos umidos do extremo sul do Brasil, 60 cm

Holocheilus-monocephalus, nativa dos campos úmidos do extremo sul do Brasil, chega a altura de 60 cm.

 

O livro Plantas Raras do Brasil, lançado quinta-feira passada, dia 2 de julho , identifica 2.291 espécies de plantas encontradas exclusivamente no território nacional.   O trabalho, fruto de uma parceria entre a Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS) e a ONG Conservação Internacional, é resultado de dois anos de pesquisas que reuniram 175 cientistas de 55 instituições brasileiras e internacionais.

 Nas pesquisas, os cientistas também identificaram 752 áreas de relevância biológica para a conservação da flora brasileira e verificaram que 50% dessas áreas estão degradadas.   Segundo os organizadores da obra, a publicação poderá reacender uma polêmica entre cientistas e o Ministério do Meio Ambiente.

 Em uma lista divulgada em setembro do ano passado, o ministério relacionou 472 espécies da flora ameaçadas. No entanto, um consórcio formado por cerca de 300 cientistas afirma que há no Brasil 1.472 espécies ameaçadas.  O professor Alessandro Rapini, da UEFS, um dos organizadores da obra, diz que a situação da flora brasileira pode ser “mais grave” do que os números oficiais apontam.

 

calliandra-hygrophila,encontrada em campos rupestres da Serra do Sincorá, na Bahia.

Calliandra-Hygrophila, encontrada em campos rupestres da Serra do Sincorá, na Bahia.

 

O número total de espécies reconhecidas nesse levantamento significa cerca de 4% a 6% de todas as espécies de angiospermas (subdivisão do reino vegetal que compreende as plantas com flores) do país e, dada a área restrita de ocorrência, muitas delas podem ser consideradas ameaçadas de extinção“, comenta Alessandro Rapini.

Os autores ressaltam que o número de espécies raras e de áreas consideradas estratégicas no Brasil é certamente maior do que o apontado no livro. Isso se deve ao fato de algumas famílias não terem sido incluídas nessa edição ou não terem sido completamente analisadas devido ao grande número de espécies.

 Em 496 páginas, o livro traz um catálogo completo com informações sobre as famílias (são ao todo 108, dentre as 177 analisadas) e suas espécies detalhando dados e distribuição de cada uma, além de um acervo fotográfico com 113 imagens e um capítulo especial, sobre as áreas-chave para a biodiversidade (ACBs), organizadas por região geográfica.

 As áreas-chave para biodiversidade, ou ACBs, são lugares de relevância biológica detectados e delineados a partir da presença de espécies raras (distribuição restrita), endêmicas (exclusivas de uma determinada região) ou ameaçadas de extinção. No escopo da Convenção da Diversidade Biológica (CDB), as ACBs devem ser os alvos preferenciais dos governos para atividades integradas de conservação, pois há o compromisso global de proteger, até 2010, grande parte dessas áreas contra a degradação.

 

barbacenia-fanniae, tem flores rosa e pode ser encontrada no Rio de Janeiro

Barbacenia Fanniae, tem flores cor-de-rosa e pode ser encontrada no estado do Rio de Janeiro.

A Conservação Internacional informa que, das 752 ACBs identificadas a partir da presença de plantas raras, 47% apresentam alto grau de degradação, com mais de 50% de área já alterada por atividade humana. Em contraste, somente 7,8% das ACBs possuem mais de 50% de suas áreas em unidades de conservação ou terras indígenas, indicando lacunas importantes no sistema nacional de áreas protegidas.

 O vice-presidente de ciência para América do Sul, José Maria Cardoso da Silva, co-organizador da obra, diz que a situação é preocupante. “A combinação desses dois indicadores nos traz uma mensagem explosiva: se nada for feito rapidamente, estamos produzindo um evento de megaextinção de plantas brasileiras, que pode aniquilar em poucas décadas o produto de milhões de anos de evolução e criar um embaraço diplomático para o Brasil, um dos primeiros signatários da CDB, pois o governo brasileiro se comprometeu a fazer todos os esforços para evitar a perda de espécies no país“, declara.

 

paepalanthus_globulifer, encontrada na Serra do Cipó em MG, floresce o ano todo

Paepalanthus Globulifer, encontrada na Serra do Cipó em MG, floresce o ano todo.

O professor Alessandro Rapini, lembra que o que mais preocupa os cientistas no momento são espécies raras que ainda não foram detectadas. “Correm o risco de desaparecer antes mesmo de serem descritas“, afirma.  Os organizadores da publicação estimam que o Brasil detenha 15% de toda a flora mundial.

As espécies raras não estão distribuídas de forma homogênea. Os Estados campeões em número de espécies raras são Minas Gerais, com 550, e Bahia, com 484, afirmam os pesquisadores. O lançamento do livro ocorre durante o 60º Congresso Nacional de Botânica, em Feira de Santana, na Bahia.  (UOL- Ciência e Saúde)

——————

Ameaças e desafios – As ameaças à flora brasileira são muitas e ocorrem nas diferentes regiões brasileiras. Vão desde o uso não sustentado de seus componentes, até a retirada total da vegetação para dar lugar à expansão da agricultura mecanizada, de pastagens e de áreas urbanas, passando pela construção de estradas e pressão imobiliária, dentre outros. Ana Maria Giulietti, co-organizadora do livro, chama a atenção para o dilema desenvolvimento x conservação, especialmente crítico no atual contexto do planeta, com a iminência do aquecimento global. “O Brasil, pela riqueza de sua flora e pelo forte contraste cultural entre os habitantes ao longo do território, precisa utilizar estratégias de desenvolvimento que contemplem a melhoria da qualidade de vida de seu povo, com a conservação da nossa biodiversidade. Assim, informações científicas e bem embasadas como as desse livro, certamente ajudarão para a proposição de providências concretas por parte do poder público para evitar a extinção das espécies de plantas no Brasil e conservar o patrimônio natural brasileiro, promovendo o uso sustentável dos recursos naturais”, enfatiza.  — (Ambiente Brasil)

***

PLANTAS RARAS DO BRASIL é um projeto desenvolvido pela Universidade Estadual de Feira de Santana e a ONG ambientalista Conservação Internacional com objetivo combinar esforços de pesquisadores e instituições para identificar e mapear todas as espécies raras de plantas do Brasil e também as áreas mais importantes para a conservação dessas espécies. A primeira etapa do projeto foi concluída com a publicação do livro “Plantas Raras do Brasil”, lançado no dia 2 de julho de 2009, em Feira de Santana, Bahia, durante o Congresso Brasileiro de Botânica. As informações do livro estão organizadas aqui para que elas possam ser utilizadas por todos os setores da sociedade brasileira nos seus esforços para garantir a conservação da extraordinária biodiversidade existente no país. 





Tomografia revela como seria sacerdotisa egípcia

27 06 2009

meresamunSacerdotisa, Meresamun.  Reconstutuição.

 

Artistas independentes americanos utilizaram um equipamento em 3D para reconstruir a possível aparência da múmia da sacerdotisa egípcia Meresamun, que viveu há cerca de 3 mil anos. Durante 80 anos, a múmia permaneceu desconhecida em seu sarcófago porque os pesquisadores do Museu Oriental da Universidade de Chicago mantiveram o ataúde lacrado para não danificá-la. Em fevereiro deste ano, uma tomografia computadorizada em um aparelho CT-scan revelou que a múmia era mesmo de Meresamun. As informações são do site científico Live Science.

Meresamun, cantora que viveu em um templo de Tebas (onde hoje fica a cidade de Luxor, no Egito) por volta de 800 a.C, morreu de causas desconhecidas quando tinha cerca de 30 anos. Os pesquisadores criaram modelos digitais em 3D do crânio da mulher com base em tomografias computadorizadas. Em seguida, os dados foram entregues a dois profissionais especializados em arte forense para desenvolver as características faciais da sacerdotisa.

O artista Joshua Harker utilizou uma técnica tradicional e precisa, geralmente usada na identificação de vítimas de crimes, para calcular os contornos do rosto da múmia. Michael Brassell, com experiência em casos de investigação na unidade de desaparecidos da polícia estadual de Chicago, ajudou a finalizar os detalhes do rosto.

“O crânio é a condução da arquitetura facial. Todas as proporções e posições estarão lá, se você souber lê-las”, disse Harker. “Mesmo as formas dos lábios, nariz e sobrancelhas podem ser determinadas, se você souber como procurá-las”, afirmou o especialista.

Conforme Brassell, a múmia foi submetida ao mesmo método de investigação utilizado em casos de homicídio. “As tomografias ficaram muito claras, tornando mais fácil o trabalho”, avaliou. Meresamun era aparentemente alta para a época, tinha olhos grandes e a arcada dentária superior projetada para frente.

 

meresamun,urna

Urna de Meresamun.

 

“Meresamun foi, até o momento de sua morte, uma mulher muito saudável”, explicou Michael Vannier, radiologista da Universidade de Chicago que realizou os exames. O médico disse que alguns indícios encontrados nos ossos indicam que a mulher tinha uma boa alimentação e um estilo de vida ativo.

A reconstrução artística de Meresamun, a múmia e o sarcófago estão expostos no Museu Oriental da Universidade de Chicago até dezembro deste ano.

 

Fontes: Terra, Live Science





Beija-flores: muitos mergulhos por amor!

15 06 2009

beija-flor-grande

 

Uma ave tão pequenina – 8 a 10 cm —  detém o invejável recorde de ser, proporcionalmente, mais rápida  e de resistir melhor à gravidade do que do aviões caça O macho da família dos beija-flores Anna, faz tudo isso por amor.

 O velho ditado diz que o amor move montanhas.  Entre os beija-flores ele bate recordes de velocidade.  Esses colibris da espécie Ana, conseguem atingir os 27,3 metros por segundo.  Comparado ao comprimento do seu corpo, – 8,5 a dez centímetros – eles são mais rápidos do que a mais rápida das andorinhas, do que um falcão peregrino ou um jato militar.

 A velocidade atingida pelos colibris é a maior já registrada por um vertebrado, em comparação ao seu tamanho, afirma o zoólogo Christopher James Clark, da Universidade da Califórnia. O cientista conseguiu captar em fotografia de alta velocidade os vôos de acasalamento dos beija-flores machos.  Esses são os chamados vôos picados, manobras de alto risco, executadas pelos colibris para atraírem a atenção das fêmeas.  Esses vôos picados são importantes para a sedução das fêmeas, pois produzem um silvo característico, bastante forte.  As fêmeas são atraídas pelo silvo intenso.  Os vôos picados, são mergulhos rápidos, feitos em média 15 vezes próximo à fêmea.  Desta maneira os beija-flores se  submetem a mais elevada força de gravidade até hoje registrada por um vertebrado em manobra voluntária.  Os mergulhos dos machos são elemento central da sedução nos colibris, além é claro da exuberância cromática da plumagem que exibem na cabeça e pescoço durante a época de acasalamento.  Esta estratégia de sedução aerodinâmica coloca os colibris no limite das suas capacidades, escreve James Clark no texto divulgado esta semana na revista Proceedings of the Royal Society B.

Fontes:

Portal Terra

Diário de Notícias, Lisboa





Depois dos équidnas, vejamos o ornitorrinco (platipus)…

11 06 2009

platypus8Desenho ilustrativo de um ornitorrinco.

 

Não há nada igual. Quando exemplares do ornitorrinco (Ornithorhynchus anatinus), também chamado por alguns de platipus,  foram enviados da Austrália para a Inglaterra, em 1798, causaram tamanho espanto que os cientistas britânicos consideraram se tratar de uma farsa.   Não é para menos, pois o estranho animal desfila uma lista de características inusitadas. Para começar, é um mamífero que põe ovos. Apesar de pôr ovos em vez de dar à luz filhotes vivos, o ornitorrinco é um mamífero. A fêmea alimenta os filhotes com seu leite, como os outros mamíferos, mas há uma diferença importante em relação aos mamíferos placentários: as fêmeas deste animal não têm mamilos e suas crias sugam o leite materno através dos poros existentes em meio a pelagem da barriga.

platypus7

Austrália e Ilha da Tasmânia, onde podemos encotrar os ornitorrincos.

Este curioso animal combina um couro espesso e macio que cobre todo o seu corpo protegendo-o debaixo de águas geladas.   Seu bico não é ósseo, mas coberto por uma membrana sensível.  Além disso tem um sistema sensorial usado para buscar alimentos na água.  O bico fica onde na maioria dos outros mamíferos estão o nariz e os beiços.  Com este bico o ornitorrinco, que é carnívoro, apanha no fundo dos riachos, moluscos, vermes de girinos, crustáceos, peixinhos e alguns insetos aquáticos, que são seu principal alimento. Ele usa o bico como uma ferramenta para procurar na lama sua comida. As placas córneas das maxilas são usadas para mastigar e como no pato, eles não têm dentes. Mas quando as crias dos ornitorrincos estão dentro de um ovo, possuem um dente na ponta do bico chamado dente do ovo. Com ele podem perfurar a casca do ovo. Pouco tempo depois do nascimento este dente cai.

Platypus1

 

Seus pés, tanto os dianteiros como os traseiros têm garras. A fêmea usa as garras para cavar, na margem de um rio ou outro curso de água, um longo túnel – que às vezes chega a 1,80 m de comprimento, onde constrói o ninho. Põe de um a três ovos, de dois a 2,5 cm de comprimento. Os ovos são moles, de casca coriácea, como os das cobras e tartarugas. Quando os ovos se abrem, a fêmea usa a cauda para manter os filhotes junto ao seu corpo e, então, amamentá-los. Ela amamenta os filhotes durante quatro meses.  Neste período eles crescem bastante.  Nascem com menos de 2,5 cm e chegam a 30 cm de comprimento antes de serem desmamados. Os filhotes não têm pêlos quando nascem e permanecem no ninho durante vários meses.

platypus3

 

O ornitorrinco macho tem uma garra oca, ou esporão, em cada pata posterior. Os esporões são ligados a glândulas de veneno, que disparam para afugentar predadores ou competidores. O ornitorrinco arranha e envenena seus inimigos com esses esporões.

Membranas crescem entre os dedos das quatro patas do ornitorrinco. As membranas das patas dianteiras crescem muito além dos dedos, como espessas abas de pele. Os pés palmados e a cauda fazem do ornitorrinco um bom nadador e mergulhador, capaz de ficar debaixo da água por cinco minutos. Dentro da água seus olhos e ouvidos se fecham.  Quando necessita usar as garras dianteiras para cavar, o ornitorrinco dobra para trás as abas da membrana, para deixar os dedos mais livres.   Um animal adulto chega a ter 60 cm de comprimento, incluindo a cauda de cerca de 15 cm. A cauda, em forma de remo, ajuda o animal a nadar.

platypus5

Tudo isso tem aguçado, desde o século XVIII, o interesse da ciência por este  representante da ordem dos monotrematas. Estudos sobre o genoma do ornitorrinco, o estranho animal com pele, pêlos, bico de pato, rabo de castor e patas com membranas, apontaram que o animal é, ao mesmo tempo, um réptil, um pássaro e um mamífero. Agora, um grupo internacional acaba de dar a mais valiosa contribuição ao conhecimento do ornitorrinco, com o seqüenciamento de seu genoma.

Publicada na edição de 8 de maio da revista Nature, a análise revela que as características únicas do animal não se resumem ao seu exterior, mas são também destacadas geneticamente. A seqüência foi comparada com as do homem, camundongo, cão, gambá, frango e lagarto.

platypus4

Os pesquisadores descobriram que o genoma do ornitorrinco tem aproximadamente o mesmo número de genes que codificam proteínas que o genoma dos demais mamíferos – cerca de 18,5 mil. Ele também compartilha mais de 80% de seus genes com outros mamíferos cujos genomas foram seqüenciados.

Bico de pato à parte, os cientistas verificaram no genoma do animal, além de detalhes de mamíferos, características comuns aos répteis. A principal foi a presença de genes associados à fertilização de ovos. Outra é a presença de poucos receptores olfativos, diferente dos demais mamíferos.

O grupo também descobriu que o veneno produzido pelo animal deriva de duplicações em determinados genes durante a evolução, que foram herdados de ancestrais répteis.

À primeira vista, o ornitorrinco aparenta ser resultado de um acidente evolucionário. Mas, independentemente de sua aparência estranha, a seqüência de seu genoma é muito valiosa para compreender como os processos biológicos fundamentais dos mamíferos evoluíram. Comparações de seu genoma com os de outros mamíferos levarão a novas descobertas a respeito da história, estrutura e funcionamento do nosso próprio genoma“, disse Francis Collins, diretor do Instituto Nacional de Pesquisa do Genoma Humano, nos Estados Unidos, que financiou parte do estudo.

platypus2

 

Com o seqüenciamento, poderemos identificar quais genes foram conservados, quais foram perdidos e quais se transformaram durante a evolução dos mamíferos“, disse Richard Wilson, da Escola de Medicina da Universidade Washington, um dos autores da pesquisa.

 

O artigo Genome analysis of the platypus reveals unique signatures of evolution, de Wesley Warren e outros, pode ser lido por assinantes da Nature em www.nature.com  Este artigo foi baseado em grande parte na tradução do artigo da revista Nature divulgada pela agência da FAPESP.

Platypus_by_Lewin

Desenho de Lewin.

NOME CIENTÍFICO: Ornithorhynchus anatinus

NOME EM INGLÊS: Duck-Billed Platypus – The platypus

FILO: Chordata

CLASSE: Mammalia

ORDEM: Monotremata

FAMILIA: Ornithorhynchidae

CARACTERÍRSTICAS:

Comprimento do macho: 40cm, mais 13 cm de cauda.

Esporões nas patas traseiras.

Período de incubação: 10 dias

Ovos: 2 ou 3 de cada vez

Maturidade: 1 ano

Tempo de Vida: 15 anos

platypus6