O verde do meu bairro — a alamanda

8 03 2012

Grade de proteção a um edifício com alamanda.

Cá pelas minhas bandas as trepadeiras ornamentais estão tomando conta dos jardins.  Muito popular vermos, por cima das grades que protegem os edifícios, a  Alamanda, ou como minha avó chamava, Dedal de dama.

Gosto bastante do movimento verde dos jardins aqui no Rio de Janeiro.  Muros e gradís estão cada vez mais bonitos, embelezados por uma grande variedade de trepadeiras,  que nessa época do ano – alto verão — derramam um colorido vibrante por sobre o que poderíamos considerar aspectos menos estéticos das cercas, muros e grades de proteção das casas e edifícios.

A Alamanda é uma ótima planta para esse fim.  Eu mesma, quando morei num outro apartamento, num outro edifício, em Copacabana, coloquei a Alamanda “chorando” da fachada dos meus janelões no 10º andar para o andar de baixo.  Planta de muito efeito ornamental, ela precisa, pelo menos por aqui, de pouca atenção, de muito sol, e não pode ser molhada demais.   No meu caso, num longo patamar de 4 metros de comprimento, ela precisava de um pouco mais de atenção, porque estávamos à beira mar e o ar salgado nem sempre incentiva as plantas a darem o melhor de si.

Suas flores, em formato conico  têm 5 pétalas.

Descobri que ela pode ser encontrada em quase todo o território nacional, menos naqueles lugares – e são poucos – cujas temperaturas podem chegar sistematicamente abaixo de 7º centígrados. Ela é uma trepadeira muito utilizada no paisagismo porque não só tem flores bonitas e abundantes, como porque sua folhagem brilhante e espessa, com folhas ovais, pode ser também bastante decorativa. Precisa ser cultivada em pleno sol, em solo fértil, rico em matéria orgânica e com regas regulares.

Agora, prestem atenção, não deve ser plantada onde criancinhas pequenas e filhotes de animais possam querer experimentar comer de suas belas flores e folhas, porque é uma planta tóxica.

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Características:

  • Nome Científico: Allamanda cathartica
  • Sinonímia: Allamanda herndersonii
  • Nome Popular: Alamanda, dedal-de-dama, carolina, alamanda-amarela
  • Família: Apocynaceae
  • Divisão: Angiospermae
  • Origem: Brasil
  • Ciclo de Vida: Perene

Para mais informações consulte aqui: O Jardineiro

 Então, que tal sugerir ao seu síndico o plantio dessa bela trepadeira e embelezar também a sua moradia, ou a sua rua?




O verde do meu bairro: Iuca elefante!

10 02 2012

Um dos prazeres de andar nas ruas do Rio de Janeiro é descobrir a estação para floração de diversas plantas que encontramos nos jardins das casas e edifícios que nos cercam.  Há duas semanas fiquei muito feliz de dobrar uma rua próxima à praia e me deparar com essa Iuca elefante, florida, completamente florida.  Plantada de frente para o mar ela parecia estar em seu elemento, feliz com o calor do verão carioca.

Cheguei em casa com sede de saber mais sobre essa beleza.  E descobri que seu nome científico é Yucca elephantipes, natural da Guatemala e do México, portanto da América Central.  É uma arbusto que pode chegar a 6 metros de altura  [o da foto deve ter uns 4 metros ou um pouquinho mais].  É uma planta bem resistente que gosta de sol pleno, chegando a meia sombra e consegue viver com pouca água, podendo ser regada só uma vez por semana.   Gosta de solos arenosos ricos em matéria orgânica com ótima drenagem e do clima quente e seco, por isso evidentemente está entre as plantas favoritas dos jardins à beira-mar no Rio de Janeiro.

Suas flores são assim como mostra a foto, em cachos, a maioria empinada.  Como se fossem um grupo grande de pequenas campânulas.  Cachos de vistosas “conchinhas” que contrastam bastante com as folhas alongadas, que têm uma aparência de espinhosa, mas não têm espinhos, nem na pontinha.  Dizem que as flores duram bastante tempo e por isso podem ser usadas em arranjos florais.  Floresce no final da primavera e no verão.

Este arbusto encontra-se no Rio de Janeiro, à beira da praia do Leblon.  Disse-me o porteiro/jardineiro que não é planta que se pode.  As informações que consegui na internet indicam que ele estava certo, que se deve simplesmente retirar as folhas secas.  Só quando adulta ela poderia ser podada.  Mas tem uma natureza agreste que não convida à poda.

Bela opção para um jardim costeiro.  Encanta.  Foi um prazer passar um quarto de hora à volta desse exemplar.

NOME CIENTÍFICO: Yucca elephantipes

NOME POPULAR: Iuca-elefante,vela-de-pureza

FAMÍLIA: Agaviaceae.

CICLO DE VIDA: Perene.

ORIGEM: Guatemala e México.

PORTE: DE 4 a 6 metros de altura.