“Ao pé da letra”: o grupo escolhe as melhores leituras de 2023

16 12 2023
O grupo Ao Pé da Letra, em seu encontro de final do ano, na The Bakers, em Copacabana.

Hoje à tarde, o grupo de leitura Ao Pé da Letra, que se encontra há sete anos, teve sua última reunião em 2023. Esta foi em pessoa.  O grupo manteve encontros via Zoom através de 2023, com encontros extras entre as datas combinadas, daqueles com espaço na agenda para um bate-papo.  Saindo da pandemia, com membros com crianças pequenas, bebês como os da foto, um de seis meses, outro de dois e profissionais trabalhando online, ou com trabalho misto, online e presencial.  Foi um ano diferente para todos os membros. Tornou-se mais fácil encontros regulares online.

 

 

O grupo  leu os seguintes livros em 2023:

 

Berta Isla, Javier Marías

Garota, mulher, outras, Bernardine Evaristo

A vida peculiar de um carteiro solitário, Denis Thériault

Casas Vazias, Brenda Navarro

O mistério de Henri Pick, David Foenkinos

A boa sorte, Rosa Montero

As vitoriosas, Laetitia Colombani

Caderno Proibido, Alba de Céspedes

O peso do pássaro morto, Aline Bei

Vermelho amargo, Bartolomeu Campos de Queirós

Confissões, Kanae Minato

Noites Brancas, Fiodor Dostoievski

 

 

Em Primeiro Lugar, considerada a melhor leitura do ano: 

 

SINOPSE- 

Do consagrado autor de Coração tão branco e Os enamoramentos. É possível dizer que conhecemos uma pessoa, mesmo tão próxima, quando boa parte do que ela diz e faz permanece nas sombras?

Berta Isla e Tom Nevinson não passavam de adolescentes quando se conheceram e se apaixonaram. Em 1974, poucos anos depois das primeiras trocas de olhares no colégio madrilenho, já eram marido e mulher. Berta não sabia, mas Tom – filho de pai inglês e mãe espanhola, fluente em várias línguas e capaz de imitar sotaques e dicções com perfeição – fora recrutado para o serviço secreto britânico pouco antes do casamento. Tom engana Berta como pode, até que um incidente horripilante o obriga a revelar a atividade a que dedica boa parte dos dias. A regra, acatada por ela ao descobrir que o marido é um espião, e que deve valer por toda uma vida, é não fazer perguntas. Berta concorda, assim, em ignorar metade da existência de Tom, o que inclui a natureza de seus atos e os lugares por onde ele andou. Vivemos no escuro, diz ela, e mal conhecemos a pessoa com quem estamos casados. O quanto ainda há em Tom daquele adolescente que Berta conheceu e por quem se apaixonou?

Javier Marías retorna, aqui, ao tema da espionagem, eixo da monumental trilogia Seu rosto amanhã. Com a prosa elegante de sempre, disseca não apenas os perigos e dilemas morais de se levar uma vida dupla, mas as marcas que as zonas de sombra podem deixar no afeto e na intimidade.

“Haverá melhor romancista vivo que Javier Marías?”
The Independent

 

 

Segundo e Terceiro lugares vieram empatados.

SINOPSE

CARTAS, POESIA E UM AMOR INESQUECÍVEL.

Bilodo vive a tranquila vida de um carteiro sem muitos amigos nem grandes emoções. Completa diariamente seu percurso de entrega e retorna sempre à solidão de seu pequeno apartamento em Montreal. Mas ele encontrou uma excêntrica maneira de fugir dessa rotina: aprendeu a abrir as correspondências alheias sem deixar rastros e passou a ler as cartas pessoais com as quais se depara.

E foi assim que ele descobriu o primeiro grande amor de sua vida: a jovem professora Ségolène, que mantém uma misteriosa correspondência com o poeta Gaston, composta somente por haicais. Instigado pela elegância e simplicidade de seus versos, Bilodo se vê cada vez mais fascinado por essa forma de poesia. Mas quando é confrontado com a perspectiva de se ver privado das cartas de Ségolène, ele precisa tomar uma decisão que pode levá-lo mais longe do que podia imaginar. Talvez seja hora de compor seus próprios poemas de amor.

“Peculiar e charmoso com um desfecho bem executado, esta novela traz à mente nada menos do que um Kafka apaixonado.”
The Guardian

SINOPSE

“Na França, um excêntrico bibliotecário compõe um curioso acervo: o de manuscritos recusados e jamais publicados por casas editoriais. Entre esses textos enjeitados, uma jovem editora encontra por acaso um tesouro esquecido, As últimas horas de uma história de amor, escrito por um certo Henri Pick. Ela sai à sua procura e descobre que ele morreu dois anos antes. E a viúva garante que Pick nunca escreveu nada além de listas de compras… Cercado por essa atmosfera nebulosa, o romance é lançado e toma a cena literária de assalto, alterando o curso da vida de várias pessoas. Mas o mistério acerca dessa improvável obra de arte está apenas começando. Sarcástico, borgiano e vertiginoso, O mistério Henri Pick desnuda para o leitor os bastidores da indústria do livro ao mesmo tempo em que reflete sobre a natureza da escrita, da arte e da existência humana. “Um livro leve, engraçado e erudito: um deleite.” The Guardian

Ficam aqui as recomendações do grupo para leitura que todos deverão gostar. 





O grupo de leitura AO PÉ DA LETRA, vota nos melhores de 2022!

12 12 2022

 

 

Na reunião de final de ano do grupo de leitura Ao Pé da Letra houve votação dos melhores de 2022.  Parecia votação política, ora um livro estava em primeiro lugar, ora outro.  Mas no final o empate ficou mesmo só para os 4º e 5º lugares.  Ou seja, através do ano quase todos os membros leram mais de um livro de que gostaram.  Os votos se estenderam por quase a lista inteira de livros lidos.  Bom sinal.

 

O grupo leu doze livros em 2022:

1 — Um milhão de pequenas coisas, Jodi Picoult

2– A biblioteca da meia-noite, Matt Haig

3 — Gente ansiosa, Fredrik Backman

4 — A ridícula ideia de nunca mais te ver, Rosa Montero

5 — Dôra Doralina, Rachel de Queiroz

6 — Oscarina, Marques Rebelo

7 — Talvez você deva conversar com alguém, Lori Gottlieb

8 — A noiva ladra, Margaret Atwood

9 — Eliete: a vida normal, Dulce Maria Cardoso

10 –- Tudo é rio, Carla  Madeira

11 — Sobre os ossos dos mortos,  Olga Tokarczuk

12 — Antes que o café esfrie, Toshikazu Kawaguchi

 

Em primeiro lugar

 

 

SINOPSE

Uma reflexão sobre a condição humana e a natureza pela vencedora do Prêmio Nobel de Literatura 2018.

Em uma remota região da Polônia, uma professora de inglês aposentada costuma se dedicar ao estudo da astrologia, à poesia de William Blake, à manutenção de casas para alugar e a sabotar armadilhas para impedir a caça de animais silvestres. Sua excentricidade é amplificada por sua preferência pela companhia dos animais aos humanos e pela crença na sabedoria advinda do estudo dos astros. Subversivo, macabro e discutindo temas como mundo natural e civilização, este livro parte de uma história de crime e investigação convencional para se converter numa espécie de suspense existencial. Olga Tokarczuk oferece um romance instigante sobre temas como loucura, injustiça e direitos dos animais.

 

 

Em segundo lugar

 

SINOPSE

Com “Dôra Doralina”, Rachel une o Nordeste ao Rio, e é exatamente nessa união que surge o romance de amor. Sem ser um romance policial, a obra registra uma realidade regional que termina por nos inserir no quadro histórico da formação brasileira . A história de amor que une Dôra ao Comandante, sem sacrificar os personagens menores nos envolve e suas presenças completam a galeria dos que se destacam não apenas neste romance, mas em toda a obra de Rachel. A romancista conferiu a Dôra uma sensível dimensão humana, quando a vemosvivendo, amando, sofrendo, como símbolo e imagem de nossa própria condição. São duas personalidades que fascinam – das Dores. Maria das Dores e o seu comandante. Aqui está o amor como liberdade. Liberdade é a paixão da obra de Rachel.

 

Em terceiro lugar

 

SINOPSE

Best-seller instantâneo do New York Times, o novo romance do autor de Um homem chamado Ove é um “romance engraçado e emocionante”.

A busca por um apartamento não costuma ser uma situação de vida ou morte, mas uma visita imobiliária toma tais dimensões quando um fracassado assaltante de banco invade o apartamento e faz de reféns um grupo de desconhecidos.

O grupo inclui um casal recém-aposentado que procura sem parar, casas para reformar, evitando a verdade dolorosa de que não é possível reformar o casamento. Há um diretor de banco rico, ocupado demais para se preocupar com outras pessoas, e um casal que, prestes a ter o primeiro filho, não concorda sobre nada. Acrescenta-se uma mulher de 87 anos que já viveu demais para temer uma ameaça à mão armada, um corretor imobiliário assustado, mas ainda disposto a vender, e um homem misterioso que se trancou no único banheiro do apartamento, e assim completamos o pior grupo de reféns do mundo.

Cada personagem carrega uma vida de reclamações, mágoas, segredos e paixões prestes a transbordar. Ninguém é exatamente o que parece. E todos — inclusive o ladrão — estão desesperados por algum tipo de resgate. Conforme as autoridades e a imprensa cercam o prédio, os aliados relutantes revelam verdades surpreendentes e desencadeiam eventos tão inusitados que nem eles próprios são capazes de explicar.

O livro prova novamente que Backman é “mestre em escrever narrativas deliciosas, astutas e emocionantes com foco nos personagens” (USA Today). Gente ansiosa “captura a essência confusa de ser humano. (…) É esperto e tocante, e vai te fazer rir e chorar em igual medida” (The Washington Post). Esta “diversão sem-fim, que garante melhorar seu humor” (Real Simple), é prova de que o poder resistente da amizade, do perdão e da esperança podem nos salvar — mesmo nos momentos de maior ansiedade.





Fim de ano para Grupos de Leitura

10 12 2019

 

 

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Os grupos de leitura Ao Pé da Letra e Papalivros se reuniram pela quarta vez para o encontro de final de ano.  Ao todo 35 participantes fizeram a festa no restaurante/bar El Born, especializado em tapas, em Copacabana.  Muito foi comemorado neste encontro:  três futuras leitoras (bebês) integraram os grupos no início deste ano, três meninas.  O Papalivros assim passa a ter como mascotes Pedro de 5 anos e Mia que ainda não tem um aninho.  Enquanto o grupo Ao Pé da Letra tem duas bebês como futuras leitoras, Letícia e Luísa, assim como o mascote Bernardo, que nasceu já membro do grupo. E este ano o grupo recebeu também os leitores mirim Letícia de 11 anos e Leandro de 7,  filhos de novos membros,  que já vieram leitores devorando tudo que possa passar por suas mãos.

Muitas comemorações boas foram alvo dos nossos brindes.  Bodas de Prata, diversos jovens passando para universidades, membros abrindo consultórios, participando de oficinas de escrita, a publicação do romance Uma família como a nossa, de Chaia Zismán que nos honra com sua participação. Numerosas viagens. O Oriente parece ter sido o local de grande apelo além de Portugal, onde muitos passaram férias, sem tirar o brilho das cidades serranas do Estado do Rio de Janeiro e das balneárias de Minas Gerais.  O Pantanal também foi alvo de turismo, assim como a sempre favorita cidade de São Paulo. E com boa saúde fomos em frente.

 

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A primeira leitura do ano de 2020 para o Papalivros será Três rainhas, três irmãs de Philippa Gregory, enquanto o grupo Ao Pé da Letra votou no 4321 de Paul Auster, para começar o ano.  Os grupos terão aproximadamente seis a sete semanas de descanso,  primeiros encontros em 2020 no final de janeiro. A ambos os grupos, boa sorte e boas leituras.

 

NOTA: Sim temos homens como membros dos grupos de leitura, mas as melhores fotos foram com as meninas.

 





Visita do escritor Francisco Azevedo

24 09 2017

 

 

Grupo1O escritor Francisco Azevedo com o Grupo de Leitura Ao Pé da Letra, 24/09/2017.

 

 

O grupo de leitura Ao Pé da Letra teve o prazer de contar com a visita do escritor Francisco Azevedo, cujo livro Os novos moradores, lançado em junho deste ano, e já em sua segunda edição, foi a leitura escolhida para discussão no mês de setembro.

Seu terceiro romance, precedido por Arroz de Palma, Editora Record: 2008 e Doce Gabito, Editora Record: 2012, tem todas as marcas de um grande sucesso.  Situado no bairro da Gávea, no Rio de Janeiro ele se desenrola entre os ocupantes de duas casas geminadas na rua dos Oitis.  Enquanto a casa de cor cinza é habitada por uma família severa cujos membros são emocionalmente distantes uns dos outros, a outra, amarela, tem como residente uma família amorosa e alegre.  O relacionamento entre as famílias surge através dos filhos que com isso trazem para o âmago de cada núcleo familiar experiências e acontecimentos imprevisíveis.

 

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O grupo de leitores se deliciou com a franqueza, modéstia e simplicidade do autor, que dividiu com os presentes sua maneira de escrever,  explicou como as ideias se desenvolvem e abriu o leque de reações dos leitores aos seus livros, principalmente a este último, que trata de assunto familiar espinhoso. Francisco Azevedo foi espontâneo, e mostrou grande senso de humor ao se surpreender e divertir, aqui e ali, com a reação dos leitores a personagens, fatos e soluções de problemas encontrados no texto.

 

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Foi sem sombra de dúvida uma noite memorável para os leitores.  Agradecemos a presença de Francisco Azevedo e sua esposa Edvane.  Aprendemos muito sobre o processo criativo e a maneira como sincronicidade parece agir em torno de uma criação literária, tornando-a quase inevitável.  Um grande abraço de todos do Ao Pé da Letra, desejo de muito sucesso ao escritor e até o próximo encontro.  Esperamos vê-lo quando seu próximo romance sair do prelo!

 

 





Clube de Leitura de Rio das Ostras

6 07 2017

 

 

19787216_835356063295565_3605760935805239449_oPrimeiro encontro do Clube de leitura de Rio das Ostras.

 

 

Foi com muito prazer que vimos o Clube de Leitura de Rio das Ostras se formar e ter uma promissora primeira reunião.  Sua organizadora é membro do nosso grupo de leitura, Ao pé da letra, que se reúne na cidade do Rio de Janeiro, no quarto domingo do mês.  Lili Moreira, a organizadora em Rio das Ostras  é psicóloga e há anos trabalha com livros e literatura, além do exercício da psicologia.  Carioca, morou no Nordeste brasileiro de onde retém um pequeno cantar na fala.  Voltou há pouco tempo para o nosso estado.  Apesar de residir em Rio das Ostras, continua membro do grupo de leitura Ao pé da letra.

Agitando a cena cultural da cidade praieira, Lili Moreira apostou em abrir um grupo de leitura.  E deu certo.  Parabéns!

O grupo funciona da seguinte maneira: nas reuniões um livro é votado para leitura durante o mês seguinte.  Cada membro lê o livro por sua conta.  Dá-se então o encontro, em dia e hora marcados, e os temas trazidos à tona pela leitura são então discutidos por todos os presentes. Novas sugestões de leitura são consideradas e votadas para o mês seguinte.

Parabéns a todos.  Muito sucesso, que o grupo siga os exemplos do Ao Pé da Letra (um ano e meio de existência) ou do grupo Papalivros (há quatorze anos e meio lendo livros sem interrupção)!





“Ao pé da letra” comemora 1 ano de existência!

26 03 2017

 

 

img-20170326-wa00261.jpgEncontro de março de 2017, um ano de leituras.

 

 

Hoje foi uma data importante.   O grupo de leitura Ao pé da letra comemorou um ano de leituras e o início de muitas amizades duradouras.  O grupo foi formado pela longa lista de espera do grupo Papalivros.  E hoje tem uma personalidade marcante formado por pessoas com interesse de ampliar os horizontes através da leitura. Ao todo foram dezesseis livros lidos através do ano.  Aqui abaixo a lista das leituras que foram escolhidas pelos membros de maneira democrática. Esses livros mostram grande variedade de personalidades que compõem o grupo. Foram 16 livros lidos em um ano.

 

1 — Um homem chamado Ove, de Fredrick Backman

2 — Infiel, de Ayaan Hirsi Ali

3 — A mulher desiludida, de Simone de Beauvoir

4 — O romance inacabado de Sofia Stern, de Ronaldo Wrobel

5 — Dom Quixote, de Cervantes

6 — A garota de Boston, Anita Diamant

7 – Imperatriz Orquídea, Anchee Min

8 – Pequena abelha de Chris Cleave

9 – A elegância do ouriço de Muriel Barbery

10 – O último amigo, Tahar Ben Jelloun

11 – Cavalos roubados, Per Petterson

12 – O papel de parede amarelo, Charlotte Perkins Gilman

13 – As irmãs Makioka, Junichiro Tanizaki

14 – Kafka e a boneca viajante, Jordi Sierra i Fabra

15 – O tribunal da quinta-feira, Michel Laub

16 — NW, Zadie Smith

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Os grupos de leitura selecionam os melhores do ano!

13 12 2016

 

 

gilberto-geraldo-livros-oleo-sobre-tela-60x80-cm-acieNatureza morta com livros

Gilberto Geraldo (Brasil, contemporâneo)

óleo sobre tela, 60 x 80 cm

 

 

Dois grupos de leitura votaram nos livros lidos durante o ano.

 

Ao Pé da Letra

(grupo formado por 18 pessoas, leu 12 livros este ano):

 

1 — Um homem chamado Ove, de Fredrick Backman

2 — Infiel, de Ayaan Hirsi Ali

3 — A mulher desiludida, de Simone de Beauvoir

4 — O romance inacabado de Sofia Stern, de Ronaldo Wrobel

5 — Dom Quixote, de Cervantes

6 — A garota de Boston, Anita Diamant

7 – Imperatriz Orquídea, Anchee Min

8 – Pequena abelha de Chris Cleave

9 – A elegância do ouriço de Muriel Barbery

10 – O último amigo, Tahar Ben Jelloun

11 – Cavalos roubados, Per Petterson

12 – O papel de parede amarelo, Charlotte Perkins Gilman

 

 

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Melhor livro do ano:

 

a-elegancia-do-ourico1º lugar — A elegância do ouriço

Muriel Barbery

Editora Cia das Letras, 2008, 352 páginas

 

SINOPSE: À primeira vista, não se nota grande movimento no número 7 da Rue de Grenelle: o endereço é chique, e os moradores são gente rica e tradicional. Para ingressar no prédio e poder conhecer seus personagens, com suas manias e segredos, será preciso infiltrar um agente ou uma agente ou por que não? duas agentes. É justamente o que faz Muriel Barbery em A “Elegância do Ouriço”, seu segundo romance. Para começar, dando voz a Renée, que parece ser a zeladora por excelência: baixota, ranzinza e sempre pronta a bater a porta na cara de alguém. Na verdade, uma observadora refinada, ora terna, ora ácida, e um personagem complexo, que apaga as pegadas para que ninguém adivinhe o que guarda na toca: um amor extremado às letras e às artes, sem as nódoas de classe e de esnobismo que mancham o perfil dos seus muitos patrões.

 

12443009_1121336827886049_827048097_n2º lugar — O romance inacabado de Sophia Stern

Ronaldo Wrobel

Editora Record: 2016, 256 páginas

 

SINOPSE: Autor de Traduzindo Hannah, livro finalista do Prêmio São Paulo de Literatura de 2010, Ronaldo Wrobel constrói um thriller instigante neste novo romance. Na trama, o protagonista Ronaldo vive com a avó, Sofia Stern, em Copacabana. Ela é uma refugiada da guerra: nasceu na Alemanha em 1919 e veio para o Brasil às vésperas da Segunda Guerra Mundial. Quando Ronaldo encontra um diário da avó perdido no apartamento, percebe que as histórias de sua juventude revelam paixões, traições e conflitos. Ele decide trazer os fatos à tona e embarca numa viagem para preencher as lacunas do relato.

 

Capa_Um homem chamado Ove.indd3º lugar — Um homem chamado Ove

Fredrik Backman

Editora Alfaguara: 2015, 352 páginas

 

SINOPSE — Sucesso de vendas na Suécia, uma história divertida e emocionante sobre como uma única pessoa pode mudar a vida de outras — e ter sua própria vida mudada por elas.
Ove tem cinquenta e nove anos e não gosta muito das pessoas. Afinal, hoje em dia ninguém mais sabe trocar um pneu, escrever à mão ou usar uma chave de fenda.
Ninguém mais quer trabalhar e assumir responsabilidades. Todo mundo é jovem, usa calça justa e só quer saber de internet. Para Ove, uma sociedade em que tudo se resume a computadores e café instantâneo só pode decepcioná-lo.
Como se isso não bastasse, a única pessoa que ele amava faleceu. Sem sua esposa, a vida de Ove perdeu a cor e o sentido. Meses depois, ele toma uma decisão: vai dar fim à própria vida. No entanto, cada uma de suas tentativas é frustrada por algum vizinho incompetente que precisa de ajuda. Mas, quando uma estranha família se muda para a casa ao lado, Ove aos poucos passa a encarar o mundo de outra forma.
Um romance comovente que mostra como amor e bondade podem ser encontrados nos lugares mais inesperados.

 

Papalivros

(grupo formado por 20 pessoas, leu 12 livros este ano):

1 — Nora Webster, Colm Tóibin

2 — Um homem chamado Ove, Fredrik Backman

3 — O rouxinol, Kristin Hannah

4 — Bonita Avenue, Peter Buwalda

5 — O ruído das coisas ao cair, Juan Gabriel Vásquez

6 — O romance inacabado de Sofia Stern, Ronaldo Wrobel

7 — A maleta da Sra. Sinclair, Louise Walters

8 — Esnobes, Julian Fellowes

9 — A garota de Boston, Anita Diamant

10 — A garota no trem, Paula Hawkins

11 — Cinco esquinas, Mario Vargas Llosa

12 — O papel de parede amarelo, Charlotte Perkins Gilman

 

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Melhor livro do ano

 

o_rouxinol_1444939285531952sk1444939285b1º lugar — O Rouxinol

Kristin Hannah

Editora Arqueiro: 2015, 428 páginas

 

SINOPSE —  França, 1939: No pequeno vilarejo de Carriveau, Vianne Mauriac se despede do marido, que ruma para o fronte. Ela não acredita que os nazistas invadirão o país, mas logo chegam hordas de soldados em marcha, caravanas de caminhões e tanques, aviões que escurecem os céus e despejam bombas sobre inocentes.
Quando o país é tomado, um oficial das tropas de Hitler requisita a casa de Vianne, e ela e a filha são forçadas a conviver com o inimigo ou perder tudo. De repente, todos os seus movimentos passam a ser vigiados e Vianne é obrigada a fazer escolhas impossíveis, uma após a outra, e colaborar com os invasores para manter sua família viva.
Isabelle, irmã de Vianne, é uma garota contestadora que leva a vida com o furor e a paixão típicos da juventude. Enquanto milhares de parisienses fogem dos terrores da guerra, ela se apaixona por um guerrilheiro e decide se juntar à Resistência, arriscando a vida para salvar os outros e libertar seu país.
Seguindo a trajetória dessas duas grandes mulheres e revelando um lado esquecido da História, O Rouxinol é uma narrativa sensível que celebra o espírito humano e a força das mulheres que travaram batalhas diárias longe do fronte.
Separadas pelas circunstâncias, divergentes em seus ideais e distanciadas por suas experiências, as duas irmãs têm um tortuoso destino em comum: proteger aqueles que amam em meio à devastação da guerra – e talvez pagar um preço inimaginável por seus atos de heroísmo.

 

a_garota_no_trem_1454108802454388sk1454108802b2º lugar — A garota no trem

Paula Hawkins

Editora Record:2016, 378 páginas

 

SINOPSE — Todas as manhãs, Rachel pega o trem das 8h04 de Ashbury para Londres. O arrastar trepidante pelos trilhos faz parte de sua rotina. O percurso, que ela conhece de cor, é um hipnotizante passeio de galpões, caixas dágua, pontes e aconchegantes casas.
Em determinado trecho, o trem para no sinal vermelho. E é de lá que Rachel observa diariamente a casa de número 15. Obcecada com seus belos habitantes a quem chama de Jess e Jason , Rachel é capaz de descrever o que imagina ser a vida perfeita do jovem casal. Até testemunhar uma cena chocante, segundos antes de o trem dar um solavanco e seguir viagem. Poucos dias depois, ela descobre que Jess na verdade Megan está desaparecida.
Sem conseguir se manter alheia à situação, ela vai à polícia e conta o que viu. E acaba não só participando diretamente do desenrolar dos acontecimentos, mas também da vida de todos os envolvidos.
Uma narrativa extremamente inteligente e repleta de reviravoltas, A garota No Trem é um thriller digno de Hitchcock a ser compulsivamente devorado.

 

 

Capa_Um homem chamado Ove.indd3º lugar — Um homem chamado Ove

Fredrik Backman

Editora Alfaguara: 2015, 352 páginas

SINOPSE — Sucesso de vendas na Suécia, uma história divertida e emocionante sobre como uma única pessoa pode mudar a vida de outras — e ter sua própria vida mudada por elas.
Ove tem cinquenta e nove anos e não gosta muito das pessoas. Afinal, hoje em dia ninguém mais sabe trocar um pneu, escrever à mão ou usar uma chave de fenda.
Ninguém mais quer trabalhar e assumir responsabilidades. Todo mundo é jovem, usa calça justa e só quer saber de internet. Para Ove, uma sociedade em que tudo se resume a computadores e café instantâneo só pode decepcioná-lo.
Como se isso não bastasse, a única pessoa que ele amava faleceu. Sem sua esposa, a vida de Ove perdeu a cor e o sentido. Meses depois, ele toma uma decisão: vai dar fim à própria vida. No entanto, cada uma de suas tentativas é frustrada por algum vizinho incompetente que precisa de ajuda. Mas, quando uma estranha família se muda para a casa ao lado, Ove aos poucos passa a encarar o mundo de outra forma.
Um romance comovente que mostra como amor e bondade podem ser encontrados nos lugares mais inesperados.

 

Que 2017 traga bons livros a esses dois grupos de leitores.

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Final de ano concorrido, dois grupos de leitura se juntam para a festa!

12 12 2016

 

fim-de-ano-2016-3©Ao pé da letra

 

Os grupos de leitura Ao pé da letra e Papalivros fizeram sua festa de fim de ano juntos, num bistrô do Rio de Janeiro.  Trinta e quatro leitores participaram do evento. Combinaram de ler o mesmo livro, O papel de parede amarelo, da escritora americana Charlotte Perkins Gilman, um livro pequeno, um conto, publicado em 1892 e resgatado pelo movimento feminista na década de 1970 do século passado.

 

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Uma discussão de mais de trinta pessoas não daria certo.  Por isso os grupos convidaram dois palestrantes.  Primeiro a psicanalista e poeta Sonia Carneiro Leão que fez uma análise da obra do ponto de vista da psicanálise pois trata-se da escrita de um personagem que tem alucinações.

 

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Em seguida o escritor Ronaldo Wrobel falou de sua reação à obra, levando em conta a perspectiva de quem escreve.  Foi um sarau literário, sem música, mas de grande virtude por se poder ver perspectivas diferentes da mesma obra

 

dsc01660©Ladyce West

 

O encontro animado foi enriquecedor.  Depois dessas curtas palestras, trechos de livros das escritoras do grupo foram lidos.  Um verdadeiro buquê de variadas expressões literárias.

 

dsc01650©Ladyce West

 

Um jantar previamente estabelecido foi então servido, e um brinde ao ano que se aproxima, que todos esperam seja melhor do que o que finda, encerrou o encontro.

 

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FELIZ ANO NOVO a todos os leitores!

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O escritor Ronaldo Wrobel visita grupo “Ao Pé da Letra”

27 06 2016

 

 

DSC00584Encontro do grupo de leitura Ao Pé da Letra, com o escritor Ronaldo Wrobel.

 

 

Ontem foi um dia especial para o grupo  Ao Pé da Letra que contou com a presença do escritor Ronaldo Wrobel conversando sobre O romance inacabado de Sofia Stern, lançado na terça-feira passada, 21 de junho de 2016.

Estavam presentes 19 membros do grupo e seus convidados.  Todos se deliciaram com as histórias contadas pelo autor sobre sua vasta pesquisa na Alemanha, na Suíça e até mesmo em países que eventualmente foram completamente cortados do romance.  Ronaldo Wrobel, que escreve e atua como advogado, mostrou de forma descontraída e bem humorada as pequenas vitórias e os surpreendentes momentos em que o acaso  o levou a informações interessantes  na detalhada pesquisa sobre a Alemanha dos anos 30.

 

DSC00583Membros do Ao Pé da Letra ouvindo o escritor Ronaldo Wrobel.

 

Além disso o autor, com grande magnanimidade, trouxe para inspeção do grupo o último manuscrito completamente revisado, com cortes enormes e observações para si mesmo, com palavras obliteradas, parágrafos cortados, capítulos divididos ou completamente retirados, antes do manuscrito final enviado à editora.  Foi impressionante para o grupo ver o detalhamento da edição final do escritor que removeu perto de 200 páginas do manuscrito original para chegar ao texto que conhecemos como leitores.

O Ao pé da letra: leitores e amigos —  segundo grupo de leitura patrocinado pela Peregrina Cultural, um grupo de leitura independente de editoras ou de qualquer patrocínio corporativo, agradece a Ronaldo Wrobel por sua generosidade com seu tempo, conhecimento, bom humor e sobretudo sua dedicação a uma melhor literatura brasileira, mais engajada com o leitor de hoje, profissional de outras áreas que tem a leitura como companheira de vida.

O livro O romance inacabado de Sofia Stern foi publicado pela editora Record, e seu lançamento na semana passada garante que ele esteja nas melhores livrarias do país.

Para saber mais sobre a obra: Resenha

 

DSC00585Membros do Ao Pé da Letra ouvem atentamente o escritor Ronaldo Wrobel.

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