Os livros dos últimos vinte e poucos anos!

5 05 2024

Esconde esconde literário

Camille Engel (EUA, contemporânea)

óleo sobre madeira, 30 x 35 cm

 

 

 

PARTE UM

 

 

 

Listas, listas, listas de livros quem não as ama?  Uma coincidência hoje em fez com que eu passasse a tarde refletindo sobre livros lidos e listas de livros.  Uma amiga me mandou um artigo do The New York Times, [Book Review’s  Best Books Since 2000– Looking for your next great read? We’ve got 3,228. Explore the best from chosen by our editors] e como não poderia deixar de ser, fui investigar que livros eles consideraram os melhores de duas décadas e meia no século XXI.  E será que os meus favoritos estariam nesta lista?  Vou levar vocês às coisas sobre as quais rumino neste fim de semana.

Tenho refletido muito sobre escolha de livros, sobre o quanto me transformei numa pessoa mais exigente e sem paciência para algumas narrativas.  E avaliei durante este mês de abril, quando meu primeiro grupo de leitura, Papalivros, chegou à sua maioridade, 21 anos de existência, se vale a pena continuar.  Tenho considerado o desempenho do grupo, mas principalmente o meu desempenho como organizadora, porque vinte e um anos são uma geração inteira, e o mundo mudou nestas duas décadas. O mundo mudou, mudei eu e mudaram os membros.  O grupo, hoje, já não está mais tão alerta, mais tão energético quanto era.  Basta ver a maior similaridade daquilo que lemos com a lista dos favoritos dos editores do NYT. Estávamos mais engajados no passado. E me pergunto se vale a pena continuar, com o grupo nos termos estabelecidos, tanto para mim como para os membros. Uma coisa é certa: há uma alteração óbvia nos três grupos que organizo.  Há um afastamento, um relaxamento depois da pandemia.  Nenhum dos grupos é o mesmo. Nem eles são do mesmo tamanho. O comportamento das pessoas mudou. Considero portanto o que poderia ser feito para que o grupo continuasse com mais interesse e mais curiosidade pela leitura.

O modelo que escolhi em 2003 foi uma adaptação carioca de grupos de leitura que frequentei, mais que um, em diversas cidades americanas, nas décadas que morei fora do Brasil. Lá, talvez porque o hábito da leitura já esteja absorvido, há uma naturalidade nos encontros que não acontece aqui. Lá os grupos são mistos, aqui os homens que entraram desistiram.  Os encontros são nas casas das pessoas, em rotatividade, sempre.  Nunca participei de um grupo de leitura que se encontrasse em lugar público. Estabelece-se um horário, sempre dia da semana, sempre à noite.  O americano janta cedo, de modo que 20 horas é um horário que todos têm livre e já é depois do jantar.  Os encontros são cada vez na casa de um membro.  Dependendo do grupo, aquele membro oferece um café, chá, alguns biscoitos, talvez um bolo.  Ninguém vai “para comer ou beber”, comer ou beber é secundário. Outros grupos funcionam com “potluck” cada membro traz uma coisa de comes e bebes ou alguém fica responsável pelos biscoitos ou por assar um bolo para aquele encontro.  Todo americano sabe cozinhar: homem ou mulher, ou sabe comprar (muito mais raro) algum biscoito especial, e traz uma garrafa de vinho,  Mas a atenção é no livro, nas leituras, na troca de experiências literárias ou pessoais. O americano também fala no seu turno, acho que essa é uma diferença fundamental aprendida na escola quando crianças e adolescentes aprendem a organizar grupos e a aceitar propostas, a votar nelas. Eles aprendem desde cedo a seguirem a Robert’s Rules of Order, algo de que nunca ouvi falar no Brasil, mas que todo americano conhece e segue. Sendo assim, um americano nunca atrapalha o outro ou corta o outro na fala.  Esse hábito não é mantido por aqui, linhas de argumentação se perdem e frequentemente conversas paralelas surgem,  o que põe qualquer troca de ideias a perder.  Esse é verdadeiramente um hábito carioca, cultural, ao qual não consigo me acostumar.  Lá, o assunto revolve sobre o livro, o tema abordado, a vida do escritor, que mais aquele escritor publicou. “E vocês viram o artigo… no NYT, ou no Post, ou no N&O?” E como e se aquilo reflete no que você conhece da sua vida.  Por volta das 22 horas todos mais ou menos se preparam para ir embora, todos trabalham no dia seguinte.  Antes,  um novo livro foi acordado para o próximo mês.  Neste aspecto os americanos são bem mais participativos do que os cariocas.  Não sei bem porque.

 

 

 

A mesa, 1928

Georges Braque (França, 1882-1963)

óleo sobre tela, 81 x 131 cm

National Gallery, Washington DC

 

 

 

A adaptação que fiz para o Rio de Janeiro foi principalmente o ajuste do local de encontro.  Inicialmente, nos primeiros seis anos, os encontros foram na minha moradia. Ainda mantenho o hábito de receber, gosto de juntar amigos. Gosto de fazer pratos especiais.  Mas o carioca está acostumado a se encontrar fora de casa, no bar, no restaurante. Portanto, quando me mudei para um apartamento menor, as reuniões passaram a ser feitas em restaurantes. Nessa época o grupo tinha 14 membros  Os problemas se intensificaram: a conversa sobre o livro é sempre interrompida por pedidos de mais uma laranjada… gelo… e a minha ordem?  Pode trazer o sal, por favor?  Fulana, você já experimentou o pastel?  É bom?  Ah, eu não posso comer …  aqui não tem nada que eu possa comer… a atenção não se mantém no livro. Conversas paralelas surgem numa fração de segundos.  O assunto gerado pelo livro é abortado. É difícil manter a atenção dos participantes. 

Esta pequena mudança de um ambiente fechado para um ambiente público foi determinante no comportamento dos participantes. Mudou. O grupo se tornou menos dedicado às trocas de ideias sobre a leitura e mais inclinado a escapulir da agenda a qualquer momento.  Poucas vezes alguém cuida de trazer um artigo sobre o livro, sobre o escritor, até mesmo sobre o país em que a trama se desenvolve.  As conversas empobreceram.  E, houve um agravante pior:  nos sujeitamos à troca de lugares de encontro, a mercê da economia local.  Se a economia na cidade ia bem, podíamos contar com a estabilidade dos locais de encontro.  No momento em que a economia ia mal também nós sofríamos. A lanchonete onde nos encontrávamos fechou, o café que a substituiu, fechou, fomos para um restaurante tradicional, tivemos problemas: não queriam servir só salgados ou coisas rápidas; mudamos para outro restaurante mais tradicional que não nos recebeu mal mas a sala especial no terceiro andar, que haviam nos prometido não pode ser acionada depois da segunda vez que nos encontramos lá, porque a receita não era grande suficiente para eles nos abrirem o local.  Nossos encontros de domingo à tarde (horário estabelecido pelos participantes) sempre têm pessoas que almoçam tarde e não querem comer nada. Nenhum restaurante pode segurar lugares sem receita por duas ou duas horas e meia.  Até que este mesmo restaurante, que nos abrigou, fechou para obras e nem nos avisou!  Fomos para outro lugar.  Mas a luta continua sempre:  ou não consumimos o suficiente, ou não há lugares para dez pessoas. Não há acesso para deficientes. Muito barulho.  Muita música alta ou o som da televisão com o futebol não pode ser baixado.  Tudo contribui para dispersão, para falta de atenção dos componentes do grupo, mesmo aqueles que estão verdadeiramente interessados. Durante a pandemia, o grupo diminuiu de tamanho.  Os encontros foram online.  Muitos acharam que não valia a pena.  Quando voltamos ao encontro presencial, nem sempre todos aparecem. A presença varia muito, como se tivéssemos perdido o hábito. Como se a leitura e sua discussão não tivesse mais lugar, a não ser como um aposto, um extra e não um compromisso.  Ultimamente só uma ou duas pessoas se interessam de sugerir leituras.  Tem sido uma decepção.  Então, desde meados de abril, me pergunto se vale a pena o esforço de manter o grupo.  Se não é hora de fechar.  As amizades que se formaram devem perdurar. Afinal, tudo tem seu tempo. 21 anos já é uma vitória!

 

 

 

Natureza morta com fruteira na mesa, 1914-15

Pablo Picasso (Espanha, 1881-1973)

óleo sobre tela, 64 x 80 cm

Colombus Art Museum, Ohio

 

 

Aí vejo a lista dos melhores livros destas duas décadas e meia do século XXI, publicada pelo The New York Times. E quando já estava praticamente decidida a ter a última reunião do Papalivros neste mês de maio, faço a listagem dos livros selecionados por eles.  Comparo com a nossa lista de leitura e começo a reconsiderar.

Venho de uma família de leitores.  Todos liam na família, pais, avós, tios, tias.  Houve uma única vez, uma restrição a um livro que eu queria ler e minha mãe recusou.  Era Trópico de Câncer,  de Henry Miller.  Eu tinha 15 anos.  Isso ficou marcado para mim.  Mas meus pais acreditavam em deixar que nós escolhêssemos o que iríamos ler.  Nunca, a não ser na escola, fomos requisitados a ler alguma coisa. Essa tradição eu trouxe para o grupo. E muitas vezes leio o que jamais escolheria na livraria,  Às vezes tenho boas surpresas, outras simples confirmações de que não era um livro para mim.  Também nunca me considerei uma especialista em literatura mas fica claro, para mim, que sou uma pessoa que já leu muito mais do que a maioria e muitas vezes me calo.  Não há pecado maior do que mostrar conhecimento em certos momentos.  Mas, agora me pergunto, e se eu fosse um pouco mais incisiva sobre os livros que fôssemos ler?  Ou, e se eu pedisse maior envolvimento destes leitores com as obras escolhidas?  Porque quando comparo o que lemos nesses últimos 21 anos com a lista do NYT, temos muita coisa em comum.  Um grande número de acertos mesmo em se tratando de livros que precisam de tradução e portanto aparecem no Brasil, mais tarde.   Vou pensar melhor amanhã.  Obrigada por me acompanharem neste solilóquio.





Os melhores do ano do Papalivros

10 12 2023
Reunião de Final de Ano do Grupo Papalivros

 

Desde 2003, ou seja há vinte anos, o grupo de leitura Papalivros se encontra mensalmente para um papo e discussão do livro do mês.  Hoje comemoramos nosso último encontro do ano. Conversamos, brincamos com as crianças, falamos sobre Noites Brancas de Dostoiévski, livro do mês, votamos nos três melhores livros do ano, e tivemos o prazer de estarmos envolvidas, como espectadoras, no acender da quarta vela da cerimônia de Chanucá, a festividade que comemora a vitória da luz contra a escuridão, a preservação do espírito de Israel e a liberdade religiosa. Não poderia ter sido um momento mais apropriado para nos lembrarmos desse significado.  Foi uma reunião memorável. Algumas de nós estamos juntas desde o primeiro encontro. Envelhecemos juntas. Mas mesmo a mais recente participante está no grupo há muitos anos. Nem todas puderam vir hoje: de dezesseis, doze estavam presentes.

 

 

 

Houve muitos pontos altos nesta reunião. Entre eles, é claro, a votação dos melhores do ano. Aqui vão os candidatos, ou melhor, os 12 livros lidos durante o ano de 2023.

 

Lições, Ian McEwan

Ninféias negras, Michel Bussi

A tenda vermelha, Anita Diamant

O mistério de Henri Pick, David Foenkinos

Hotel Portofino, J. P. O’Connell

Orgulho e preconceito, Jane Austen

A última livraria de Londres, Madeline Martin

Uma mulher singular, Vivian Gornick

Caderno proibido, Alba de Cespedes

O sol também se levanta, Ernest Hemingway

Véspera, Carla Madeira

Noites Brancas, Fiódor Dostoiévski

 

 

Como são computados os votos.  Cada participante recebe um cédula com a lista dos livros livros.  Ao lado do título colocará a classificação de acordo com seu gosto.  Só os três primeiros colocados.  Cada número 1 recebe 3 pontos; cada segundo lugar, recebe 2 pontos e 1 ponto os que ficaram em terceiro lugar.  Ao final somamos os pontos e temos a classificação.

 

 

1º lugar em 2023:

A última livraria de Londres, de Madeline Martin

 
 
2º lugar em 2023

Orgulho e preconceito, Jane Austen

 
 
3ª lugar em 2023 deu empate:

Caderno Proibido, Alba de Céspedes  e Noites Brancas, Fiódor Dostoiévski





O grupo de leitura AO PÉ DA LETRA, vota nos melhores de 2022!

12 12 2022

 

 

Na reunião de final de ano do grupo de leitura Ao Pé da Letra houve votação dos melhores de 2022.  Parecia votação política, ora um livro estava em primeiro lugar, ora outro.  Mas no final o empate ficou mesmo só para os 4º e 5º lugares.  Ou seja, através do ano quase todos os membros leram mais de um livro de que gostaram.  Os votos se estenderam por quase a lista inteira de livros lidos.  Bom sinal.

 

O grupo leu doze livros em 2022:

1 — Um milhão de pequenas coisas, Jodi Picoult

2– A biblioteca da meia-noite, Matt Haig

3 — Gente ansiosa, Fredrik Backman

4 — A ridícula ideia de nunca mais te ver, Rosa Montero

5 — Dôra Doralina, Rachel de Queiroz

6 — Oscarina, Marques Rebelo

7 — Talvez você deva conversar com alguém, Lori Gottlieb

8 — A noiva ladra, Margaret Atwood

9 — Eliete: a vida normal, Dulce Maria Cardoso

10 –- Tudo é rio, Carla  Madeira

11 — Sobre os ossos dos mortos,  Olga Tokarczuk

12 — Antes que o café esfrie, Toshikazu Kawaguchi

 

Em primeiro lugar

 

 

SINOPSE

Uma reflexão sobre a condição humana e a natureza pela vencedora do Prêmio Nobel de Literatura 2018.

Em uma remota região da Polônia, uma professora de inglês aposentada costuma se dedicar ao estudo da astrologia, à poesia de William Blake, à manutenção de casas para alugar e a sabotar armadilhas para impedir a caça de animais silvestres. Sua excentricidade é amplificada por sua preferência pela companhia dos animais aos humanos e pela crença na sabedoria advinda do estudo dos astros. Subversivo, macabro e discutindo temas como mundo natural e civilização, este livro parte de uma história de crime e investigação convencional para se converter numa espécie de suspense existencial. Olga Tokarczuk oferece um romance instigante sobre temas como loucura, injustiça e direitos dos animais.

 

 

Em segundo lugar

 

SINOPSE

Com “Dôra Doralina”, Rachel une o Nordeste ao Rio, e é exatamente nessa união que surge o romance de amor. Sem ser um romance policial, a obra registra uma realidade regional que termina por nos inserir no quadro histórico da formação brasileira . A história de amor que une Dôra ao Comandante, sem sacrificar os personagens menores nos envolve e suas presenças completam a galeria dos que se destacam não apenas neste romance, mas em toda a obra de Rachel. A romancista conferiu a Dôra uma sensível dimensão humana, quando a vemosvivendo, amando, sofrendo, como símbolo e imagem de nossa própria condição. São duas personalidades que fascinam – das Dores. Maria das Dores e o seu comandante. Aqui está o amor como liberdade. Liberdade é a paixão da obra de Rachel.

 

Em terceiro lugar

 

SINOPSE

Best-seller instantâneo do New York Times, o novo romance do autor de Um homem chamado Ove é um “romance engraçado e emocionante”.

A busca por um apartamento não costuma ser uma situação de vida ou morte, mas uma visita imobiliária toma tais dimensões quando um fracassado assaltante de banco invade o apartamento e faz de reféns um grupo de desconhecidos.

O grupo inclui um casal recém-aposentado que procura sem parar, casas para reformar, evitando a verdade dolorosa de que não é possível reformar o casamento. Há um diretor de banco rico, ocupado demais para se preocupar com outras pessoas, e um casal que, prestes a ter o primeiro filho, não concorda sobre nada. Acrescenta-se uma mulher de 87 anos que já viveu demais para temer uma ameaça à mão armada, um corretor imobiliário assustado, mas ainda disposto a vender, e um homem misterioso que se trancou no único banheiro do apartamento, e assim completamos o pior grupo de reféns do mundo.

Cada personagem carrega uma vida de reclamações, mágoas, segredos e paixões prestes a transbordar. Ninguém é exatamente o que parece. E todos — inclusive o ladrão — estão desesperados por algum tipo de resgate. Conforme as autoridades e a imprensa cercam o prédio, os aliados relutantes revelam verdades surpreendentes e desencadeiam eventos tão inusitados que nem eles próprios são capazes de explicar.

O livro prova novamente que Backman é “mestre em escrever narrativas deliciosas, astutas e emocionantes com foco nos personagens” (USA Today). Gente ansiosa “captura a essência confusa de ser humano. (…) É esperto e tocante, e vai te fazer rir e chorar em igual medida” (The Washington Post). Esta “diversão sem-fim, que garante melhorar seu humor” (Real Simple), é prova de que o poder resistente da amizade, do perdão e da esperança podem nos salvar — mesmo nos momentos de maior ansiedade.





O grupo de leitura Papalivros, encerra festivo 2022

5 12 2022

O grupo de leitura PAPALIVROS comemora sua 19ª festa de fim de ano… Com direito a espumantes, festa encomendada, vista para o mar, e votação dos melhores do ano! VIVA! O grupo fará 20 anos de atividades ininterruptas em abril de 2023!

 

 





Melhores leituras do ano para o grupo ENCONTROS NA PRAÇA

25 12 2020

 

O grupo de leitura Encontros na Praça, inaugurado em 2020, teve  um único encontro físico, em março.  Desde então os encontros foram virtuais, por causa da pandemia do CORONA-VIRUS.  O grupo é formado por dez mulheres, de diferentes ramos de atividade,  que através dos meses de reclusão social, mudaram seus hábitos, maneiras de exercer profissões, mudaram de endereço e assim mesmo escolheram a leitura como uma das muitas maneiras de manter os longos dias fora do que era normal, preenchidos de maneira agradável.  O grupo um dia voltará a se encontrar  pessoalmente, mas por enquanto não tem previsão da data para isso acontecer, principalmente agora, no final do ano quando a cidade do Rio de Janeiro vê nova onda de contágio, pior do que no início do ano.

 

Por causa da própria pandemia houve meses em que o grupo leu mais de um livro.  Por isso, mesmo tendo só nove encontros essas leitoras se dedicaram à leitura de treze livros.

 

 

Os melhores do ano:
  • A distância entre nós, Thrity Umrigar
  • Um cavalheiro em Moscou, Amor Towles
  • A trégua, Mario Benedetti

LIVROS LIDOS

 

1 – A uruguaia, Pedro Mairal

2 – Salvando a Mona Lisa, Gerri Chanel

3 – Quatro mulheres sob o sol da Toscana, Frances Mayes

4 – A vida pela frente, Émile Ajar

5 – A distância entre nós, Thrity Umrigar

6 – Nora Webster, Cólm Toibín

7 – O leitor do trem das 6:27, Jean-Paul Didierlaurent

8 — O último amigo, Tahar Ben Jelloun

9 – Um cavalheiro em Moscou, Amor Towles

10 – O maravilhoso bistrô francês, Nina George

11 – Uma fortuna perigosa, Ken Follett 

12 – Cerejas de maio, Judy Botler

13 – A trégua, Mario Benedetti





O grupo Papalivros, escolhe as melhores leituras do ano!

6 12 2020

Livraria

Willy Belinfante (Holanda, 1922-2014)

óleo sobre tela, 30 x 49 cm

 

 

O grupo Papalivros leu os seguintes livros em 2020. 

Três irmãs, três rainhas, Philippa Gregory

O desvio, Gerbrand Bakker

Os sete maridos de Evelyn Hugo, Taylor Jenkins Reid

Os segredos que guardamos, Lara Prescott

A vida pela frente, Émile Ajar

A paciente silenciosa,  Alex Michaelides

Pátria, Fernando Aramburu

Eleanor Oliphant está muito bem, Gail Honeyman

A espiã vermelha, Jennie Rooney

O crepúsculo e a aurora, Ken Follett

A herdeira, Daniel Silva

Trânsito, Raquel Cusk

Todos os anos nas reuniões de dezembro escolhemos as melhores leituras.  Cada membro vota nas três melhores leituras do ano, em ordem de preferência.  Para cada primeiro colocado são atribuídos três pontos, para o segundo colocado atribuímos dois pontos e um ponto para o terceiro colocado por leitor.  Ao final somamos todos os pontos e o livro com o maior número ganha.  Sim, em nossos dezessete anos de leituras já tivemos empates.  Mas isso não aconteceu em 2020.  A preferência neste ano passado dentro de casa, na maioria dos meses, a preferência foram os livros de ficção histórica.  Aqui vai então a cédula de votação e o resultado.

 

Em 3º lugar:  Pátria, Fernando Aramburu

Em 2º lugar: Três irmãs, três rainhas, Philippa Gregory

  • Em primeiro lugar: O crepúsculo e a aurora, Ken Follett

Neste ano de pandemia, houve clara preferência pelos livros de ficção histórica, nem sempre essa é a escolha para esse grupo. Mas é interessante notar que dos doze livros, nove foram mencionados pelos leitores como parte dos três melhores do ano.  Isso não é comum.  Em geral há um ou dois preferidos e os votos se dividirem mais no terceiro lugar.  Muito bom, porque mesmo que alguém não tenha gostado de uma ou duas leituras, foi também capaz de ler um ou dois livros que achou muito bons. 

E assim hoje, com no dia que seria nossa festa natalina, nossa votação foi por Whatsapp e o encontro será hoje à noite via internet. Terminamos na telinha do computados o ano de leituras e encontros do Papalivros, que em 2021, completará 18 anos de existência.  Boas leituras a todos.  Ficam aqui, dessa forma, algumas sugestões para presentes neste fim de ano.

Os livros restantes em ordem de preferência:

4º lugar: Os sete maridos de Evelyn Hugo, Taylor Jenkins Reid

5º lugar, empate: A espiã vermelha, Jennie Rooney e A vida pela frente, Émile Ajar





Fim de ano para Grupos de Leitura

10 12 2019

 

 

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Os grupos de leitura Ao Pé da Letra e Papalivros se reuniram pela quarta vez para o encontro de final de ano.  Ao todo 35 participantes fizeram a festa no restaurante/bar El Born, especializado em tapas, em Copacabana.  Muito foi comemorado neste encontro:  três futuras leitoras (bebês) integraram os grupos no início deste ano, três meninas.  O Papalivros assim passa a ter como mascotes Pedro de 5 anos e Mia que ainda não tem um aninho.  Enquanto o grupo Ao Pé da Letra tem duas bebês como futuras leitoras, Letícia e Luísa, assim como o mascote Bernardo, que nasceu já membro do grupo. E este ano o grupo recebeu também os leitores mirim Letícia de 11 anos e Leandro de 7,  filhos de novos membros,  que já vieram leitores devorando tudo que possa passar por suas mãos.

Muitas comemorações boas foram alvo dos nossos brindes.  Bodas de Prata, diversos jovens passando para universidades, membros abrindo consultórios, participando de oficinas de escrita, a publicação do romance Uma família como a nossa, de Chaia Zismán que nos honra com sua participação. Numerosas viagens. O Oriente parece ter sido o local de grande apelo além de Portugal, onde muitos passaram férias, sem tirar o brilho das cidades serranas do Estado do Rio de Janeiro e das balneárias de Minas Gerais.  O Pantanal também foi alvo de turismo, assim como a sempre favorita cidade de São Paulo. E com boa saúde fomos em frente.

 

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A primeira leitura do ano de 2020 para o Papalivros será Três rainhas, três irmãs de Philippa Gregory, enquanto o grupo Ao Pé da Letra votou no 4321 de Paul Auster, para começar o ano.  Os grupos terão aproximadamente seis a sete semanas de descanso,  primeiros encontros em 2020 no final de janeiro. A ambos os grupos, boa sorte e boas leituras.

 

NOTA: Sim temos homens como membros dos grupos de leitura, mas as melhores fotos foram com as meninas.

 





Papalivros, um grupo de leitura, 15 anos de existência!

16 04 2018

 

 

30708363_10216448248102687_3601373864887582720_nBolo de comemoração dos Quinze Anos do Grupo de Leitura Papalivros

Da Graça Pâtisserie, em Copacabana

 

 

Em março de 2003, três meses após o meu retorno ao Brasil, pensei abrir caminho para novas amizades e atiçar fogo nos velhos relacionamentos depois de décadas fora do país. Resolvi fazer no Rio de Janeiro um grupo de leitura nos moldes que conhecera no estrangeiro.

Nos Estados Unidos, nos meus primeiros anos, tive o apoio da Secretaria de Estudantes Estrangeiros da Universidade Johns Hopkins.  Através deles fui apresentada a maneiras de complementar  renda e também, modos de me integrar à vida do país, o que incluiu pertencer a grupos que se encontravam não mais do que uma vez por mês.

Participei de grupos de culinária, onde a cada mês uma pessoa mostrava em sua cozinha, como fazer uma especialidade de seu país de origem.  Participei de grupo de estudos (leituras) de história da Europa. E antes mesmo de completar seis meses no país, entrei para um grupo de leitura. Grupos de leitura são comuns nos EUA.  Morei por muitos anos no país, em três diferentes estados e no Distrito de Columbia e em todos os locais fui membro de um grupo de leitura.

É um meio de se conhecer pessoas, de descobrir afinidades, aprofundar o conhecimento geral.  Ainda me lembro com prazer de algumas leituras dos dois anos em que pertenci ao primeiro grupo, na cidade de Baltimore: John Steinbeck, Of mice and men;  John Fowles, The MagusThe once and future king, T. H. White, All creatures great and small, James Herriot, Watership Down, Richard Adams, Breakfast of Champions, Kurt Vonegut,  Burr, Gore Vidal.  Desses tornei-me fã de Vidal, de Vonegut, e Fowles.  E apaixonada pela história do Rei Artur. Em outros grupos de leitura, conheci dezenas de autores americanos e estrangeiros que me roubaram o coração e a atenção.  E mais, fiz grandes amizades nesses grupos.  Pessoas com afinidades.  E aprendi, sobretudo, a respeitar os gostos de cada um, a ouvir as opiniões dos outros sem interferir e a aceitar que cada um de nós tem gosto único e que ele pode mudar através dos anos.

Minha intenção de abrir um grupo de leitura aqui no Rio de Janeiro, cidade de festa, sol, samba e extroversão, foi recebida com surpresa e descrença. Mas à maneira americana, fui pragmática.  Segui em frente até ver no que dava.  E deu samba.  Muito além das minhas expectativas.  Neste mês de abril o Grupo de Leitura Papalivros (nome escolhido por votação logo no primeiro encontro) completa 15 anos de existência.  Começamos com seis pessoas.  Minhas primas, minha cunhada, uma amiga de mamãe.  Quinze anos depois, ainda temos sete membros que entraram no primeiro ano, dos familiares só minhas primas. Somos 22 pessoas, todas mulheres, mas já foi um grupo misto. Somos leitoras.  E amigas. Nossas idades variam dos 34 anos aos 90.  E continuamos muito amigas, a cada ano, mais amigas.

15 anos, 180 livros, 180 encontros, sem nenhuma falha.  É para nos orgulharmos de nós mesmas, do nosso comprometimento, que melhor acontece quando a verdadeira amizade brota e é cuidada.  Que venham mais 15 ou 30.  É um prazer pertencer a esse grupo.

 

 





Um grupo de leitura para você!

13 08 2017

 

 

 

Slide1Bretões lendo, de Emile Vernon (França, 1872-1919), óleo sobre tela.

 

 

Eu e a Livraria Única, em Copacabana, estamos oferecendo aos nossos clientes e amigos um grupo de leitura para adolescentes de 14 a 17 anos.  Este grupo de leitura lerá um livro por mês, e se encontrará uma vez por semana, para acompanhamento da leitura.  O grupo será  pequeno,  limitado a oito adolescentes por turma, e se encontrará no Espaço Cultural da Livraria Única por 2 horas a cada encontro. O preço mensal já inclui a aquisição do livro a ser lido.

Inspirados pela importância da leitura e compreensão de texto para os bons resultados nos exames de ENEM  e sabendo que a maioria das empresas procura profissionais com habilidade de ler e escrever corretamente, depois que os jovens se formam na universidade, esse programa de leitura tem a intenção de incentivar e melhorar o entendimento de texto, desenvolver o pensamento crítico, despertar o potencial de cada leitor.

A leitura auxilia no processo de autoestima e autoconhecimento. Utilizando uma grande variedade de textos para poder dar ao leitor adolescente a melhor cobertura de leitura contemporânea.   Além disso, a leitura é um hábito que permite o leitor de adquirir conhecimentos além dos seus horizontes e assim, se tornar um  ser humano mais completo para lidar com as variações que a vida irá apresentar para cada um dos adolescentes que conhecemos e amamos.

 

GRUPO DE LEITURA  PARA JOVENS ENTRE 14 e 17 anos.

Leitura de 1 livro por mês. Um encontro semanal para discussão do livro em questão.

Vagas limitadas. Livraria Única. Em Copacabana.

Telefone e faça a sua reserva:

 

ESPAÇO ÚNICA

Av. Nossa Sra. de Copacabana 1072/ 1205

Tels: (21) 2247-7895 ou 97190-9834

www.unicagestao.com





Clube de Leitura de Rio das Ostras

6 07 2017

 

 

19787216_835356063295565_3605760935805239449_oPrimeiro encontro do Clube de leitura de Rio das Ostras.

 

 

Foi com muito prazer que vimos o Clube de Leitura de Rio das Ostras se formar e ter uma promissora primeira reunião.  Sua organizadora é membro do nosso grupo de leitura, Ao pé da letra, que se reúne na cidade do Rio de Janeiro, no quarto domingo do mês.  Lili Moreira, a organizadora em Rio das Ostras  é psicóloga e há anos trabalha com livros e literatura, além do exercício da psicologia.  Carioca, morou no Nordeste brasileiro de onde retém um pequeno cantar na fala.  Voltou há pouco tempo para o nosso estado.  Apesar de residir em Rio das Ostras, continua membro do grupo de leitura Ao pé da letra.

Agitando a cena cultural da cidade praieira, Lili Moreira apostou em abrir um grupo de leitura.  E deu certo.  Parabéns!

O grupo funciona da seguinte maneira: nas reuniões um livro é votado para leitura durante o mês seguinte.  Cada membro lê o livro por sua conta.  Dá-se então o encontro, em dia e hora marcados, e os temas trazidos à tona pela leitura são então discutidos por todos os presentes. Novas sugestões de leitura são consideradas e votadas para o mês seguinte.

Parabéns a todos.  Muito sucesso, que o grupo siga os exemplos do Ao Pé da Letra (um ano e meio de existência) ou do grupo Papalivros (há quatorze anos e meio lendo livros sem interrupção)!