Esmerado: dignitário Wari, Peru

2 07 2014

 

 

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Dignitário em pé. Costa sul do Peru, Cultura Wari, Horizonte Médio, séculos VII a XI ou seja entre os anos 600 e 1000 da Era Comum. Madeira revestida por conchas, pedras e prata. 10,2 x 6,4 x 2,6 cm Kimbell Art Museum, Fort Worth, Tx.

 

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Camelos de longos focinhos antecessores das lhamas?

20 03 2012

A descoberta de fósseis de duas espécies de camelos com focinhos alongados, no Panamá, amplia a distribuição de mamíferos no ponto mais austral da América Central.  Esses animais, que viveram há 20 milhões de anos, podem ter sido antecessores da alpaca e da lhama da América do Sul. “Nunca antes haviam sido encontrados na América Central camelos dessa antiguidade“, disse nesta quinta-feira Bruce MacFadden, curador de Paleontologia de Vertebrados do Museu de História Natural da Flórida, nos Estados Unidos.  “Estamos descobrindo uma diversidade fabulosa de novos animais que viveram na América Central, que nós nem sequer conhecíamos antes”.

Fóssil de camelo gigante do Panamá.

A descoberta lança nova luz na história dos trópicos, uma região que contém mais da metade da biodiversidade do mundo e alguns dos mais importantes ecossistemas. Aldo Rincón, geólogo que dirigiu o relatório elaborado sobre esta descoberta, ressaltou que os fósseis representam o primeiro achado destes “pequenos e estranhos” camelos na região.  “Por sua vez, confirmariam uma conexão terrestre entre a parte sul da América Central, México, Texas e Flórida no Mioceno” (há 20 milhões de anos), indicou Rincón.

Esses fósseis são os mais antigos fósseis de mamíferos encontrados no Panamá: Aguascalietia panamaensis e Aguascalientia minuta. Distinguidos um do outro, principalmente por seu tamanho, os camelos pertencem a um ramo evolutivo da família do camelo separada da que deu origem aos camelos modernos, baseados em diferentes proporções de dentes e maxilares alongados.

O cientista encontrou os fósseis na região de escavações das Cascatas durante as pesquisas paleontológicas e geológicas realizadas pelo Instituto de Pesquisa Tropical Smithsonian e pelo Museu de História Natural da Flórida em colaboração com a Autoridade do Canal do Panamá. “Além de agregar uma peça muito importante na evolução desta subfamília, os novos fósseis oferecem a oportunidade de entender a relação entre esses estranhos fósseis e os camelos atuais e as lhamas”, destacou.

Desenho de como esses camelos poderiam ter sido.

Os trópicos contêm alguns dos ecossistemas mais importantes do mundo, incluindo florestas tropicais que regulam os sistemas climáticos e servem como uma fonte vital de comida e remédios, ainda pouco se sabe da sua história, porque uma vegetação exuberante impede escavações paleontológicas.

Essa família se originou cerca de 30 milhões de anos atrás e eles são encontrados difundido na América do Norte, mas antes desta descoberta, eram desconhecidas sul do México.” disse Aldo Rincon.  O estudo mostra que, “apesar proximidade da América Central à América do Sul, não houve conexão entre os continentes porque os mamíferos na área de 20 milhões de anos atrás, todos,  tiveram origens norte-americanas. O istmo do Panamá, foi formado por volta de 15 milhões de anos depois e  a fauna cruzou a América do Sul 2,5 a 3 milhões de anos atrás”, MacFadden disse.  “As pessoas pensam de camelos como sendo no Velho Mundo, mas a sua distribuição no passado é diferente do que conhecemos hoje“, disse MacFadden. “Os ancestrais de lhamas origem na América do Norte e, em seguida, quando a ponte de terra formado cerca de 4 a 5 milhões de anos, eles se dispersaram na América do Sul e evoluiu para o, lhama alpaca, guanaco e vicunha.”

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Fontes: Terra, e Universidade da Florida





Imagem de leitura — Cláudio Bravo

25 04 2011

Sem título

Cláudio Bravo (Chile, 1936)

Óleo sobre tela

Cláudio Bravo nasceu em Valparaiso, Chile em 1936. Estudou no colégio Santo Inácio em Santiago.  Estudou arte sob a direção de Miguel Venegas Cifuentes e fez sua primeira exposição individual quando tinha 17 anos.  Emigrou primeiro para a Espanha, onde ganhou fama com retratista.  Mais tarde mudou-se para Tangier, no Marrocos, onde mora até hoje.   É um pintor realista, hiper-realista como se autodenomina, cujas naturezas mortas com freqüência são confundidas com fotografias de tão perfeitas suas pinceladas e seu conhecimento da luz.  É também um retratista extraordinário.  Talvez um dos pintores chilenos melhor conhecidos no exterior.





Mastodontes, antigos habitantes de Minas Gerais

20 04 2011
 
Mastodonte, ilustração de Jorge Blanco, 2005.

Há muito tempo, digamos há 60.000 anos atrás, uma parte de Minas Gerais era habitada por uma considerável população de mastodontes.  Mastodontes eram antepassados dos elefantes que conhecemos nos dias de hoje.  Eles viviam tanto na América do Norte como na América do Sul, e deixaram de existir há 10.000 anos atrás. 

Os mastodontes tinham aproximadamente 3 metros de altura e pesavam próximo de 7 toneladas, eram herbívoros, comiam folhas e ramos de árvores, gramíneas e frutos. Por causa disso, seus dentes eram adaptados à digestão de folhas macias. 

O nome científico dos mastodontes brasileiros é Stegomastodon waringi .  Seu tamanho era semelhante ao do elefante asiático e um pouco menor do que mastodontes encontrados em outros lugares das Américas.

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Os fósseis de um grande grupo de mastodontes, com  indivíduos de todas as idades, de bebês a idosos  – quase 40 animais , o maior grupo das Américas – foram descoberto na cidade de Araxá em Minas Gerais.  A morte desses paquidermes  pode ter sido causada por uma grande enchente que enterrou todos os membros dessa mesma “tribo” ao mesmo tempo.  

O mastodonte não habitava só a área de Minas Gerais.  Era na verdade um animal bastante comum no território brasileiro;  vestígios de sua existência aparecem em 23 dos nossos estados.  Sendo animais tão interessantes é uma pena que tenham ficado sem estudo por muito tempo.  Mas eis que alguém com boa visão e espírito empreendedor, o paleontólogo Leonardo Avilla da Unirio, decidiu há alguns anos estudar os ossos desses mastodontes que haviam ficado esquecidos nas gavetas do Museu de Ciência da Terra.  Financiada pela Faperj sua pesquisa rende ótimas informações sobre a vida na pré-história brasileira e conhecimento do hábitos e costumes desses antigos animais. 

No próximo mês de maio dos dias 11 a 13 acontecerá a terceira edição da JORNADA de ZOOLOGIA DA UNIRIO, onde trabalhos relacionados aos grandes animais como preguiças de 6m de altura, estarão sendo apresentados.

FONTES: GLOBO, Jornal da Ciência,