Lendo no parque, 1932
Ghelman Lazar (Romênia/Itália, 1887-1976)
Pastel em papelão fino, 69 x 47 cm
Lendo no parque, 1932
Ghelman Lazar (Romênia/Itália, 1887-1976)
Pastel em papelão fino, 69 x 47 cm
Vaso de flores
Eulália Assunção Vieira Faria (Brasil, 1946)
óleo sobre tela, 50 X 70 cm
Pessoas no sol [Banho de sol], 1960
Edward Hopper (EUA, 1882-1967)
Óleo sobre tela, 102 x 153 cm
National Museum of American Art, DC
“Certa vez, escrevi uma série de sonetos spencerianos tentando contar as histórias baseadas nas pinturas de Hopper. Tristes e sórdidas histórias todas elas, de pessoas patéticas, solitárias e infelizes, marginalizadas, bêbados e pedófilos, mas acabei por rasgar os sonetos e jogá-los no lixo. Os poemas sobre pinturas são pretensiosos, não importa o quanto você os burile. Ainda assim, um quadro de Hopper fazia doer lugares desconhecidos dentro de mim. Lugares onde eu era suscetível ao toque, porque as pessoas de Hopper são, também, pessoas solitárias. Só de olhar para elas você pode dizer que não são amadas e, independentemente do número de figuras no quadro, cada uma delas é um ser solitário. Como se existissem numa caixa invisível que não pode ser penetrada pelo amor, ou pelo toque. Dentro de si mesmas, elas estão entorpecidas e sem esperança.”
Em: Poesia pura, Binnie Kirshenbaum, Rio de Janeiro, Record: 2002, tradução de Lourdes Menegale, página 35.