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Outono, ilustração de Paul Bransom (1885-1979).
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Canção de Outono
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Mário Quintana
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O outono toca realejo
No pátio da minha vida.
Velha canção, sempre a mesma,
Sob a vidraça descida…
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Tristeza? Encanto? Desejo?
Como é possível sabê-lo?
Um gozo incerto e dorido
De carícia a contrapelo…
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Partir, ó alma, que dizes?
Colher as horas, em suma…
Mas os caminhos do Outono
Vão dar em parte nenhuma!
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Em: Prosa e Verso, Mário Quintana – série paradidática Globo, Porto Alegre, Edições Globo: 1978, p. 12





Lindo! Leve como o autor!
Pois essa é uma das grandes qualidades dele não é mesmo? Neste poema um LEVÍSSIMO toque melancólico. Nem dá para perceber na primeira leitura. Obrigada pelo comentário, um beijinho,
Uma trova gostosa!
Nosso , eterno e simples poeta ! 🙌🙏👏👏