Paulista eu sou há quatrocentos anos, soneto de Martins Fontes

25 01 2014

Agostinho Batista de Freitas (1927-1997)Vale do Anhangabaú,1980,ost, 50 x 70 cmVale do Anhangabaú, 1980

Agostinho Batista de Freitas (Brasil, 1927-1997)

óleo sobre tela, 50 x 70 cm

Paulista eu sou há quatrocentos anos

es

Martins Fontes

Paulista eu sou há quatrocentos anos:
Imortal, indomável, infinita,
Dos mortos de que venho, ressuscita
A alma dos Bandeirantes sobrehumanos.

Tenho o orgulho dos nossos altiplanos.
Tenho a paixão da gleba circunscrita.
Quero morrer, ouvindo a voz bendita
Dos pausados cantares paulistanos.

De minha terra, para minha terra,
Tenho vivido. Meu amor encerra
A adoração de tudo quanto é nosso.

Por ela, sonho num perpetuo enlevo.
E, incapaz de servi-la quanto devo,
Quero ao menos e amá-la quanto posso.

Em: 232 Poetas Paulistanos: antologia, Pedro de Alcântara Worms, Rio de Janeiro, Conquista:1968, p. 130

Homenagem ao aniversário da cidade de São Paulo!

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2 responses

27 01 2014
Avatar de musicaefantasia musicaefantasia

Só mesmo a mestra para mostrar que Martins Fontes foi um poeta. 😎

Ele deu nome a uma rua do centro de S. Paulo. Vários de nós cansamos de passar por lá — no tempo em que as sedes dos bancos (onde trabalhávamos) eram no centro da cidade.

PS: ainda estamos discutindo uma resposta para seu comentário mais recente. A mestra sabe que levamos muito a sério o diálogo com quem nos ensina a criar blogues.

27 01 2014
Avatar de peregrinacultural peregrinacultural

Sim, sim… estão levando muito tempo para arranjar uma resposta!!! 😀

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