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Josephine de Beauharnais, 1812
Firmin Massot (França, 1766-1849)
óleo sobre tela, 32 x 28 cm
Coleção Particular
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Josefina de Beauharnais teve só dez anos para deixar uma bela herança cultural para as gerações futuras. Durante os seis anos em que foi Imperatriz da França adquiriu, renovou e cuidou do Castelo de Malmaison, no meio de um imenso parque em Paris. Lá plantou uma grande variedade de plantas exóticas, que o marido mandava dos lugares que conquistava. Josefina continuou residindo em Malmaison e cuidando dos jardins, mesmo depois do divórcio. Conseguiu manter o parque com todas as plantas exóticas até sua morte quatro anos mais tarde. De todas as plantas que cultivava a ex-esposa de Napoleão Bonaparte preferia as rosas. E não só se dedicava a cultivá-las como a desenvolver novos exemplares.
Em 1798 Josefina de Beauharnais se tornou patrocinadora do pintor Pierre-Joseph Redouté, que havia sido pintor da corte de Maria Antonieta. Redouté era não só um excelente aquarelista mas também um botânico. Foram sua competência e arte as qualidades que o levaram a sobreviver o período de turbulência na França durante a Revolução Francesa e também ao Reino do Terror, para então, ser reconhecido também pela imperatriz Josefina.
Rosa gallica purpuro violacea magna
Redouté, nascido na Bélgica, havia aprendido a arte da pintura em casa: seu pai e avô haviam sido pintores também. Uma vez em Paris, começou a trabalhar com o irmão na decoração de interiores, mas a carreira como ilustrador botânico acabou o seduzindo quando, em 1786, foi orientado pelo botânico Charles Louis L’Héritier de Brutelle e René Desfontaines, encantados com suas aquarelas, a se dedicar a este ramo emergente que combinava a arte com a ciência.
Rosa noisettiana
Foi durante o patrocínio da imperatriz Josefina que Redouté pintou algumas das mais belas aquarelas de plantas e flores exóticas. E depois da morte de sua patrocinadora, Redouté publicou diversos livros de gravuras baseados em suas aquarelas. A precisão dos detalhes que retratava na pintura, a delicadeza e quase transparência das pétalas desenhadas com cuidado, o colorido muitas vezes em degradé na mesma pétala, tudo contribuiu para que suas gravuras fossem apreciadas até os dias de hoje. Elas são também preciosos documentos de algumas plantas que hoje se tornaram raras. Redouté morreu em 1840. Juntos Josefina de Beauharnais e Redouté deixaram uma grande contribuição para as gerações futuras. Ela, por ter-se dedicado ao desenvolvimento e plantio de plantas exóticas. Ele por tê-las documentado com suas aquarelas e distribuído seu conhecimento com suas gravuras. Hoje Malmaison é a sede do Senado francês e seus jardins são uma pequena percentagem daqueles tratados por Josefina.
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