Bandeira do Brasil, feita com pintura de mãos de crianças do Instituto La Fontaine, Belo Horizonte, MG.
http://institutolafontaine.blogspot.com
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Brasil
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Humberto de Campos
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Verde pátria que, em sono profundo,
Escondias teu régio esplendor,
Vem mostrar, para espanto do mundo,
Teus tesouros de força e de amor.
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Salve, terra dos rios enormes,
— Virgem berço da raça tupi!
Anda, acorda, desperta, se dormes,
Que teus filhos já chamam por ti!
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Se teus rios que empolam as águas,
À distância as do Oceano comtêm,
Saberemos, poupando-te mágoas,
Repelir o estrangeiro, também.
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Se nas cores que tremem nos mastros
As estrelas enfeitam teu véu,
Hás de tê-las bem alto, entre os astros,
Entre as outras estrelas do Céu!
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Salve, terra dos rios enormes,
— Virgem berço da raça tupi!
Anda, acorda, desperta, se dormes,
Que teus filhos já chamam por ti!
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Humberto de Campos Veras (Brasil, 1886 — 1934), também trabalhou com os psudônimos: Conselheiro XX, Almirante Justino Ribas, Luís Phoca, João Caetano, Giovani Morelli, Batu-Allah, Micromegas e Hélios. Foi jornalista, político, ensaísta, escritor e membro da Academia Brasileira de Letras.
Obras:
Poeira – poesia- 1910
Da seara de Booz – crônicas – 1918
Vale de Josaphat – contos – 1918
Tonel de Diógenes – contos – 1920
A serpente de bronze – contos – 1921
Mealheiro de Agripa – 1921
Carvalhos e roseiras – crítica – 1923
A bacia de Pilatos – contos – 1924
Pombos de Maomé – contos – 1925
Antologia dos humoristas galantes – 1926
Grãos de mostarda – contos – 1926
Alcova e salão – contos – 1927
O Brasil anedótico – anedotas – 1927
Antologia da Academia Brasileira de Letras – participação – 1928
O monstro e outros contos – 1932
Memórias 1886-1900 – 1933
Crítica (4 séries) – 1933, 1935, 1936
Os países – 1933
Poesias completas – reedição poética – 1933
À sombra das tamareiras – contos -1934
Sombras que sofrem – crônicas – 1934
Um sonho de pobre – memórias – 1935
Destinos – 1935
Lagartas e libélulas – 1935
Memórias inacabadas – 1935
Notas de um diarista – séries 1935 e 1936
Reminiscências – memórias -1935
Sepultando os meus mortos – memórias – 1935
Últimas crônicas – 1936
Contrastes – 1936
O arco de Esopo – contos – 1943
A funda de Davi – contos – 1943
Gansos do capitólio – contos – 1943
Fatos e feitos – 1949
Diário secreto (2 vols.) – memórias – 1954







Fiquei muito feliz por rever o poema de Humberto de Campos o qual eu li em 1955. Procurei muito e não havia encontrado nada. Comprei livros de H. de Campos e não encontrei esse poema. Muito obrigado!
Manoel foi uma prazer saber que os textos que tenho colocado por aqui ainda são apreciados! Um grande abraço e um ótimo 2013, repleto de satisfações. 🙂
O Brasil é uma grande terra! Se pudéssemos dar o respeito e o valor que nossa querida terra merece, seria uma das maiores nações mundiais, em termos de bem estar para todos! Orgulho-me de ainda ter um forte sentimento patriótico, o que significa honrar as boas tradições que aqui foram e têm sido cultivadas, respeitar nosso ambiente tão dadivoso como se fosse um tupi ( a terra é nossa mãe; temos que cuidar dela, dos oceanos, dos rios, da fauna e da flora…)
BRASIL!
Concordo com você, plenamente! 😉
É com muita alegria que leio este poema. Foi vendo meu irmão copiá-lo
na escola, curiosamente cheguei perto e li: o “Salve terra dos rios enormes, virgem berço da raça Tupi… Cantávamos esse hino todos os dias ali há mais ou menos seis meses. Então agora já canto sabendo que sei ler. Que felicidade! saudades de dona Vindu (Benvinda) , aquela professora maravilhosa, que foi pra roça, no interior da Bahia, a mais de 40km da cidade dela onde o ensino era de difícil acesso. Mudou-se por um bom tempo e graças ela pude ter acesso a vários hinos e poemas que, num livro de Erasmo Braga, éramos orientados com muita compreensão e carinho. Fez festa em 15.11.1951 e todos recitamos poesias. Isso aconteceu quando eu ia completar 7 anos.
Há muito que procuro esse poema por aqui, sem obter o resultado de hoje. Estudei muito, sou professora também. Essa lembranças continuam emocionantes pra mim.
Agradeço de coração a quem postou esse trabalho educativo tão maravilhoso.
Feliz de poder ter-lhe dado motivos para essas boas recordações. Um abraço