
Desenho indicando como seria o Pelagornis chilensis
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Novo estudo por arqueólogos que conseguiram reconstruir 70% do esqueleto do Pelagornis chilensis, uma ave marinha que viveu cerca de 10 milhões de anos atrás no Chile, constata a gigante envergadura de suas asas de no mínimo, 5 metros.
O cálculo é baseado na análise de ossos das asas preservados. Estudos anteriores apontavam que a maior envergadura de um pássaro chegava a mais de 6 metros, porém eram baseados em fósseis fragmentados, não inteiros, como neste caso.
“A evolução dos pássaros largos, por assim dizer, tinha como objetivo evitar a competição com outros pássaros“, disse Gerald Mayr, líder da equipe e paleontólogo alemão do Instituto de Pesquisa e Museu de História Natural Senckenberg. “Pássaros com asas maiores voavam mais longe e caçavam suas presas mais facilmente no oceano“, completou.
“Embora estes animais se pareçam com criaturas de Jurassic Park, eles são aves verdadeiras, e seus últimos representantes podem ter coexistido com os primeiros seres humanos na África do Norte“, disse Gerald Mayr.
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Bico serrilhado.
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A ave pertence a um grupo conhecido como pelagornithids, informalmente chamado de pássaro ósseo-dentado. Eles são caracterizados por seu longo bico fino e dentado, como se tivesse dentes. Esses “dentes” provavelmente teriam sido usados para capturar presas escorregadias em mar aberto, tais como peixes e lulas.
Uma das causas de sua extinção, apontam os especialistas, pode ser seu peso, já que com envergadura tão grande seu peso aumentava e sua velocidade e capacidade de voo eram prejudicadas.
O conhecimento do tamanho máximo que pode ser atingido por um pássaro é importante para compreender a física por trás de como os pássaros voam. Este novo fóssil, portanto, pode ajudar cientistas a avaliar melhor as limitações físicas e anatômicas em aves muito grande.
Fontes: Revista Galileu, Terra.