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A equipe arqueológica dos Guerreiros e Cavalos de Terracota do Mausoléu de Qinshihuang em Xi’an levou o Prêmio Príncipe de Astúrias de Ciências Sociais 2010, informou o júri nesta quarta-feira. Considerada uma das descobertas arqueológicas mais importantes do século XX, os Guerreiros de Terracota, também conhecidos como Guerreiros de Xi’an, “são uma fonte de informação de extraordinária riqueza sobre a civilização chinesa“, argumentou o júri.
Descobertos em 1974 e declarados Patrimônio da Humanidade pela Unesco em 1987, os Guerreiros de Xi’an fazem parte do mausoléu funerário de Qinshihuang (que governou de 221 a 207 a.C.). Ele foi o primeiro imperador que unificou os territórios da China e fundou a dinastia Qin.
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Em julho do ano passado, mais cem guerreiros foram encontrados. Arqueólogos chineses descobriram estes outros 100 guerreiros de terracota, um soldado de argila, em tamanho natural e quatro tanques de guerra. As escavações fazem parte de um esforço arqueológico desenvolvido pelo Instituto de Arqueologia de Shaanxi no últimos 24 anos — com algumas interrupções — na cidade de Xian, no centro do país.
A primeira escavação começou em 1978 e terminou em 1984 e 1.087 figuras foram encontradas. A segunda foi realizada em 1985, mas foram suspendidas por razões técnicas. Os Guerreiros de Terracota fazem parte do mausoléu construído em homenagem à morte do primeiro imperador chinês, Qin Shihuang (259 a 210 a.C.). Na crença de que precisaria de um exército e demais componentes numa outra vida o imperador foi enterrado com um exército de guerreiros de mais de oito mil figuras de soldados, músicos, concubinas, oficiais e cavalos em tamanho natural. O exército de 2 mil anos é considerado pelos pesquisadores como um dos achados arqueológicos mais importantes do mundo e uma das principais atrações da China.
As relíquias foram descobertas por acaso por camponeses, em 1974, e, desde então, se transformaram em uma das maiores atrações turísticas da China.