A Laranjeira
Júlia Lopes de Almeida
Perfumada laranjeira,
Linda assim dessa maneira,
Sorrindo à luz do arrebol,
Toda em flores, branca toda
– Parece a noiva do Sol
Preparada para a boda.
E esposa do Sol, que a adora,
Com que cuidados divinos
Curva ela os ramos, agora!
E entre as folhas abrigados,
Seus filhos, frutos dourados,
Parecem sois pequeninos.
Júlia Valentim da Silveira Lopes de Almeida (RJ 1862- RJ 1934), foi uma escritora abolicionista brasileira, contista, romancista, cronista, teatróloga. Iniciou sua carreira de escritora no jornal Gazeta de Campinas, onde morava em 1881.
Obras:
Memórias de Marta, 1889
A Família Medeiros, 1892
A Viúva Simões, 1897
A Falência, 1901
A Intrusa , 1908
Cruel Amor, 1911
Correio da Roça, 1913
A Silveirinha, 1914
A Isca, 1922
A Casa Verde (com Felinto de Almeida), 1932
Pássaro Tonto, 1934
O Funil do Diabo









