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Eu tenho uma vaca leiteira
que dá leite de toda maneira.
A minha vaquinha malhada
dá queijo, manteiga e coalhada.
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Eu tenho uma vaca leiteira
que dá leite de toda maneira.
A minha vaquinha malhada
dá queijo, manteiga e coalhada.
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MANHÃ NA ROÇA
O sol clareia o horizonte,
Canta o galo no poleiro,
Bala a ovelhinha no monte,
Piam pintos no terreiro.
A fazenda despertou,
Num ruído alvissareiro.
Na roça o sol já encontrou
O matutino roceiro.
Tudo então vibra e se agita,
Nos trabalhos da lavoura,
Enquanto a ave saltita,
Na ramagem que o sol doura.
A vaca chama o terneiro,
Que ainda dorme no curral!
Mais longe grunhem cevados,
Grasnam patos no quintal.
Eis a vida que desperta,
Para o penoso labor,
Que dará colheita certa
De lucro compensador.
Alda Pereira da Fonseca
Do livro:
Terra Bandeirante: a vida na cidade e na roça no Estado de São Paulo, 2° ano do curso básico, Theobaldo Miranda Santos, Agir: 1954, RJ
Alda Pereira da Fonseca (RJ, 1882 – ?) — Cientista carioca, especializou-se na área da botânica e representou o Ministério de Agricultura em várias comissões nacionais e também em viagem de estudos ao exterior. Além da área científica, Alda foi romancista, cronista, contista, poeta, novelista, roteirista, escritora de Literatura Infantil.
Lúcia de Lima, (RJ) – professora, arquiteta, pintora, artista plástica, trabalhando no Rio de Janeiro.
VOZES DOS ANIMAIS
Muge a vaca; berra o touro;
Grasna a rã; ruge o leão;
O gato mia; uiva o lobo;
Também uiva e ladra o cão.
Relincha o nobre cavalo;
Os elefantes dão urros;
A tímida ovelha bala;
Zurrar é próprio dos burros.
Sabem as aves ligeiras
O canto seu variar:
Fazem às vezes gorjeios
Às vezes põem-se a chilrar.
Bramam os tigres, as onças;
Pia, pia o pintinho;
Cucurica e canta o galo;
Late e gane o cachorrinho.
A vitelinha dá berros;
O cordeirinho, balidos;
O macaquinho dá guinchos;
A criancinha vagidos.
Pedro Diniz
Criança brasileira, Theobaldo Miranda Santos, Agir: 1950, Rio de Janeiro



