Ilustração de John Gannam, 1948.
Entra o sol pela vidraça
e em teu leito empalidece,
deslumbrado pela graça
que teu corpo lhe oferece.
(Durval Mendonça)
Ilustração de John Gannam, 1948.
Entra o sol pela vidraça
e em teu leito empalidece,
deslumbrado pela graça
que teu corpo lhe oferece.
(Durval Mendonça)
Chico Bento tem um pensamento desagradável, ilustração de Maurício de Sousa.
[de uma história contada por meus avós]
Walter Nieble de Freitas
“Nhô” Vicente, certo dia,
Montando o lindo alazão,
Foi fazer uma visita
Ao compadre Sebastião.
Cavalgou horas e horas,
Chegou ao entardecer:
Sua barriga roncava
De vontade de comer!
Ao vê-lo abrir a porteira,
“Nhô” Sebastião diz contente:
— Até que um dia compadre,
Você se lembrou da gente!
Apeie, vamos chegar.
Não repare na palhoça.
Como é que vai a comadre?
Vá entrando que a casa é nossa!
Tenho muito o que contar,
Sente-se aí no banquinho.
Você sabe que morreu
A mulher do Vadozinho?…
Também, a sogra do Zeca,
A jararaca mordeu:
A velha não sentiu nada
E a pobre cobra morreu!…
Sem perceber que a visita,
De fome quase morria,
“Nhô” Sebastião, na conversa,
Longas horas consumia…
“Nhô” Vicente paciencioso,
Tudo ouvia sem falar;
Porém, a sua barriga
Não parava de roncar!
Notando que seu amigo
Parecia nada ouvir,
Sentiu, o dono da casa,
Que o melhor era dormir.
Nesta altura, perguntou-lhe
Numa rural cortesia:
— O compadre lava os pés?
Vou mandar vir a bacia.
Respondeu-lhe “Nhô” Vicente,
— Isso não! de modo algum!
Acho muito perigoso
Lavar os pés em jejum.
Em: Barquinhos de papel, poesias infantis de Walter Nieble de Freitas, São Paulo, Editora Difusora Cultural: 1961, pp: 75-78.
–
–
Ilustração de livro escolar britânico da década de 1950. Veja.
–
–
Walter Nieble de Freitas
–
Sapateiro, bate sola,
Bate sola, sem parar,
Faze já os sapatinhos
Para o “seu” doutor calçar.
–
Bate sola, martelinho,
Vamos, pois, bem trabalhar:
São três horas e às quatro
“Seu” doutor vai-se casar.
–
Bate sola, martelinho,
Bate sola sem cessar:
“Seu” doutor é a pessoa
Mais ilustre do lugar!
–
Quando à noite “seu” doutor
Com a noiva for dançar:
— Que lindíssimos sapatos!
Toda gente vai falar.
–
–
Em: Barquinhos de Papel: poesias infantis, Walter Nieble de Freitas, São Paulo, Difusora Cultural:1961, pp. 45-46
NB: Agradeço ao blog Tú Lisa, yo Conda, a referência à ilustração usada nesta postagem.
–
–
Ilustração de Anne Anderson–
Quando as pedras do caminho
causam lágrimas e dores,
basta um gesto de carinho
para mudá-las em flores.
–
(Lucina Long)
–
–
–
–
Como é belo ver a planta
que abre flores nos caminhos,
nas horas em que Deus canta
pela voz dos passarinhos!
–
(José Lucas de Barros)
–
–
Ilustração anônima.–
–
Quando todos te abandonem
e ninguém te queira ver,
ela te segue e procura
pois ser mãe – é compreender!
–
(J. G. de Araújo Jorge)
–
–
–
–
–
quadrinhas para comemorar o Dia de Tiradentes
–
Por ter sido descoberto
Por Pedro Alvares Cabral,
O Brasil, caros colegas,
Pertenceu a Portugal.
–
Ouvi dizer que homens bravos.
Chefiados por Tiradentes,
Receberam nesse tempo,
O nome de inconfidentes.
–
Os nossos inconfidentes
Nutriam um ideal:
Desejavam separar
O Brasil de Portugal.
–
Joaquim Silvério dos Reis
Traiu os inconfidentes,
Destruindo dessa forma,
O sonho de Tiradentes.
–
No dia Vinte-e-Um de Abril,
Sob vivas estridentes,
Foi, no Rio de Janeiro,
Enforcado Tiradentes.
–
O exemplo que Tiradentes
Nos deu a Vinte-e-um de Abril
É a página mais linda
Da História do Brasil.
–
Quadrinhas para uso escolar de Walter Nieble de Freitas.
–
–
–
Nunca se esqueçam que as frutas
Matam a sede e a fome
E somente fazem mal
Quando a gente não as come.
–
(Walter Nieble de Freitas)
–
–
–
–
Para firmar o comércio
Das Índias e Portugal,
Uma esquadra foi entregue
A Pedro Álvares Cabral.
–
Eram treze embarcações
Com brancas velas de pano
Que iriam concretizar
Velho sonho lusitano.
–
Ao chegar às costas da África,
Cabral ordenou que a frota
Desviasse das calmarias
Que estavam em sua rota.
–
Assim procedeu a esquadra,
Para a Vinte e Dois de Abril
Chegar nesta linda terra
Hoje chamada Brasil.
–
Esse fato aconteceu
No ano de mil e quinhentos:
Um grande feito na História
Dos grandes descobrimentos.
–
Walter Nieble de Freitas
–
Em: 1000 Quadrinhas Escolares, Walter Nieble de Freitas, São Paulo, Editora Difusora Cultural: 1965.
–
–
–
–
Primavera! Que beleza!
A campina toda em flor.
É como se a natureza
despertasse para o amor.
–
(Álvaro Teixiera Fº)