Beijo, ilustração Lynn Buckham (EUA, 1918-1982, década de 50.
Um filósofo de peso
é desta sentença o autor:
o beijo é fósforo aceso
na palha seca do amor.
(Bastos Tigre, 1882-1957)
Um filósofo de peso
é desta sentença o autor:
o beijo é fósforo aceso
na palha seca do amor.
(Bastos Tigre, 1882-1957)
Cidade geométrica, 1985
Cláudio Tozzi (Brasil, 1944)
acrílica sobre tela colada em madeira, 90 x 200 cm
A minha roça eu troquei
pelas luzes da cidade.
Nesse dia eu comecei
meu plantio de saudade!
(Arlindo Tadeu Hagen)
Saudade…Perfume triste
de uma flor que não se vê.
Culto que ainda persiste
num crente que já não crê.
(Menotti Del Picchia)
Ilustração Rudolf Koivu
Vencendo o tempo e a distância
num clima de eternidade,
os natais de minha infância
permanecem na saudade.
(Ivo dos Santos Castro)
Neste mundo que nos cansa
tanta maldade se vê,
que a gente tem esperança
mas já nem sabe de quê…
(José Maria Machado de Araújo)
Procurei a felicidade
por este mundo sem fim,
sem saber que na verdade
estava dentro de mim.
(José Carlos Dutra do Carmo)
Carnaval
Dario Mecatti (Itália-Brasil, 1909-1976)
óleo sobre tela 100 x 40 cm
Triste vida a do Pierrô:
sofrer pela Colombina,
que, nos braços de Arlequim,
ri de sua triste sina!
(Paluma Filho)

Tropicana I, 1985
Anysio Dantas (Brasil, 1933 – 1990)
serigrafia tiragem 76-100, 89 x 66 cm
Walter Nieble de Freitas
Alta, esguia, majestosa,
De uma beleza sem par,
Contemplo a esbelta palmeiraaaaa
Banhada pelo luar.
A seus pés um lago azul,
Onde em calma ela se mira,
Põe na paisagem noturna
Cintilações de safira.
De longe, chega em surdina
A voz rouca das cascatas:
É a sinfonia dos rios
Soluçando serenatas.
Nessa hora em que a noite é um templo,
E o firmamento, um altar,
Sob os círios das estrelas
Em silêncio a vi rezar.
Na linguagem da saudade,
O coração da palmeira,
Pedia as bênçãos do céu
Para a terra brasileira.
Em: Barquinhos de Papel: poesias infantis, Walter Nieble de Freitas, São Paulo, Difusora Cultural:1961, pp. 61-62
Luluzinha, Glória e Plínio da revista em quadrinhos Luluzinha, criação de Marjorie Henderson Buell.
Ruth Rocha
São duas crianças lindas
Mas são muito diferentes!
Uma é toda desdentada,
A outra é cheia de dentes…
Uma anda descabelada,
A outra é cheia de pentes!
Uma delas usa óculos,
E a outra só usa lentes.
Uma gosta de gelados,
A outra gosta de quentes.
Uma tem cabelos longos,
A outra corta eles rentes.
Não queira que sejam iguais,
Aliás, nem mesmo tentes!
São duas crianças lindas,
Mas são muito diferentes.
Ilustração de Mucha.
Em amor eu sou cigana,
não divido com ninguém…
E sendo, dele, tirana,
sou dele escrava também…
(Aída Rodrigues Frango)