Minha profissão: Lucas Melo, radialista

8 06 2011

Lucas Melo

Esta é a décima-primeira entrevista da série: Minha Profissão.  Veja na coluna ao lado, a série de links para cada uma das entrevistas anteriores.

Perfil

Sou formado em Audiovisual pela Eca-Usp. Sempre gostei de televisão e percebi que fazer programas, além da piadinha, podia ser legal. Trabalhei uns anos na Mtv e agora sou assistente de direção do Legendários, da Rede Record.

Que tipo de trabalho você faz?

Assistência de direção é uma função que varia muito dependendo de onde e com quem você trabalha. Eu participo do levantamento de pautas e do desenvolvimento do roteiro de um dos quadros do programa, acompanho as gravações, tomando conta para que tudo o que planejamos seja realizado, opero câmera e vou com a matéria para a ilha de edição. Em televisão, normalmente as equipes não são gigantescas e todo mundo precisa ter noção de diferentes funções.

Você trabalha no campo de sua formação profissional ou trabalha numa área diferente daquela para qual estudou?

Trabalho na mesma área. A formação é bem generalista, até porque o audiovisual é um campo que ganhou bastante espaço nos últimos anos. Você pode trabalhar  em cinema, em televisão, em publicidade, em videoclipes, em canais corporativos, em projetos de internet, em conteúdo para celular ou em várias dessas ao mesmo tempo. Cada vez mais se tenta adaptar o conteúdo às diferentes mídias e desenvolvê-lo de um jeito diferente para cada um delas. Então, um programa de tv quer também ter uma presença interessante na internet (conteúdo exclusivo, por exemplo) e potencializar os seus jeitos de contar as histórias e de se relacionar com seu público.

Para o trabalho que você faz agora, o que poderia ter sido diferente no seu curso de formação?

Se o curso é bem abrangente, é difícil se aprofundar em muitos assuntos. Minha faculdade foi bem técnica e voltada à produção, mas acho que faltou desenvolver o transmídia, a história que não se prende à um jeito de veiculação, e também faltou mais incentivo à produção independente. Hoje é muito fácil gravar, as câmeras não são mais equipamentos caríssimos, celulares já oferecem uma captação bem boa e estamos mais flexíveis quanto à qualidade de imagem. Sendo assim, gravar com câmera de brinquedo ou com a webcam é aceito com uma escolha de linguagem, o que é demais. Já rolou um aumento na produção de vídeo, captar e publicar no Youtube é um processo muito simples e deve ser incentivado.

O que você faz para continuar a se atualizar?

Um dos jeitos é tentar consumir o máximo de clipes, vídeos, filmes, programas, shows, vlogs, webhits e séries possível. Nada muito diferente, é um rolê frequente no Youtube e o Google Reader bombando. Quando você começa a produzir conteúdo, muda muito o seu jeito de assistir também, você tá o tempo todo na função de crítico.

Você precisa usar alguma língua estrangeira frequentemente?

Eu não preciso com muita frequência, só quando aparece uma viagem pra fora do país. Mas, sem dúvida, é importante pelo menos o inglês, porque vez ou outra essas situações acontecem. Quem precisa produzir convidados gringos ou trabalha em empresas multinacionais, por exemplo, usa mais outros idiomas.

Que conselho daria a um adolescente que precisa decidir que carreira escolher?

Acho que temos que tirar esse peso do “carreira a escolher”, não dá para, antes da faculdade, ficarmos desesperadamente procurando o nosso dom que passou vários anos escondido. A noia do “tenho que descobrir” e do “tenho que acertar de primeira” não ajuda muito. A gente precisa dar espaço para pegar caminhos errados, mudar de ideia até descobrir o que mais interessa no momento, sem essa de previsão para o resto da vida. Quem pensa em produzir vídeo, para a inveja dos pretendentes a médico, tem a sorte de não esbarrar no “exercício ilegal da profissão”, dá pra criar e aprender pra caramba mesmo sem (ou antes de) entrar na faculdade.

Você tem um lugar na internet que gostaria de mostrar para os nossos leitores? Um blog, twitter?

www.quasefilme.com

Projeto de pequenos documentários sobre pessoas, que fiz junto com meu amigo Fernando Garrido

@lucasmelo_

o traço no final é chato, mas é que já existem outros Lucas Melo por aí.





Minha profissão: Cris Bauer, analista de sistemas

15 03 2011

Cris Bauer

Esta é a quinta entrevista com o título Minha profissão, que foca em jovens profissionais falando sobre suas preparações para exercerem as profissões que têm.  As anteriores incluem: bibliotecária, músico, comércio exterior, veja links abaixo.

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Cris Bauer, analista de sistemas

Perfil

Mil caminhos a seguir e seguindo todos. OK, nem sempre os caminhos são compatíveis, mas não perco um único cruzamento! Para aqueles que acreditam, uma perfeita geminiana.

 Que tipo de trabalho você faz?

Sou Analista de Sistemas e trabalho com sites para internet e produtos voltados para Telefonia Celular, como jogos, promoções, etc. Há pouco abri uma loja de perfumaria e presentes personalizados. Uma forma de não virar uma “nerd’.

Você trabalha no campo de sua formação profissional ou trabalha numa área diferente daquela para qual estudou?

Sim!  Me formei em Ciência da Computação e em Comunicação Social. A junção dos dois cursos é meu diferencial no meu trabalho, pois consigo fazer a interface entre a área de tecnologia e todas as outras áreas – marketing, comercial, jurídico e principalmente, o cliente externo.

Também escrevo para um jornal local e até mesmo para a loja, os cursos me ajudaram bastante. Consegui bastante noção administrativa, de logística, desembaraço para lidar com os clientes. Com isso, basta liberar a criatividade.

Para o trabalho que você faz agora, o que poderia ter sido diferente no seu curso de formação?

Difícil dizer,  pois eu já trabalhava na área durante o curso de Computação, então eu mesma ia “escarafunchando” tudo o que eu achava interessante.

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O que você faz para continuar a se atualizar?

Estou sempre em contato com várias pessoas de diversas empresas acompanhando todas as novidades. Leio bastante revistas, blogs, sites especializados.

Você precisa usar alguma língua estrangeira frequentemente?

Inglês! A tecnologia está realmente integrada em todo o mundo e um único projeto engloba equipes de vários países. Espanhol tem sido um grande diferencial.

Que conselho daria a um adolescente que precisa decidir que carreira escolher?

Primeiro preste atenção na área que realmente goste. Nada pior do que tentar trabalhar com algo que não gostamos. Segundo lugar, tenha calma e não se entusiasme com as “profissões da moda”. Estude com carinho o mercado de trabalho e as perspectivas de crescimento, levando em conta a região onde mora e sua disponibilidade/vontade de se mudar ou não.

Você tem um lugar na internet que gostaria de mostrar para os nossos leitores? Um blog, twitter?

Tenho um blog que anda meio abandonado, mas onde escrevo de vez em quando.

www.crisb.zip.net

Também estou no Twitter, mas uso mais para informações informais

@crisbauer

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Veja outras profissões: 

BIBLIOTECÁRIA 

MÚSICO 

COMÉRCIO INTERNACIONAL

FOTÓGRAFO





Minha profissão: Inácio Moraes, fotógrafo

10 03 2011

 

Inácio Moraes 

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Esta é a quarta entrevista com o título Minha profissão, que foca em jovens profissionais falando sobre suas preparações para exercerem as profissões que têm.  As anteriores incluem: bibliotecária, músico, comércio exterior, veja links abaixo.

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Perfil

Me chamo Inácio Moraes, sou formado em Cinema e me especializei na área da Fotografia.  No início de minha carreira, atuei como assistente e operador de câmeras. Atualmente, me dedico à fotografia estática, trabalhando na cobertura de eventos, programas e peças publicitárias diversas.
 

Que tipo de trabalho você faz?

Meu trabalho consiste em capturar instantâneos que  melhor representem o assunto fotografado. A profissão de fotógrafo exige muita paciência, criatividade e bom relacionamento com clientes, modelos e envolvidos na ocasião do registro fotográfico. A carreira tem algumas áreas de especialização: fotojornalismo (minha paixão); moda; produtos; arquitetura; paisagem; esportes; eventos (casamentos, aniversários, exposições…)

 
Você trabalha no campo de sua formação profissional ou trabalha numa área diferente daquela para qual estudou?

Não exatamente. Possuo formação de cineasta, e estou apto a atuar nos diversos setores que envolvem uma produção cinematográfica ou televisiva. No entanto, meus interesses pessoais me carregaram para a fotografia, que no cinema é muito mais ampla e elaborada. Inclusive, aconselho todos os fotógrafos que se interessarem a procurar um bom curso de Direção de Fotografia para cinema.

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Para o trabalho que você faz agora, o que poderia ter sido diferente no seu curso de formação?

 
Sem dúvida a falta de investimentos técnicos e a ausência de um plano de inserção no mercado de trabalho. A universidade não oferecia aos alunos nenhum tipo de programa para encaminhá-los ao núcleo profissional e para ajudá-los nas escolhas de suas especializações.
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Trigêmeos, fotografia Inácio Moraes.

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O que você faz para continuar a se atualizar?

 
A internet tem sido minha ferramenta de estudo, e acredito que seja o melhor caminho para a profissão. A interatividade que a internet dispõe facilita o aprendizado técnico, no entanto a teoria ainda está muito bem guardada nos livros de grandes mestres da Luz.  Um ótimo site técnico: www.dpreview.com
 
 
Você precisa usar alguma língua estrangeira frequentemente?
 

Dificilmente utilizo outro idioma, mas, aos que possuem outra língua fluente, há um amplo mercado de trabalho em navios, para cobrir viagens pela costa brasileira e no exterior. O salário varia entre 1,200 e 3,000 dólares e os contratos costumam ser de 6 meses.
 
Que conselho daria a um adolescente que precisa decidir que carreira escolher?

Converse com profissionais atuantes e, caso façam uma escolha equivocada,  NÃO TENHAM MEDO de redirecionar sua carreira.
 

 Você tem um lugar na internet que gostaria de mostrar para os nossos leitores? Um blog, twitter?

Para um fotógrafo é indispensável manter um site com portfólio online: www.flickr.com/inaciomoraes
 Twitter: @inacio_moraes

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Veja outras profissões: 

BIBLIOTECÁRIA 

MÚSICO 

COMÉRCIO INTERNACIONAL