Novos murais descobertos em Pompeia

15 04 2024
Mural de sala de jantar escavado em Pompeia. Foto: Parque Arqueológico de Pompeia.

Nova escavação revela um salão de banquetes com murais inspirados na Guerra de Troia.  A casa encontra-se na quadra 10 do Regio IX no sítio arqueológico de Pompeia.  Essas pinturas murais vieram a público no último dia 11 de abril.

 

 

 

Leda e o cisne. Mural de sala de jantar escavado em Pompeia. Foto: Parque Arqueológico de Pompeia.

 

 

Os murais são do Terceiro Estilo, cuja característica é o uso de fundos de uma só cor, pinturas populares durante o primeiro século AD.  Tudo indica que o tema dominante nestes pinturas murais é o heroísmo, conclusão que justifica os pares de heróis e deuses representados.

A pintura mural nos salões de banquetes em geral era programada com temas que viessem a dar aos convidados assuntos de interesse para a troca de ideias conversas, e com isso já estabelecer a priori as preferências dos donos da casa. Acredita-se também que a luz trazida para as salas de banquete era inconsistente e com isso havia o efeito das imagens nas paredes parecerem ter movimento, principalmente depois de algumas taças de vinho campaniano, como mencionado em Virgílio.

 

 

 
Foto: Parque Arqueológico de Pompeia.

 

 

A Guerra de Troia é um daqueles eventos que levam ao debate por aqueles que estudam o passado, porque não há provas concretas de que o conflito aconteceu verdadeiramente.  A Ilíada de Homero  menciona que o conflito começou com Paris, o filho do Rei de Troia em uma decisão sobre a beleza entre as deusas Hera, Atena e Afrodite. Paris escolheu Afrodite como a mais bela.  Como prêmio por sua decisão, a ele foi dado o amor de Helena, que já estava casada com o rei de Esparta.  A guerra portanto começou quando o rei Menelau quis sua esposa de volta.





Tumba de mestre-cervejeiro descoberta em Luxor

4 01 2014

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Um mestre-cervejeiro da corte certamente tinha um bom status social no antigo Egito.  Podemos concluir isso depois que especialistas japoneses descobriram em Luxor, no sul do Egito, uma tumba de um chefe cervejeiro, da época de Ramsés II, ou seja, dos séculos XII a XI antes da Era Comum.  Sua cervejaria era dedicada à deusa Mut.   Sabemos disso graças às descobertas anunciadas no dia 2 de janeiro, pelo ministro egípcio de Antiguidades, importantes detalhes da vida cotidiana do dono da cervejaria, identificado como Junsu-Im-Heb, [ou Khonso Em Heb] é um passo importante para se reconstruir a vida diária dos cidadãos da civilização do Nilo.  A família do mestre cervejeiro, que também está retratada, viveu a 3.200 anos atrás.

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Jiri Kondo, chefe da equipe da universidade japonesa de Waseda, explicou que o sepulcro foi descoberto enquanto faziam trabalhos de limpeza para um estudo da tumba TT-47, pertencente a um alto funcionário da época do rei Amenhotep III.

As pinturas murais encontradas mostram diversos aspectos da vida diária da época e da família de Junsu-Im-Heb. Mostram com naturalidade a relação entre um marido, sua esposa e seus filhos, e também como faziam suas práticas religiosas. Seu estudo trará valioso conhecimento sobre o cotidiano da vida a mais de 3.000 anos passados.

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A tumba, repleta de pinturas murais, foi construída numa planta em formato de T, tem dois salões além da câmara mortuária e mostra curiosas cenas do dia a dia, retratando inclusive a admiração de diferentes pessoas antes de um ritual funerário, conhecido como “Abrir a Boca” da época.  Curiosamente esta tumba está ligada à câmara mortuária de uma pessoa chamada Houn, mas ainda não identificada. Além das paredes laterais internas, o teto da tumba também mostra imagens pintadas com delicadeza, imagens precisas e de grande beleza.  Há também a uma pintura representando o pôr do sol.

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Se você está intrigado com essa tumba, e se pergunta por que um mestre cervejeiro teria o status de importância para justificar tanto luxo, talvez seja bom lembrar que uma das primeiras bebidas feitas pelo homem foi a cerveja, que era na antiguidade consumida por todos, jovens, velhos e crianças. Era bebida por ricos e pobres e a cerveja fazia parte dos rituais religiosos diários e em grandes cerimônias. No Egito antigo a cerveja era mais doce e mais grossa do que a bebida que conhecemos hoje.

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Para evitar o saque o governo egípcio aumentou a segurança em torno da tumba até que sejam analisadas todas suas partes. Eventualmente o público terá acesso aos achados nessa tumba. Luxor é uma cidade de 500.000 habitantes, localizada às margens do Nilo, no sul do Egito. É considerada um museu ao ar-livre por causa do grande número de templos e tumbas faraônicas encontradas lá.

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Fontes: The Atlantic, Terra — Fotos: Luxor Times e France Press.