Novas e raras espécies descobertas no Atlântico

8 07 2010

Pesquisadores do programa internacional Mar-Eco descobriram animais raros e mais de 10 possíveis novas espécies em uma viagem que, segundo eles, revolucionou o pensamento sobre a vida nas profundezas do Oceano Atlântico. As informações são da Universidade de Aberdeen, no Reino Unido.

Os cientistas estavam completando a última etapa do programa de pesquisa internacional, que faz parte do Censo da Vida Marinha, quando descobriram as espécies. Entre as criaturas capturadas pela equipe foi encontrado um grupo que se acredita estar próximo da conexão evolucionária que falta entre animais invertebrados e vertebrados.

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A Euryalid Ophiuroid – Gorgonocephalus sp ., conhecida como Star Basket ou Gorgon Head Starfish, foi capturada a cerca de 800m abaixo do nível do mar no Oceano Atlântico.   Foto: David Shale

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A pesquisa está sendo liderada por cientistas da Universidade de Aberdeen e envolve 16 cientistas de vários países, ao longo da crista do meio do Atlântico, que fica entre a Islândia e Os Açores.

A área explorada fica abaixo das águas frias da corrente do Golfo e das águas quentes do sul. Os pesquisadores utilizaram um veículo de exploração submarina operado por controle remoto (ROV, na sigla em inglês) para chegar a profundidades entre 700 m e 3.600 m.

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A Polynoid Polychaete foi localizada há 2.500 m abaixo do nível do mar no Oceano Atlântico. Foto: David Shale

 

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Segundo o professor Monty Priede, diretor do Oceanlab da Universidade, os cientistas envolvidos no projeto ficaram surpresos ao ver quantos animais vivem dos dois lados da crista, e que existem diferenças entre os animais do sul e os do norte.

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FONTE: Terra





Novas espécies de rãs, víboras, e mais descobertas no Nepal

10 08 2009

O escorpião Heterometrus nepalensis, catalogado em 2004 no Nepal, pode alcançar 8 cm de comprimento

O escorpião Heterometrus nepalensis, catalogado em 2004 no Nepal, pode alcançar 8 cm de comprimento.  Foto: WWF-Nepal

 

Mais de 350 novas espécies de animais e vegetais foram descobertas na região do Himalaia oriental na última década apesar das ameaças causadas pelo aquecimento global, anunciou nesta segunda-feira a ONG WWF (World Wide Fund for Nature). O catálogo, com dados coletados entre 1998 e 2008, apresenta 244 raridades de plantas, 16 anfíbios, 14 peixes, duas aves, dois mamíferos e pelo menos 60 invertebrados.

 

A pequena rã voadora Rhacophorus suffry, registrada em 2007, utiliza as membranas das longas patas avermelhadas para deslizar pelo ar

A pequena rã voadora Rhacophorus suffry, registrada em 2007, utiliza as membranas das longas patas avermelhadas para deslizar pelo ar.  Foto: WWF-Nepal

 

Entre as novas espécies, encontram-se rãs voadoras, o menor cervo do mundo, o fóssil de uma espécie de lagarto com mais de 100 milhões de anos e a perigosa víbora venenosa Trimeresurus gumprechti. Os achados foram realizados por um grupo internacional de cientistas em uma região da cadeia montanhosa que compreende desde o Butão e o noroeste da Índia até o norte da Birmânia, do Nepal e o sul do Tibete (China).  A pequena rã voadora Rhacophorus suffry, registrada em 2007, utiliza as membranas das longas patas avermelhadas para deslizar pelo ar. O Muntiacus putaoensis, considerado a menor espécie de cervo do mundo, foi descrito em 1999 e não ultrapassa os 80 cm de altura e 11 kg.

 

Identificada em 1999 no Estado indiano de Assam, a rã gigante Leptobrachium smithi possui um olho dourado que impressiona os cientistas

Identificada em 1999 no Estado indiano de Assam, a rã gigante Leptobrachium smithi possui um olho dourado que impressiona os cientistas.  Foto: WWF-Nepal

 

Em 2002, os cientistas observaram pela primeira vez a Trimeresurus gumprechti, uma víbora venenosa perigosa que é capaz de atingir 1,3 m de comprimento. No entanto, os especialistas acreditam que existam exemplares maiores. Do ponto de vista científico, conforme a WWF, um dos descobrimentos mais importantes foi o fóssil da espécie de lagarto pré-histórico Cretacegekko burmae, com mais de 100 milhões de anos. O resto fossilizado do réptil foi encontrado em uma mina de âmbar no vale de Hukawng, norte da Birmânia.

 

Trimeresurus grumprechti, vibora veneneosa

A Trimeresurus gumprechti, uma víbora venenosa perigosa, foi vista pela primeira vez em 2002.  Foto: WWF-Nepal

 

O Himalaia oriental abriga uma diversidade biológica que inclui 10 mil espécies de flora, 300 mamíferos, 977 aves, 176 répteis, 105 anfíbios e 269 tipos de peixes de água doce. Além disso, a região concentra a maior população de tigres de Bengala do planeta e a última com a ocorrência do rinoceronte indio.

 

Fontes:  TERRA

WWF-NEPAL





Mais de 300 novas espécies no fundo do mar

19 01 2009
estrela do mar em cores brilhantes a 1 km de profundidade

Tasmânia: estrela do mar em cores brilhantes a 1 km de profundidade

Uma equipe de cientistas australianos e americanos descobriu quase 300 espécies de corais, anêmonas e aranhas marinhas em uma reserva marinha a sudoeste da ilha de Tasmânia, na Austrália.

A equipe fez duas expedições.  Cada uma de duas semanas.  Elas cobriram tanto a Reserva Marinha Tasman Fracture Commonwealth, reconhecendo o terreno  até 4 mil metros de profundidade com um submarino não-tripulado;  quanto a Reserva Marinha Huon Commonwealth, de aproximadamente  185km – ou  100 milhas náuticas – da costa da Tasmânia.

Estas reservas marinhas servem de abrigo a muitos recifes de coral.  Corais em geral se dão muito bem em montanhas submersas, em geral formadas por vulcões em baixo d’água, que se elevam algumas centenas de metros acima do fundo do mar.  Vastos fósseis de coral foram descobertos a menos de 1. 400 metros. Os cientistas acreditam que eles se formaram há mais de 10 mil anos.

Tasmânia, esponja gigante

Tasmânia, esponja gigante

A expedição, liderada pelos cientistas Jess Adkins do Instituto de Tecnologia da Califórnia e Ron Thresher, do CSIRO da Austrália, encontrou também registros de danos ao meio ambiente.

Nós também recolhemos dados para avaliar a ameaça representada pela acidificação do oceano e mudança climática nos recifes de coral únicos das profundezas característicos da Austrália“, disse Thresher.

Os pesquisadores afirmaram que há evidências de que recifes de coral mais novos estão morrendo.  Segundo Thresher, as causas ainda estão sendo analisadas, mas os fatores podem incluir o aumento da temperatura dos oceanos, o aumento da acidez das águas ou doenças.

Este projeto descobriu um leque enorme de novos seres marítimos que eram até hoje completamente desconhecidos.  Ficaram encantados com as novas imagens, principalmente com aquelas mandadas  por um submarino não tripulado.  Ele explorou   uma fenda geológica no fundo do mar, de quase 4 km de extensão, próximo à costa da Tasmânia.  Mas o programa só visitou duas das quatorze reservas marinhas da cadeia de reserva marinhas da região.  É óbvio que ainda há muito a ser descoberto.

Está mais do que na hora de formarmos no Brasil um maior número de cientistas dedicados às formas de vida do mar.





Novas vidas descobertas nos recifes australianos

26 10 2008
Great Barrier Reef -- Recife da Grande Barreira -- Austrália

Great Barrier Reef -- Recife da Grande Barreira -- Austrália

 

Pesquisadores descobriram centenas de novas espécies de animais marítimos inclusive mais de cem tipos de coral investigando as águas próximas a duas ilhas nos Recifes  Great Barrier e no Recifes ao noroeste da Austrália.  Este resultado é fruto de quatro anos de pesquisa sistemática investigando as águas que rodeiam estas duas ilhas. 

 

Alga verde Caleba supressoides, Ilha de Heron, Austrália.

Alga verde Caleba supressoides, Ilha de Heron, Austrália.

 

O Recife chamado Great Barrier  [Grande Barreira] – é o maior recife do planeta.  E já é conhecido como um local com uma enorme variedade de recifes de coral.   Em estudos anteriores, pesquisadores já haviam classificado próximo de 400 espécies de coral,  1.500 tipos de peixe e mais de 4.000 tipos de moluscos, neste recife. Mas como é extraordinariamente longo, tem 2.000 km de comprimento estudos continuam sendo feitos e novas descobertas certamente estarão a caminho.  Este recife também é a maior barreira terrestre formada por seres vivos.  É maior que a Grande Muralha da China e a única forma orgânica que pode ser vista da Lua.

 

Estrela do mar Nardoa Rosea, vista por baixo.

Estrela do mar Nardoa Rosea, vista por baixo.

 

A pesquisa continuará sendo feita e para isso os cientistas deixaram diversas estruturas, semelhantes a casas de bonecas, submersas.  A intenção dos pesquisadores é deixar que alguma vida marítima venha “colonizar” estas estruturas.  Nos próximos três anos estas “casas” serão retiradas trazendo junto com elas os animais que as habitaram.

 

Corais macios também chamados de Octocorals, pelos 8 tentáculos na beira de cada pólipo.

Corais macios também chamados de Octocorals, pelos 8 tentáculos na beira de cada pólipo.

 

Por três semanas 25 pesquisadores examinaram o solo oceânico próximo a Ilha Heron.  Fizeram muitas novas descobertas inclusive a estrela do mar  Nardoa rósea que é mostrada  na foto  acima vista pelo seu lado posterior.  Além de estudarem os corais novos, descobertos na área, a pesquisa incluiu também o estudo de algas, corais renda e ouriços do mar.   Estas foram as primeiras expedições feitas na área e em volta dos eco sistemas de coral.

 

Vista aérea da Ilha de Heron, no Recife Great Barrier, Austrália.

Vista aérea da Ilha de Heron, no Recife Great Barrier, Austrália.

 

A Ilha Heron nos Recifes Great Barrier está próxima do Trópico de Capricórnio e a 72 km da costa australiana.  Tem aproximadamente 800 metros de comprimento por 300 metros de largura. É nesta ilha que a Universidade de Queensland mantém um Centro de Pesquisa desde 1950.  

Fotos das descobertas oceânicas cortesia:  Census of Marine Life/Gary Cranitch/Queensland Museum

 

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