O mosaico de Orfeu, réplica, vai a leilão dia 24 de junho.

23 06 2010

Réplica do mosaico de Orfeu.  EFE

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Vai a leilão esta semana a réplica do grande mosaico de Orfeu, encontrado em Gloucestershire, no Reino Unido.   Dois irmãos, pesquisadores, levaram 10 anos e utilizaram mais de 1 milhão de peças de argila recortadas a mão para construir a peça, que será vendida.    A reconstrução – uma cópia detalhada —  do maior mosaico romano maior já encontrado na Grã-Bretanha foi feita utilizando 1.600.000 peças .  O mosaico de Orfeu, descoberto em Woodchester, Gloucestershire, irá à venda, dia 24 de junho.   O trabalho está atualmente em exibição no Prinknash Abbey, perto de Stroud, mas o contrato chegou ao fim e seu dono – que não quer ser identificado – decidiu vender.

O mosaico original, que data de 325 dC,  é remanescente da época em que o Império Romano esteve na Grã-Bretanha. Hoje, ainda podem ser vistas marcas da passagem dos romanos, como a vila de Woodchester, que inclui 60 habitações da época romana. Foi nessa vila que foi encontrado o mosaico que representa Orfeu, uma das mais conhecidas figuras da mitologia grega, domando bestas.   Este mosaico foi totalmente escavado em 1793 e só ocasionalmente exposto, desde então.  Para sua proteção arqueólogos voltam a cobri-lo com terra e só o trazem à luz do dia de tempos em tempos.  Durante a sua mais recente exposição mais de 150.000 visitantes foram vê-lo.   Foi nessa ocasião que os irmãos Bob e John Woodward, encantados com o chão de mosaico romano, decidiram fazer uma reconstrução completa.   A réplica que eles criaram é agora reconhecida como um dos projetos arqueológicos mais significativos dos últimos tempos.

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Bob Woodward com o mosaico.

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A vila romana de Woodchester, perto de Stroud, onde o mosaico foi originalmente usado deve ter pertencido a alguém de enorme riqueza e influência.  A construção tinha 60 quartos, 20 deles com pisos de mosaico, incluindo o grande salão onde se encontrava o chão de Orfeu,  circundado pelas figuras mais importantes da mitologia grega.   Considerado o pai da música e da poesia, Orfeu foi presenteado neste mosaico com a lira de seu pai, o deus Apolo. 

O mosaico retrata Orfeu com sua lira pousada sobre o joelho esquerdo.  Ao lado dele seu fiel cão de caça e um grande número de animais ao redor, incluindo um tigre, um leopardo, um leão, um elefante, um urso, um grifo, um veado, um cavalo, javalis e aves: faisões, pavões e pombas. Duas ninfas da água são representadas em cada tímpano.

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Detalhe do mosaico

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Um dos primeiros relatos sobre este mosaico é de 1693, quando o pesquisador celta Edward Llwyd  fez o registro de ter visto “os pássaros e os animais no chão”.   Para essa reconstrução foi necessário fazer  uma cuidadosa pesquisa sobre outros conhecidos mosaicos Orfeu para ajudar a substituir as seções em falta com a maior precisão possível.  De interesse especial foi o mosaico da Barton Farm, em Cirencester, que tinha vários animais semelhantes.  A grande diferença entre o original e a réplica está no material utilizado.  Uma réplica com o calcário original teria sido muito pesada e extremamente cara.  Os irmãos  Woodward então percorreram a Inglaterra para encontrar argilas, cujas cores naturais, fossem naturalmente adequadas ao trabalho.

O trabalho dos irmãos Woodward aparece atualmente no Guinness Book, o livro dos recordes, como o maior mosaico do mundo.

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FONTES:

  BBC — TERRA This is Gloucestershire





Difícil Escolha

16 06 2008

Recepção de inauguração    

 

Este não é o meu primeiro blog.  Considerando o pretendo fazer aqui foi difícil escolher o primeiro assunto.  Foi um obstáculo que eu mesma coloquei, numa fantasia de que deveria ser uma notícia importante.  Que arapuca!  Então começamos logo.

Inauguração da Galeria de Arte Fátima Mourão

Na quarta-feira passada o conhecido ateliê de artes plásticas Fátima Mourão, localizado na rua Saturnnino Brito, 67, no Jardim Botânico, mostrou a bela transformação por que passou a caminho de se transformar também numa galeria de arte.  Paredes chapiscadas em branco ou preto, acompanhadas de excelente iluminação, deram um novo visual ao que antes eram salas de trabalho de diversos artistas plásticos.

A exposição inaugural levou o nome de Obrigado D. João!  uma referência à comemoração dos  200 anos da chegada de D. João VI no Brasil.  Localizada próximo ao Jardim Botânico, uma das obras mais lembradas da herança legada pelo príncipe regente ao Brasil.  Vizinhos do jardim, os artistas deste ateliê fizeram uma bela homenagem ao legado do príncipe regente.  Dez artistas se reunem nesta coletiva:  Anna Luiza Trancoso, Aulio Sayão Romita, Carla Reis, Cláudio Roberto Castilho, Cristina Orensztajn, Fátima Mourão, Lia Belart, Lúcia Maria, Lucia de Lima e Marília Brandão.