Hibisco-colibri, [Malvaviscus arboreus]
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Nos fundos do edifício onde eu morava quando era criança, aqui no Rio de Janeiro, havia um muro alto que dava para os fundos de uma escola. Ao longo desse muro, no nosso jardim, estavam plantados hibiscos-colibris, como os da foto acima. A minha lembrança dessas plantas vai além do contraste do verde escuro de suas folhas com o vermelho-alaranjado das flores que nunca se abrem. Elas vão além também dos beija-flores que tremulavam em vôos rápidos em torno dessas flores. Minhas memórias estão associadas ao gosto de mel que sentíamos quando chupávamos suas pétalas, após retirarmos o fundo da flor [a sépala]. E sugávamos. Fazíamos isso quando não havia nada melhor para fazer, quando as brincadeiras se esgotavam ou quando esperávamos nossos amigos descerem para brincar. Na verdade não era muito doce, tinha uma lembrança do gosto de mel. Como gosto, não era lá nada demais. Mas gostávamos de fazer isso porque demonstrávamos nossos conhecimentos, nossa sabedoria adquirida ‘na rua’.
Esses hibiscos, não existem nos Estados Unidos – na parte continental – onde morei por muitos anos. Tampouco sobrevivem no Mediterrâneo e vizinhanças, por onde também permaneci alguns anos. E toda vez que eu vinha ao Brasil, visitar a família, ficava encantada com o colorido exemplar desses arbustos, que abundam na paisagem urbana do Rio de Janeiro. Agora, residente da cidade, faço parte daqueles que fotografam a beleza tropical dessa planta. Adoro-a! Se eu tivesse um jardim, esse hibisco certamente teria um lugar reservado.
Hibisco-colibri
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Salta aos olhos a luxúria de suas flores vermelhas ao encontro da folhagem. Esse é um arbusto que pode chegar a uns quatro metros de altura e parece ter flores o ano inteiro, ainda que aqui no Rio de Janeiro, os meses de outono parecem trazer maior abundância nessas plantas. É nativo do Brasil, da América do Sul e do México. Tem a peculiaridade de ter flores, vistosas que nunca se abrem. Permanecem fechadas, próprias mesmo para os biquinhos longos dos beija-flores que as adoram. Dá uma única flor, por ramo, na ponta, e pende como um sininho solitário. Mas o efeito é espetacular, quando vemos muitos “sininhos” vermelhos… É muito usada em cercas vivas, ou, como no caso mostrado na foto, debruçando-se sobre um muro. É um arbusto lenhoso que exige pouca manutenção, mas precisa de sol, abundante e solo fértil. Não se dá bem no frio, nem em lugar de geada. Sua reprodução é por estaquia de galhos e se reproduz facilmente.
Para maiores informações: Jardineiro