Um livro por 30 milhões de dólares?

18 04 2013

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Um livro de salmos publicado em 1640 poderá ser vendido por uma quantia entre 15 a 30 milhões de dólares no leilão do dia  26 de Novembro de 2013, que acontecerá na casa de leilões Sotheby’s em Nova York.   Responsáveis pelo leilão acreditam que este será o livro mais caro já vendido.  Com o nome de Bay Psalm Book, este foi o primeiro livro impresso em território americano.  Pertence à Igreja Old South em Boston e é um de dois volumes na coleção de livros raros da igreja que chega a 2.000 volumes.  A igreja manterá um dos volumes do mesmo livro de salmos, que tem em sua coleção.  Permanecerá na coleção da igreja o  volume que lhe foi doado pelo quinto ministro dessa igreja, Reverendo Thomas Prince.

Livros que custam milhões de dólares não são muitos, mas existem. A própria casa de leilões já teve vendas que alcançaram a soma de USD$ 11.000.000,00 – onze milhões de  dólares, por um volume.   Mas a casa acredita que este livro de salmos possa chegar aos USD$30.000.000 — trinta milhões de dólares.  O último Bay Psalm Book a ir a leilão foi em 1947, quando foi comprado pela Universidade de Yale por USD$ 151.000,00 – cento e cinqüenta mil dólares.  Esta é uma das grandes raridades no mundo dos livros.

A edição inicial do Bay Psalm Book foi de 1.700 volumes.  Poucos sobreviveram.  Foram usados pelos puritanos até que o desgaste natural por uso contínuo deixassem os livros em condições tão precárias que eram impossíveis de ler.

O comprador desse livro deve ser uma universidade ou instituição semelhante.  Mas há colecionadores particulares que gostariam de ter esse volume em mãos.  Só há uma certeza, no entanto, para os especialistas da casa de leilões: o livro permanecerá nos Estados Unidos, indo para um comprador americano, porque sua importância, como documento, está unicamente relacionada à história americana.   Este foi o primeiro livro produzido nos Estados Unidos, pelos puritanos que viviam em condições extremamente precárias.  É o primeiro livro por americanos, publicado nos Estados Unidos.

A Igreja planeja usar os fundos para fazer reparos no prédio da igreja. Mas continuará a manter sua coleção de mais de 2.000 de manuscritos e livros raros.

FONTE: ABC NEWS





Unesco lança biblioteca mundial na internet

23 04 2009

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Biblioteca de Humboldt, detalhe, 1856

Eduard Hildebrandt (Alemanha, 1818-1869)

Aquarela

 

 

 

 

 

Um acervo raro, espalhado por 32 bibliotecas de 19 países, está agora na internet. A Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) lançou ontem, em Paris, a Biblioteca Digital Mundial (World Digital Library, WDL), um acervo literário e artístico online disponível em português e em outras seis línguas. A WDL é, na realidade, uma midiateca e tem até agora 1,4 mil objetos digitalizados, entre livros raros, manuscritos, cartas, filmes, gravações sonoras, ilustrações e fotos.

 

 

 

O acervo foi reunido com contribuições de bibliotecas nacionais e instituições culturais de países como Brasil, EUA, Uganda, Iraque, China, França e Rússia. No acervo estão antigas escrituras chinesas, manuscritos científicos árabes e exemplares raros, como Bíblia do Diabo, do século 13. O Brasil contribuiu por meio da Biblioteca Nacional. Além de obter informações gerais sobre o objeto, o pesquisador pode acessar links com informações completas, fazer download das peças e convertê-las em PDF.

 

 

 

A WDL, mais tarde, absorverá parte do conteúdo da Europeana, que dispõe de 4,6 milhões de livros, mapas e fotografias, e da Google Book Search, que já conta com 7 milhões de obras digitalizadas. Segundo James H. Billington, diretor da Biblioteca do Congresso dos Estados Unidos e idealizador do site, ele vai ampliar a diversidade do material cultural disponível na web. Além disso, permitirá acesso a obras antes restritas a bibliotecas inacessíveis ao grande público. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

 

 





Eu, você, Google e o fim da procura por livros raros

24 03 2009

livro-2Rolo, Ilustração: Maurício de Sousa

 

 

Costuma gastar muito tempo procurando um livro e não o encontra? Agora o Google facilitará a busca, colocando à disposição uma página da web em que estarão digitalizados até sete milhões de títulos.  O objetivo deste serviço (books.google.com) é simplificar a tarefa através de um sistema de busca por conteúdos.

 

Procuramos organizar a informação e torná-la acessível para os usuários“, disse Santiago de la Mola, responsável pela buscas de livros da companhia. “Temos livros digitalizados em mais de 100 idiomas, o que acreditamos atender às necessidades da maioria dos usuários“, acrescentou ele.

 

Segundo o acordo, firmado entre editores, autores e o popular site norte-americano, haverá três tipos de parcerias, explicou Luis Collado, responsável pela iniciativa na Espanha.  No caso de livros protegidos por direitos autorais, será possível consultar dados bibliográficos e visualizar fragmentos do texto como em uma livraria convencional.

 

Os livros de domínio público, uma vez encontrados por meio da busca de palavras, o usuário poderá visualizá-los na íntegra“, completou Collado, referindo-se à segunda modalidade do acordo. Segundo o Google, os livros que já estão à disposição dos cidadãos poderão ser lidos na versão online sem nenhum tipo de restrição.

 

O terceiro tipo de acordo ainda precisa ser definido. Será comercial e incluirá exemplares que estão fora de catálogo, além de outros que estão no mercado. Ainda não foram fixados preços de venda, mas de acordo com De la Mola, para os autores de textos fora de catálogo será “uma oportunidade para aproveitar este sistema fácil e gerar receita com livros que pareciam esquecidos“.

 

Os lucros resultantes das vendas serão divididos de forma que 63 por cento ficará para os editores e autores, e 37 por cento para o Google.  Nós seremos a vitrine para que (o editor) possa distribuir os livros“, afirmou Collado.  Um editor aproveitará a potência da Internet utilizando a busca de livros do Google para que muita gente de outras partes do mundo possam ter acesso aos livros“, complementou de la Mola.

 

(Por Elena Massa)

 

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