
Ilustração de Paris Medieval, imaginária.
Quem visita Paris hoje, não tem ideia de como a cidade era na Idade Média. A Paris dos séculos passado e deste reflete a grande reforma e destruição dos edifícios medievais trazidos pelo Barão Haussmann, prefeito do Sena, durante os vinte anos do governo de Napoleão III (1853-1873).
O que se sabe, da Paris medieval é em grande parte graças ao trovador Guillot, morador de Paris, que por volta de 1300, compôs a primeira lista de nomes de ruas da cidade na publicação Le Dit de Rues de Paris: um poema com 554 versos, descrevendo as ruas da cidade entre 1280-1300. Nessa obra ele indica a existência de 310 ruas em três bairros.
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Mapa de Paris na época de acordo com o Le Dit de Rues de Paris, de Guillot.
As ruas se dividiam em: 80 no Outre-Petit-Pont [Rive Gauche]; 36 na Cité [a ilha propriamente dita]; e 114 no bairro Outre-Grand-Pont [Rive Droite]. Calcula-se que a população em 1292 tenha sido de 216.000 e 275.000 em 1328, portanto uma cidade crescendo rapidamente, um aumento de quase 28% de habitantes em trinta anos.
Nessa época Paris tinha ruas estreitas, em geral cinco metros entre um lado e outro da rua. Grandes ruas tinham no máximo sete metros de largura. Eram ruas escuras, mal cheirosas, e a grande maioria não tinha pavimentação. Casas estreitas, com arquitetura enxaimel, tinham uma ou duas janelas por andar. Além do andar térreo, poderiam ter de três a quatro andares. Só as casas dos nobres e da classe comerciante (burguesa) tinham cozinhas e chaminés. As casas davam aos seus habitantes abrigo, mas mal deixavam a luz do dia entrar.
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