Encontro de julho do grupo de leitura: Ao Pé da Letra. O livro do mês, A Fábrica, de Hiroko Oyamada. Minha resenha que se encontra aqui no blog, feita no dia 18 deste mês, mostra que não gostei do livro. O pessoal do grupo tampouco.
Mas o encontro foi ótimo. Infelizmente não pudemos nos conectar com nossa colega de grupo que mora em Lisboa. O que foi uma pena! Mas, o papo foi muito bom. Conversamos sobre uma miríade de assuntos: das viagens aos cachorrinhos, aos jornais concorrentes na época em que se tinha jornais de papel, colégio Pedro II (somos duas ex-alunas), antepassados, IA colorindo fotografias, enfim, uma tarde muito agradável.
Há dias assim, mesmo na ausência de alguns membros importantes, a reunião foi muito boa, cheia de energia e alegre. É isso o que dá um encontro por mês, com pessoas que se tornaram amigas pessoais através dos anos, e um livro que marca a pauta de cada encontro.
Às vezes é difícil imaginar que nos encontramos há 22 anos para conversar sobre um livro por mês. Nesses anos alguns de nós já saíram, outros entraram, alguns voltaram mas continuamos sempre com nossos encontros sempre que possível no terceiro domingo do mês, exceto quando o terceiro domingo se transforma em Páscoa, como neste ano. Com muitos feriados juntos, alguns membros já saíram de férias. Nossa comemoração foi menor,mas muito animada. Que venham mais 22 anos!
Hoje foi a festa de fim de ano do Grupo de Leitura Papalivros. Foi a 21ª reunião de Natal. Ainda que ao longo destes anos o grupo tenha mudado de perfil, há cinco membros que pertencem ao primeiro ano de leituras. Este é um ótimo histórico. Crescemos juntas nesses anos e continuamos firmes. Leitoras que se divertem e têm opiniões. Que 2025 nos traga muitas alegrias, bons livros, grandes oportunidades, muitas viagens pessoais e imaginárias através de nossas leituras! Obrigada meninas. Três de vocês não puderam participar, mas estaremos juntas de novo para mais um ano de aventuras!
Aos curiosos: há uma página neste blog, ali, no canto direito. clique em PAPALIVROS e vocês verão todos os livros que lemos nesses vinte e um anos!
Listas, listas, listas de livros quem não as ama? Uma coincidência hoje em fez com que eu passasse a tarde refletindo sobre livros lidos e listas de livros. Uma amiga me mandou um artigo do The New YorkTimes, [Book Review’s Best Books Since 2000– Looking for your next great read? We’ve got 3,228. Explore the best from chosen by our editors] e como não poderia deixar de ser, fui investigar que livros eles consideraram os melhores de duas décadas e meia no século XXI. E será que os meus favoritos estariam nesta lista? Vou levar vocês às coisas sobre as quais rumino neste fim de semana.
Tenho refletido muito sobre escolha de livros, sobre o quanto me transformei numa pessoa mais exigente e sem paciência para algumas narrativas. E avaliei durante este mês de abril, quando meu primeiro grupo de leitura, Papalivros, chegou à sua maioridade, 21 anos de existência, se vale a pena continuar. Tenho considerado o desempenho do grupo, mas principalmente o meu desempenho como organizadora, porque vinte e um anos são uma geração inteira, e o mundo mudou nestas duas décadas. O mundo mudou, mudei eu e mudaram os membros. O grupo, hoje, já não está mais tão alerta, mais tão energético quanto era. Basta ver a maior similaridade daquilo que lemos com a lista dos favoritos dos editores do NYT. Estávamos mais engajados no passado. E me pergunto se vale a pena continuar, com o grupo nos termos estabelecidos, tanto para mim como para os membros. Uma coisa é certa: há uma alteração óbvia nos três grupos que organizo. Há um afastamento, um relaxamento depois da pandemia. Nenhum dos grupos é o mesmo. Nem eles são do mesmo tamanho. O comportamento das pessoas mudou. Considero portanto o que poderia ser feito para que o grupo continuasse com mais interesse e mais curiosidade pela leitura.
O modelo que escolhi em 2003 foi uma adaptação carioca de grupos de leitura que frequentei, mais que um, em diversas cidades americanas, nas décadas que morei fora do Brasil. Lá, talvez porque o hábito da leitura já esteja absorvido, há uma naturalidade nos encontros que não acontece aqui. Lá os grupos são mistos, aqui os homens que entraram desistiram. Os encontros são nas casas das pessoas, em rotatividade, sempre. Nunca participei de um grupo de leitura que se encontrasse em lugar público. Estabelece-se um horário, sempre dia da semana, sempre à noite. O americano janta cedo, de modo que 20 horas é um horário que todos têm livre e já é depois do jantar. Os encontros são cada vez na casa de um membro. Dependendo do grupo, aquele membro oferece um café, chá, alguns biscoitos, talvez um bolo. Ninguém vai “para comer ou beber”, comer ou beber é secundário. Outros grupos funcionam com “potluck” cada membro traz uma coisa de comes e bebes ou alguém fica responsável pelos biscoitos ou por assar um bolo para aquele encontro. Todo americano sabe cozinhar: homem ou mulher, ou sabe comprar (muito mais raro) algum biscoito especial, e traz uma garrafa de vinho, Mas a atenção é no livro, nas leituras, na troca de experiências literárias ou pessoais. O americano também fala no seu turno, acho que essa é uma diferença fundamental aprendida na escola quando crianças e adolescentes aprendem a organizar grupos e a aceitar propostas, a votar nelas. Eles aprendem desde cedo a seguirem a Robert’s Rules of Order, algo de que nunca ouvi falar no Brasil, mas que todo americano conhece e segue. Sendo assim, um americano nunca atrapalha o outro ou corta o outro na fala. Esse hábito não é mantido por aqui, linhas de argumentação se perdem e frequentemente conversas paralelas surgem, o que põe qualquer troca de ideias a perder. Esse é verdadeiramente um hábito carioca, cultural, ao qual não consigo me acostumar. Lá, o assunto revolve sobre o livro, o tema abordado, a vida do escritor, que mais aquele escritor publicou. “E vocês viram o artigo… no NYT, ou no Post, ou no N&O?” E como e se aquilo reflete no que você conhece da sua vida. Por volta das 22 horas todos mais ou menos se preparam para ir embora, todos trabalham no dia seguinte. Antes, um novo livro foi acordado para o próximo mês. Neste aspecto os americanos são bem mais participativos do que os cariocas. Não sei bem porque.
A mesa, 1928
Georges Braque (França, 1882-1963)
óleo sobre tela, 81 x 131 cm
National Gallery, Washington DC
A adaptação que fiz para o Rio de Janeiro foi principalmente o ajuste do local de encontro. Inicialmente, nos primeiros seis anos, os encontros foram na minha moradia. Ainda mantenho o hábito de receber, gosto de juntar amigos. Gosto de fazer pratos especiais. Mas o carioca está acostumado a se encontrar fora de casa, no bar, no restaurante. Portanto, quando me mudei para um apartamento menor, as reuniões passaram a ser feitas em restaurantes. Nessa época o grupo tinha 14 membros Os problemas se intensificaram: a conversa sobre o livro é sempre interrompida por pedidos de mais uma laranjada… gelo… e a minha ordem? Pode trazer o sal, por favor? Fulana, você já experimentou o pastel? É bom? Ah, eu não posso comer … aqui não tem nada que eu possa comer… a atenção não se mantém no livro. Conversas paralelas surgem numa fração de segundos. O assunto gerado pelo livro é abortado. É difícil manter a atenção dos participantes.
Esta pequena mudança de um ambiente fechado para um ambiente público foi determinante no comportamento dos participantes. Mudou. O grupo se tornou menos dedicado às trocas de ideias sobre a leitura e mais inclinado a escapulir da agenda a qualquer momento. Poucas vezes alguém cuida de trazer um artigo sobre o livro, sobre o escritor, até mesmo sobre o país em que a trama se desenvolve. As conversas empobreceram. E, houve um agravante pior: nos sujeitamos à troca de lugares de encontro, a mercê da economia local. Se a economia na cidade ia bem, podíamos contar com a estabilidade dos locais de encontro. No momento em que a economia ia mal também nós sofríamos. A lanchonete onde nos encontrávamos fechou, o café que a substituiu, fechou, fomos para um restaurante tradicional, tivemos problemas: não queriam servir só salgados ou coisas rápidas; mudamos para outro restaurante mais tradicional que não nos recebeu mal mas a sala especial no terceiro andar, que haviam nos prometido não pode ser acionada depois da segunda vez que nos encontramos lá, porque a receita não era grande suficiente para eles nos abrirem o local. Nossos encontros de domingo à tarde (horário estabelecido pelos participantes) sempre têm pessoas que almoçam tarde e não querem comer nada. Nenhum restaurante pode segurar lugares sem receita por duas ou duas horas e meia. Até que este mesmo restaurante, que nos abrigou, fechou para obras e nem nos avisou! Fomos para outro lugar. Mas a luta continua sempre: ou não consumimos o suficiente, ou não há lugares para dez pessoas. Não há acesso para deficientes. Muito barulho. Muita música alta ou o som da televisão com o futebol não pode ser baixado. Tudo contribui para dispersão, para falta de atenção dos componentes do grupo, mesmo aqueles que estão verdadeiramente interessados. Durante a pandemia, o grupo diminuiu de tamanho. Os encontros foram online. Muitos acharam que não valia a pena. Quando voltamos ao encontro presencial, nem sempre todos aparecem. A presença varia muito, como se tivéssemos perdido o hábito. Como se a leitura e sua discussão não tivesse mais lugar, a não ser como um aposto, um extra e não um compromisso. Ultimamente só uma ou duas pessoas se interessam de sugerir leituras. Tem sido uma decepção. Então, desde meados de abril, me pergunto se vale a pena o esforço de manter o grupo. Se não é hora de fechar. As amizades que se formaram devem perdurar. Afinal, tudo tem seu tempo. 21 anos já é uma vitória!
Natureza morta com fruteira na mesa, 1914-15
Pablo Picasso (Espanha, 1881-1973)
óleo sobre tela, 64 x 80 cm
Colombus Art Museum, Ohio
Aí vejo a lista dos melhores livros destas duas décadas e meia do século XXI, publicada pelo The New York Times. E quando já estava praticamente decidida a ter a última reunião do Papalivros neste mês de maio, faço a listagem dos livros selecionados por eles. Comparo com a nossa lista de leitura e começo a reconsiderar.
Venho de uma família de leitores. Todos liam na família, pais, avós, tios, tias. Houve uma única vez, uma restrição a um livro que eu queria ler e minha mãe recusou. Era Trópico de Câncer, de Henry Miller. Eu tinha 15 anos. Isso ficou marcado para mim. Mas meus pais acreditavam em deixar que nós escolhêssemos o que iríamos ler. Nunca, a não ser na escola, fomos requisitados a ler alguma coisa. Essa tradição eu trouxe para o grupo. E muitas vezes leio o que jamais escolheria na livraria, Às vezes tenho boas surpresas, outras simples confirmações de que não era um livro para mim. Também nunca me considerei uma especialista em literatura mas fica claro, para mim, que sou uma pessoa que já leu muito mais do que a maioria e muitas vezes me calo. Não há pecado maior do que mostrar conhecimento em certos momentos. Mas, agora me pergunto, e se eu fosse um pouco mais incisiva sobre os livros que fôssemos ler? Ou, e se eu pedisse maior envolvimento destes leitores com as obras escolhidas? Porque quando comparo o que lemos nesses últimos 21 anos com a lista do NYT, temos muita coisa em comum. Um grande número de acertos mesmo em se tratando de livros que precisam de tradução e portanto aparecem no Brasil, mais tarde. Vou pensar melhor amanhã. Obrigada por me acompanharem neste solilóquio.
Desde 2003, ou seja há vinte anos, o grupo de leitura Papalivros se encontra mensalmente para um papo e discussão do livro do mês. Hoje comemoramos nosso último encontro do ano. Conversamos, brincamos com as crianças, falamos sobre Noites Brancasde Dostoiévski, livro do mês, votamos nos três melhores livros do ano, e tivemos o prazer de estarmos envolvidas, como espectadoras, no acender da quarta vela da cerimônia de Chanucá, a festividade que comemora a vitória da luz contra a escuridão, a preservação do espírito de Israel e a liberdade religiosa. Não poderia ter sido um momento mais apropriado para nos lembrarmos desse significado. Foi uma reunião memorável. Algumas de nós estamos juntas desde o primeiro encontro. Envelhecemos juntas. Mas mesmo a mais recente participante está no grupo há muitos anos. Nem todas puderam vir hoje: de dezesseis, doze estavam presentes.
Houve muitos pontos altos nesta reunião. Entre eles, é claro, a votação dos melhores do ano. Aqui vão os candidatos, ou melhor, os 12 livros lidos durante o ano de 2023.
Lições, Ian McEwan
Ninféias negras, Michel Bussi
A tenda vermelha, Anita Diamant
O mistério de Henri Pick, David Foenkinos
Hotel Portofino, J. P. O’Connell
Orgulho e preconceito, Jane Austen
A última livraria de Londres, Madeline Martin
Uma mulher singular, Vivian Gornick
Caderno proibido, Alba de Cespedes
O sol também se levanta, Ernest Hemingway
Véspera, Carla Madeira
Noites Brancas, Fiódor Dostoiévski
Como são computados os votos. Cada participante recebe um cédula com a lista dos livros livros. Ao lado do título colocará a classificação de acordo com seu gosto. Só os três primeiros colocados. Cada número 1 recebe 3 pontos; cada segundo lugar, recebe 2 pontos e 1 ponto os que ficaram em terceiro lugar. Ao final somamos os pontos e temos a classificação.
1º lugar em 2023:
A última livraria de Londres, de Madeline Martin
2º lugar em 2023
Orgulho e preconceito, Jane Austen
3ª lugar em 2023 deu empate:
Caderno Proibido, Alba de Céspedes e Noites Brancas, Fiódor Dostoiévski
Na reunião de final de ano do grupo de leitura Ao Pé da Letra houve votação dos melhores de 2022. Parecia votação política, ora um livro estava em primeiro lugar, ora outro. Mas no final o empate ficou mesmo só para os 4º e 5º lugares. Ou seja, através do ano quase todos os membros leram mais de um livro de que gostaram. Os votos se estenderam por quase a lista inteira de livros lidos. Bom sinal.
O grupo leu doze livros em 2022:
1 — Um milhão de pequenas coisas, Jodi Picoult
2– A biblioteca da meia-noite, Matt Haig
3 — Gente ansiosa, Fredrik Backman
4 — A ridícula ideia de nunca mais te ver, Rosa Montero
5 — Dôra Doralina, Rachel de Queiroz
6 — Oscarina, Marques Rebelo
7 — Talvez você deva conversar com alguém, Lori Gottlieb
8 — A noiva ladra, Margaret Atwood
9 — Eliete: a vida normal, Dulce Maria Cardoso
10 –- Tudo é rio, Carla Madeira
11 — Sobre os ossos dos mortos, Olga Tokarczuk
12 — Antes que o café esfrie, Toshikazu Kawaguchi
Em primeiro lugar
SINOPSE
Uma reflexão sobre a condição humana e a natureza pela vencedora do Prêmio Nobel de Literatura 2018.
Em uma remota região da Polônia, uma professora de inglês aposentada costuma se dedicar ao estudo da astrologia, à poesia de William Blake, à manutenção de casas para alugar e a sabotar armadilhas para impedir a caça de animais silvestres. Sua excentricidade é amplificada por sua preferência pela companhia dos animais aos humanos e pela crença na sabedoria advinda do estudo dos astros. Subversivo, macabro e discutindo temas como mundo natural e civilização, este livro parte de uma história de crime e investigação convencional para se converter numa espécie de suspense existencial. Olga Tokarczuk oferece um romance instigante sobre temas como loucura, injustiça e direitos dos animais.
Em segundo lugar
SINOPSE
Com “Dôra Doralina”, Rachel une o Nordeste ao Rio, e é exatamente nessa união que surge o romance de amor. Sem ser um romance policial, a obra registra uma realidade regional que termina por nos inserir no quadro histórico da formação brasileira . A história de amor que une Dôra ao Comandante, sem sacrificar os personagens menores nos envolve e suas presenças completam a galeria dos que se destacam não apenas neste romance, mas em toda a obra de Rachel. A romancista conferiu a Dôra uma sensível dimensão humana, quando a vemosvivendo, amando, sofrendo, como símbolo e imagem de nossa própria condição. São duas personalidades que fascinam – das Dores. Maria das Dores e o seu comandante. Aqui está o amor como liberdade. Liberdade é a paixão da obra de Rachel.
Em terceiro lugar
SINOPSE
Best-seller instantâneo do New York Times, o novo romance do autor de Um homem chamado Ove é um “romance engraçado e emocionante”.
A busca por um apartamento não costuma ser uma situação de vida ou morte, mas uma visita imobiliária toma tais dimensões quando um fracassado assaltante de banco invade o apartamento e faz de reféns um grupo de desconhecidos.
O grupo inclui um casal recém-aposentado que procura sem parar, casas para reformar, evitando a verdade dolorosa de que não é possível reformar o casamento. Há um diretor de banco rico, ocupado demais para se preocupar com outras pessoas, e um casal que, prestes a ter o primeiro filho, não concorda sobre nada. Acrescenta-se uma mulher de 87 anos que já viveu demais para temer uma ameaça à mão armada, um corretor imobiliário assustado, mas ainda disposto a vender, e um homem misterioso que se trancou no único banheiro do apartamento, e assim completamos o pior grupo de reféns do mundo.
Cada personagem carrega uma vida de reclamações, mágoas, segredos e paixões prestes a transbordar. Ninguém é exatamente o que parece. E todos — inclusive o ladrão — estão desesperados por algum tipo de resgate. Conforme as autoridades e a imprensa cercam o prédio, os aliados relutantes revelam verdades surpreendentes e desencadeiam eventos tão inusitados que nem eles próprios são capazes de explicar.
O livro prova novamente que Backman é “mestre em escrever narrativas deliciosas, astutas e emocionantes com foco nos personagens” (USA Today). Gente ansiosa “captura a essência confusa de ser humano. (…) É esperto e tocante, e vai te fazer rir e chorar em igual medida” (The Washington Post). Esta “diversão sem-fim, que garante melhorar seu humor” (Real Simple), é prova de que o poder resistente da amizade, do perdão e da esperança podem nos salvar — mesmo nos momentos de maior ansiedade.
O grupo de leitura PAPALIVROS comemora sua 19ª festa de fim de ano… Com direito a espumantes, festa encomendada, vista para o mar, e votação dos melhores do ano! VIVA! O grupo fará 20 anos de atividades ininterruptas em abril de 2023!
O grupo de leitura Encontros na Praça, inaugurado em 2020, teve um único encontro físico, em março. Desde então os encontros foram virtuais, por causa da pandemia do CORONA-VIRUS. O grupo é formado por dez mulheres, de diferentes ramos de atividade, que através dos meses de reclusão social, mudaram seus hábitos, maneiras de exercer profissões, mudaram de endereço e assim mesmo escolheram a leitura como uma das muitas maneiras de manter os longos dias fora do que era normal, preenchidos de maneira agradável. O grupo um dia voltará a se encontrar pessoalmente, mas por enquanto não tem previsão da data para isso acontecer, principalmente agora, no final do ano quando a cidade do Rio de Janeiro vê nova onda de contágio, pior do que no início do ano.
Por causa da própria pandemia houve meses em que o grupo leu mais de um livro. Por isso, mesmo tendo só nove encontros essas leitoras se dedicaram à leitura de treze livros.
Os melhores do ano:
A distância entre nós, Thrity Umrigar
Um cavalheiro em Moscou, Amor Towles
A trégua, Mario Benedetti
LIVROS LIDOS
1 – A uruguaia, Pedro Mairal
2 – Salvando a Mona Lisa, Gerri Chanel
3 – Quatro mulheres sob o sol da Toscana, Frances Mayes
4 – A vida pela frente, Émile Ajar
5 – A distância entre nós, Thrity Umrigar
6 – Nora Webster, Cólm Toibín
7 – O leitor do trem das 6:27, Jean-Paul Didierlaurent
O grupo Papalivros leu os seguintes livros em 2020.
Três irmãs, três rainhas, Philippa Gregory
O desvio, Gerbrand Bakker
Os sete maridos de Evelyn Hugo, Taylor Jenkins Reid
Os segredos que guardamos, Lara Prescott
A vida pela frente, Émile Ajar
A paciente silenciosa, Alex Michaelides
Pátria, Fernando Aramburu
Eleanor Oliphant está muito bem, Gail Honeyman
A espiã vermelha, Jennie Rooney
O crepúsculo e a aurora, Ken Follett
A herdeira, Daniel Silva
Trânsito, Raquel Cusk
Todos os anos nas reuniões de dezembro escolhemos as melhores leituras. Cada membro vota nas três melhores leituras do ano, em ordem de preferência. Para cada primeiro colocado são atribuídos três pontos, para o segundo colocado atribuímos dois pontos e um ponto para o terceiro colocado por leitor. Ao final somamos todos os pontos e o livro com o maior número ganha. Sim, em nossos dezessete anos de leituras já tivemos empates. Mas isso não aconteceu em 2020. A preferência neste ano passado dentro de casa, na maioria dos meses, a preferência foram os livros de ficção histórica. Aqui vai então a cédula de votação e o resultado.
Em 3º lugar: Pátria,Fernando Aramburu
Em 2º lugar: Três irmãs, três rainhas, Philippa Gregory
Em primeiro lugar: O crepúsculo e a aurora, Ken Follett
Neste ano de pandemia, houve clara preferência pelos livros de ficção histórica, nem sempre essa é a escolha para esse grupo. Mas é interessante notar que dos doze livros, nove foram mencionados pelos leitores como parte dos três melhores do ano. Isso não é comum. Em geral há um ou dois preferidos e os votos se dividirem mais no terceiro lugar. Muito bom, porque mesmo que alguém não tenha gostado de uma ou duas leituras, foi também capaz de ler um ou dois livros que achou muito bons.
E assim hoje, com no dia que seria nossa festa natalina, nossa votação foi por Whatsapp e o encontro será hoje à noite via internet. Terminamos na telinha do computados o ano de leituras e encontros do Papalivros, que em 2021, completará 18 anos de existência. Boas leituras a todos. Ficam aqui, dessa forma, algumas sugestões para presentes neste fim de ano.
Os livros restantes em ordem de preferência:
4º lugar: Os sete maridos de Evelyn Hugo, Taylor Jenkins Reid
5º lugar, empate: A espiã vermelha, Jennie Rooney e A vida pela frente, Émile Ajar