Cidade de Goiás, 1977
Amaury Menezes (Brasil, 1930)
aquarela sobre papel, 34 x 25 cm
Museu de Arte de Goiânia
Cidade de Goiás, 1977
Amaury Menezes (Brasil, 1930)
aquarela sobre papel, 34 x 25 cm
Museu de Arte de Goiânia
Recanto de Goiás, 1982
Edson Franceschini (Brasil, 1953)
óleo sobre tela
A pequena ponte, Caldas Novas, 1978
Inimá de Paula (Brasil, 1918 – 1999)
óleo sobre tela, 55 x 65 cm
Cidade de Goiás
[Da série Quintas de Goiás]
Ana Cristina Elias (Brasil, 1960)
Aquarela, 28 x 38 cm
Goiás velho, 1990
Antônio Amâncio (Brasil, contemporâneo)
óleo sobre tela, 70 x 50 cm
Rua Hugo Ramos, cidade de Goiás
Elder Rocha Lima (Brasil, 1928)
Têmpera sobre vinil, 40 x 40 cm
Rua Aurora, Pirenópolis, Go, 2010
Elder Rocha Lima (Brasil, 1928)
têmpera em vinil, 90 x 70 cm
Alfredo Volpi (Itália/Brasil, 1896-1988)
óleo sobre tela
Museu de Arte Moderna
“Só depois de quatro dias de caminhada, a bandeira saiu da mata e marchou por uma campina até as barrancas do rio Mogi. E como já fosse tarde, armou acampamento ali mesmo. Já ao clarear do outro dia, atravessava o rio a vau com água pelo peito. Os tropeiros tiveram de repartir a carga das mulas e fazer o transporte em duas ou mais viagens. Os negros erguiam os fardos de provisões acima da cabeça e transpunham o rio penosamente… Enquanto isso, Nuno Ramires andava numa extraordinária atividade, confabulando, aliciando a chusma de aventureiros, preparando enfim, com antecedência que lhe parecia necessária, a grande traição…
Assim prosseguiu a bandeira, conseguindo percorrer cerca de cem léguas em trinta dias, por uma trilha conhecida pelos mineiros de Sabará, até que atingiu as barrancas do rio Grande. Aí fez alto. E dentro e pouco havia uma atividade febril no acampamento: o Anhaguera dirigia, pessoalmente, a fabricação de canoas para a travessia do rio.”
Em: Gigante de Botas (novela histórica), Ofélia e Narbal Fontes, São Paulo, Saraiva; 1963, p. 49
Anhaguera: Bartolomeu Bueno da Silva foi um bandeirante do Brasil colonial e colonizador do Brasil central (Goiás).
Lide diária, arredores de São Paulo, c. 1895
Antônio Ferrigno (Itália, 1863-1940)
óleo sobre tela, 27 x 42 cm
Cora Coralina
Eu sou a terra, eu sou a vida.
Do meu barro primeiro veio o homem.
De mim veio a mulher e veio o amor.
Veio a árvore, veio a fonte.
Vem o fruto e vem a flor.
Eu sou a fonte original de toda vida.
Sou o chão que se prende à tua casa.
Sou a telha da coberta de teu lar.
A mina constante de teu poço.
Sou a espiga generosa de teu gado
e certeza tranquila ao teu esforço.
Sou a razão de tua vida.
De mim vieste pela mão do Criador,
e a mim tu voltarás no fim da lida.
Só em mim acharás descanso e Paz.
Eu sou a grande Mãe Universal.
Tua filha, tua noiva e desposada.
A mulher e o ventre que fecundas.
Sou a gleba, a gestação, eu sou o amor.
A ti, ó lavrador, tudo quanto é meu.
Teu arado, tua foice, teu machado.
O berço pequenino de teu filho.
O algodão de tua veste
e o pão de tua casa.
E um dia bem distante
a mim tu voltarás.
E no canteiro materno de meu seio
tranquilo dormirás.
Plantemos a roça.
Lavremos a gleba.
Cuidemos do ninho,
do gado e da tulha.
Fartura teremos
e donos de sítio
felizes seremos.
Igreja da Matriz de Corumbá de Goiás, 2013
Elder Rocha Lima (Brasil, 1928)
têmpera sobre vinil, 90 x 70 cm

